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O Parnasianismo está longe de ser uma escola literária popular. Esse movimento se expressou unicamente em poesia, não havendo, portanto, representantes que tenham feito obras em prosa. De origem francesa, o Parnasianismo demonstra uma forte preocupação com a estética. Os poetas privilegiavam a forma, compondo poesias métrica e com rimas, resgatavam o idealismo grego de perfeição e se guiavam pelo conceito de “arte pela arte”, ou seja, a arte por ela mesma, sem se uma preocupação com uma função social.
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Os autores do Parnasianismo desprendiam-se de qualquer valor sentimentalista, pregando a objetividade. O Parnasianismo coincide com o período histórico do Realismo e do Naturalismo, final do século 19. O marco inicial desse movimento no Brasil aconteceu em 1882 com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias. Os principais representantes do Parnasianismo foram: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, chamados de tríplice parnasiana.
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Como identificar o Parnasianismo? – As principais características do Parnasianismo são: preocupação formal; comparação da poesia com as artes plásticas, principalmente com a escultura; referências a elementos da mitologia grega e latina; preferência por temas descritivos (cenas históricas, paisagens e objetos); enfoque sensual da mulher (davam ênfase na descrição de suas características físicas); habilidade na criação dos versos (cuidado minucioso na composição dos versos); vocabulário culto; objetivismo; universalismo e apego à tradição clássica.
O autor mais renomado do Parnasianismo é Olavo Bilac. O poeta carioca fundou a Academia Brasileira de Letras, junto com Machado de Assis, em 1896. Bilac também escreveu crônicas entre outros textos para jornais e revistas. Obras de Olavo Bilac: “A sesta de Nero”, “O incêndio de Roma”, “O Caçador de Esmeraldas” “Panóplias”, “Via Láctea”, “Sarças de fogo”, “As viagens”, “Alma inquieta” e a “Tarde”.
Veja aqui uma das poesias que mais traz o estilo de Olavo Bilac, “Velhas Árvores”:
Velhas Árvores
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas…
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Em breve análise, podemos perceber as seguintes características Parnasianas nesta poesia de Olavo Bilac: descrição da natureza (as árvores), rimas ricas, como, por exemplo, rimar o adjetivo “belas” com o substantivo “procelas”. Se você ler em voz alta vai percebe o cuidado que o poeta teve com a sonoridade do poema, confira!
Para elaborar esse post foi consultado como fonte o site Info Escola, o conteúdo sobre Parnasianismo pode ser lido no link:
http://www.infoescola.com/literatura/parnasianismo/