Histologia Vegetal – Aula de revisão para Biologia Enem

Histologia é o ramo da Biologia que estuda o tecido dos vegetais. Fique preparado para as provas em mais esta aula de Biologia Enem

Confira esta aula de Biologia para o Enem e Vestibulares sobre Histologia Vegetal.

Ramo da Biologia que estuda os tecidos vegetais.

A descrição dos tecidos tem como referência o grupo das angiospermas, em que o organismo resulta do desenvolvimento do embrião contido na semente. As células embrionárias originam na planta os tecidos meristemáticos, responsáveis pelo crescimento do corpo vegetal. Desses tecidos surgem os tecidos permanentes, com células especializadas.

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Tecidos Meristemáticos (jovem, embrionário)

À medida que as células do embrião da planta se especializam, elas perdem gradativamente a capacidade de se dividir.

Em algumas regiões da planta persistem grupos de células não diferenciadas, que conservam as características embrionárias. São chamados meristemas, encontram-se em constante divisão, promovendo o crescimento da planta e dando origem, por diferenciação, aos tecidos vegetais permanentes.

As células possuem parede celular delgada, núcleo grande e central, vacúolos reduzidos, com grande capacidade mitótica.

Tipos de Tecidos Meristemáticos

  • Meristema Primário (M1) – presente em todos os vegetais. É o tecido que constitui o embrião da planta e é responsável por seu desenvolvimento. Encontrado no ápice e ao longo do caule, define as gemas apicais e laterais, sendo que uma parte menor fica restrita às extremidades da raiz protegida pela coifa, garantindo o crescimento longitudinal do vegetal. A maior parte desse meristema se transforma em outros tipos de tecido durante o desenvolvimento.
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O meristema dessa região apresenta camadas que originam a epiderme (dermatogênio), a casca (periblema), o cilindro central (pleroma) e a coifa (calpitrogênio) da planta. Enquanto uma planta cresce em comprimento, ela possui estrutura primária.

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  • Meristema Secundário (M2) – presente em gimnospermas e dicotiledôneas. Promove o crescimento em espessura (transversal), também chamado de secundário, por diferenciação. Esse tipo de crescimento começa a ocorrer cerca de um ou dois anos após a germinação. Os meristemas secundários são de dois tipos: felogênio e câmbio.

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O felogênio produz para o lado externo um tecido que se diferencia no súber. Esse tecido é morto e reveste raízes e caules de plantas arbustivas e arbóreas. Para o lado interno, o felogênio produz a feloderme, que é um tecido vivo com função de preenchimento. O câmbio produz vasos lenhosos (xilema) internamente e vasos liberianos (floema) externamente.

Tecidos Permanentes (adulto, definitivo)

Originam-se dos meristemas e têm a função de formar órgãos vegetais. Suas células são de parede celular espessa, núcleo pequeno e periférico, com vacúolos e média capacidade mitótica.

Tecidos de revestimento

Epiderme

Revestimento externo que envolve os caules, as raízes, as folhas, as flores, os frutos e as sementes. A epiderme é organizada por células vivas, poliédricas, intimamente justapostas, que formam uma única camada celular. Exerce várias funções na planta. Promove defesa contra microorganismos e evita a perda excessiva de água. Pode se diferenciar em anexos epidérmicos como: hidatódio (gutação), papilas (secreção de substâncias), tricomas (absorventes – raiz e glandulares – urtiga), acúleos (defesa), cutícula (impermeabilização) e estômatos (evapotranspiração).

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Súber

Nas regiões velhas de caules e raízes surge uma camada de tecido protetor, pluriestratificado, formado pelo felogênio e revestido por uma substância impermeável, a suberina. As lenticelas são aberturas existentes no súber que permitem as trocas gasosas. Os ritidomas são porções antigas do súber que desprendem (ex: goiabeira).

Tecidos Parenquimáticos

São tecidos vivos.

Parênquima clorofiliano

É o tecido responsável pela síntese da matéria orgânica do vegetal. Suas células, ricas em cloroplastos, realizam a fotossíntese e são encontradas nas partes aéreas dos vegetais, principalmente nas folhas. A disposição e a forma das células variam entre dois tipos: paliçádico – com células justapostas e alongadas, e lacunoso – com células arredondadas que deixam lacunas entre si.

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Parênquima de reserva

Uma parte da matéria orgânica fabricada pela fotossíntese é armazenada para ser usada posteriormente pela planta ou pelo embrião. O parênquima de reserva pode ser aquífero – armazena água; aerênquima – acumula ar nas lacunas celulares; ou amilífero – em órgãos de reserva para armazenar amido nos leucoplastos.

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Tecidos De Sustentação

Promovem manutenção da forma do organismo.

Colênquima

É um tecido vivo que apresenta reforços de celulose nos ângulos das células. As células são geralmente cilíndricas e com cloroplastos. O tecido é resistente e dotado de grande flexibilidade, permitindo o crescimento da planta. É encontrado em plantas jovens e em plantas herbáceas, de estrutura delicada.

Esclerênquima

Já nos caules das plantas lenhosas há um tecido, formado por células com paredes espessas, constituídas de celulose e de lignina, que determina a morte celular e confere rigidez e impermeabilidade. O esclerênquima forma o ‘cerne’, parte mais central e dura dos troncos e o caroço de alguns frutos.

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Tecidos De Condução

Formados por células especializadas, com formato alongado e cilíndrico. Organizam um sistema tubular contínuo que liga os vários órgãos vegetais. São dois tipos: xilema e floema.

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Os vasos condutores de seiva formam um feixe contínuo de canais que vão da raiz às folhas. A disposição dos vasos na raiz é diferente da disposição dos vasos no caule. Nas raízes, o xilema e o floema estão dispostos alternadamente em uma região central. No caule das dicotiledôneas, os vasos estão ao redor da medula, o xilema situado mais internamente e o floema situado mais externamente. Nas monocotiledôneas, o xilema e o floema estão espalhados por todo o caule.

Xilema ou lenho

Relacionado com a condução de água e sais minerais (seiva bruta). Constituído pro vasos lenhosos de células mortas, alongadas e com paredes reforçadas por celulose e lignina, evitando o colapso do vaso pela pressão da seiva bruta.

A seiva bruta é conduzida para as folhas onde, pelo processo da fotossíntese, é transformada na seiva elaborada.

Floema ou líber

As substâncias orgânicas fabricadas pelas folhas (seiva elaborada) são levadas para toda a planta através dos vasos liberianos, formados por células vivas sem núcleo, com placa crivada – um septo transversal com orifícios que permitem a circulação.

As células companheiras são vivas, anexas aos vasos liberianos e colaboram no transporte da seiva elaborada.

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Tecidos Secretores

Diversos produtos finais do metabolismo das plantas ficam armazenados em células ou agrupamentos de células espalhados pelo vegetal. Embora esses produtos não atuem mais diretamente no metabolismo, eles ainda podem ser úteis à planta. São exemplos: o néctar – para atração de polinizadores, substâncias dos tricomas glandulares como a urtiga, as bolsas oleíferas, o látex, as resinas e o fenômeno de gutação.

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Desafios

Questão 01

(UNICENTRO) A Embrapa obteve amoras através da cultura de tecidos vegetais. Trata-se de um método assexuado de reprodução em que, a partir de células meristemáticas, gerem-se novos organismos, exatamente iguais àqueles de origem. Isso ocorre porque as células meristemáticas:

a) Têm a função de promover a manutenção da forma do organismo.

b) São dotadas de alto poder proliferativo e promovem o crescimento da planta.

c) São encontradas no revestimento externo do vegetal e evitam a perda de água.

d) São constituídas de fibras ricas em lignina e conferem resistência à planta.

e) Apresentam alto grau de diferenciação celular.

Questão 02

(UNESP-SP) Um botânico tomou dois vasos,AeB, de uma determinada planta. O vasoA permaneceu como controle e no vasoBfoi aplicada uma substância que induziu a planta a ficar com os estômatos permanentemente fechados. Após alguns dias, a planta do vasoA permaneceu igual e a do vasoBapresentou sinais de grande debilidade, embora ambas tenham ficado no mesmo local e com água em abundância. Foram levantadas três possibilidades para a debilidade da plantaB:

I. A água que ia sendo absorvida pelas raízes não pôde ser perdida pela transpiração, acumulando-se em grande quantidade nos tecidos da planta.

II. A planta não pôde realizar fotossíntese, porque o fechamento dos estômatos impediu a entrada de luz para o parênquima clorofiliano das folhas.

III. A principal via de captação de CO2 para o interior da planta foi fechada, comprometendo a fotossíntese.

A explicação correta corresponde a:

a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.

Dica 3 – Você sabia que a minhoca é um anelídeo? Revise sobre os Anelídeos e os Moluscos em mais esta aula preparatória para a prova de Biologia Enem – https://blogdoenem.com.br/anelideos-e-moluscos-biologia-enem/

Questão 03

(PUC-SP) Em uma planta, a coluna líquida dentro de vasos é arrastada para cima, o que se deve ao fato de as moléculas de água manterem-se unidas por forças de coesão.

A descrição acima se refere à condução de

a) seiva bruta pelos vasos xilemáticos.

b) seiva bruta pelos vasos floemáticos.

c) seiva elaborada pelos vasos xilemáticos.

d) seiva elaborada pelos vasos floemáticos.

e) seiva bruta pelas células companheiras, anexas aos vasos floemáticos.

Questão 04

(PUC) O câmbio e o felogênio são duas formações vegetais constituídas por tecido:

a) meristemático de crescimento;

b) meristemático, de crescimento em comprimento, existente na raiz;

c) diferenciado, de crescimento, existente no caule e raiz;

d) diferenciado para condução, existente nas angiospermas;

e) diferenciado para promover absorção de água, existente nas raízes.

Questão 05

(UFES) Relacione estrutura com função específica e assinale a alternativa correta:

I – floema;

III – xilema;

II – pelos absorventes;

IV – esclerênquima;

A. Aumento da superfície de absorção de água;

B. Transporte de água e sais minerais.

C. Tecido de sustentação.

D. Transporte de solução de substâncias orgânicas.

a) I A – II C – III D – IV B

b) I B – II C – III A – IV D

c) I C – II D – III A – IV B

d) I D – II A – III B – IV C

e) I C – II D – III B – IV A

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