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Universidades federais terão em 2026 apenas metade do orçamento que possuíam em 2014

Universidades federais terão em 2026 apenas metade do orçamento que possuíam em 2014

Com cortes maiores em orçamento, instituições correm risco de não manter pesquisa, infraestrutura e assistência a alunos

Você já refletiu sobre como está sendo sustentado o sistema de universidades federais, que responde por mais da metade da produção científica no Brasil? A realidade é preocupante: vivemos uma crise orçamentária sem precedentes, capaz de comprometer de maneira irreversível a ciência nacional.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 trouxe um alerta grave. O Ministério do Orçamento e Planejamento prevê R$ 17,9 bilhões para o ensino superior e a pesquisa federais. Embora o valor pareça significativo, ele revela um cenário de subfinanciamento crítico.

Uma década de perdas no orçamento

De acordo com o Observatório do Conhecimento, o montante previsto para 2026 corresponde a apenas 53% do orçamento aprovado em 2014. Naquele ano, corrigido pela inflação, o setor recebeu R$ 32,5 bilhões.

A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) também expressou preocupação, chamando atenção para a insuficiência persistente do orçamento discricionário.

O problema se agrava pelo crescimento da rede: em 2014 eram 59 universidades federais, e em 2026 serão 69. Com menos verba para mais instituições, a escassez de recursos por aluno e por campus é ainda maior que os 53% apontados no corte global.

Onde o impacto é mais severo

orçamento
A falta de orçamento pode afetar a manutenção de estudantes que necessitam de assistência estudantil, bem como o financiamento da produção científica. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A redução orçamentária atinge especialmente os gastos com custeio e investimento — as chamadas despesas discricionárias. É nesse ponto que a crise se intensifica, afetando desde a manutenção de estudantes em situação de vulnerabilidade até a continuidade da produção científica.

Luana Santos

Jornalista formada pela UFSC e redatora da Rede Enem
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