Descubra o que impulsionou a expansão do EAD e de que forma essa mudança redefine o futuro da graduação no país.
Você já refletiu sobre como a maneira de estudar se transformou nos últimos anos? Talvez você mesmo esteja dentro dessa mudança: acompanhar aulas pelo computador, organizar a rotina com mais flexibilidade e, ainda assim, conquistar o mesmo diploma que teria em uma sala de aula tradicional.
Essa virada já não pode ser vista apenas como tendência — os números comprovam que virou realidade. Pela primeira vez, o Brasil tem mais estudantes matriculados em cursos a distância do que em graduações presenciais. Compreender os fatores por trás desse fenômeno é fundamental para quem deseja planejar seu futuro acadêmico e profissional.
O retrato em números
Segundo o Censo do Ensino Superior de 2024, divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o país registrou um cenário inédito: dos 10,22 milhões de universitários, 5,18 milhões estavam no ensino a distância, enquanto 5,04 milhões cursavam a modalidade presencial. Ou seja, mais da metade dos alunos brasileiros hoje estuda online.
Esse resultado não surgiu de repente. O ponto de inflexão ocorreu anos antes, entre os calouros. Desde 2019, o número de ingressantes nas faculdades privadas já era maior no EAD. A pandemia acelerou esse processo, e os dados de 2024 confirmam a consolidação dessa escolha.
A evolução pode ser observada na tabela abaixo:
| Ano | Ingressantes Presenciais (%) | Ingressantes EaD (%) | Matrículas Totais Presenciais (%) | Matrículas Totais EaD (%) |
|---|---|---|---|---|
| 2011 | 81,6% | 18,4% | N/D | N/D |
| 2019 | 49,3% | 50,7% | N/D | N/D |
| 2020 | 46,6% | 53,4% | N/D | N/D |
| 2021 | N/D | 62,8% | 76,9% | 23,1% |
| 2024 | N/D | 67% | 49,25% | 50,75% |
Os dados deixam claro o tamanho da transformação: entre 2011 e 2021, o ingresso em cursos a distância cresceu 474%, enquanto as matrículas presenciais encolheram 23,4%. A ascensão do EAD era apenas questão de tempo.
