Já aconteceu de você assistir a um filme esperando apenas uma distração romântica e, de repente, perceber que ele diz muito sobre como vivemos hoje? É exatamente essa sensação que “Amores Materialistas“, dirigido por Celine Song, desperta. A obra apresenta Lucy, uma casamenteira de Nova York que vive um dilema inesperado: escolher entre um relacionamento seguro e socialmente valorizado ou revisitar um amor antigo que não traz prestígio nem estabilidade, mas carrega verdade emocional. O longa desmonta a ideia de que sentimentos e interesses materiais são mundos separados, mostrando que, no cotidiano, eles se misturam de forma inevitável.
Para quem está se preparando para o Enem, esse filme pode ser um trunfo. Ele oferece material para discutir temas como consumo, desigualdade e a transformação das relações em produtos. Ao relacionar a narrativa a teorias de pensadores como Marx ou Bauman, você consegue elaborar argumentos que demonstram senso crítico e compreensão dos desafios da sociedade contemporânea.
Sobre o que é o filme?
A trama acompanha Lucy (Dakota Johnson), que gerencia uma agência de casamentos voltada para a elite nova-iorquina. Seu trabalho é unir casais com base em critérios de mercado, como patrimônio, prestígio e aparência, e não em compatibilidades emocionais. Nesse cenário, ela reencontra John (Chris Evans), um ex-namorado que leva uma vida instável e sem status, ao mesmo tempo em que começa a se envolver com Harry (Pedro Pascal), um empresário próspero e influente.
A narrativa se desenvolve a partir desse contraste: de um lado, o afeto genuíno que não garante segurança; do outro, a promessa de estabilidade financeira, mas com vínculos questionáveis. O conflito vivido por Lucy é, no fundo, o retrato de uma sociedade em que o amor raramente está isolado das pressões sociais e do peso do capital.
