Aproveite este post e aprimore seus conhecimentos sobre os gregos antigos nos períodos Homérico e Arcaico para o Vestibular e para o Enem.
Grécia Antiga: Você certamente sabe a importância da antiga civilização grega para nossa sociedade. Palavras como democracia, filosofia, olimpíadas, o teatro e sua rica mitologia são legados dos gregos originais.
Mas, toda essa riqueza cultural é fruto de séculos de história e interação humana capaz de gerar cultura com tamanho potencial expansivo. Hoje vamos relembrar de que forma os gregos organizaram-se desde o momento em que passaram a ocupar a região do Mar Egeu. Revise história para gabaritar o Enem e os vestibulares!
A civilização Grega ou Hélade, como era conhecida pelos próprios gregos ocupou inicialmente o sul da península balcânica e as ilhas do Mar Egeu, posteriormente, ao longo de sua história ocupariam também a costa da Ásia Menor e partes da península itálica e Sicília.
Ruínas do Partenon, templo de Atenas, localizado na cidade de mesmo nome. Foi construído a partir de 447 a.C.
Os gregos originam de povos indo-europeus que ali chegaram a partir de 2.000 a.C. Etnicamente descendem de quatro povos diferentes. Os Aqueus, primeiros a chegar, mesclaram-se com os cretenses e fundaram o que chamamos de civilização creto-micênica, mas foram seguidos por Jônios (fundadores de Atenas) e Eólios, que estabeleceram-se a partir de 1500 a.C nas regiões da Ática e Ásia Menor.
Por volta de 1200 a.C. foi a vez dos dórios, de cultura fortemente belicosa, ocuparam a principalmente a região do Peloponeso (fundaram Esparta) e foram os responsáveis pela primeira diáspora grega.
Na imagem encontramos um mapa do território grego antigo com a indicação das regiões ocupadas pelos quatro povos fundadores da civilização grega.
Periodização da História Grega:
A história dos helenos (outra forma de nos referirmos aos gregos) costuma ser dividida em quatro períodos distintos. Nesta postagem abordaremos os dois primeiros, sendo o período Homérico e o Período Arcaico. O primeiro compreende os anos entre 1100 a.C e 800 a.C, supostamente quando se originam as obras literárias do poeta Homero, Ilíada e Odisseia, poemas épicos marcados pela influência mitológica e a famosa guerra entre troianos e gregos.
Por sua vez, o período arcaico, caracterizado pela formação das chamadas cidades-estados, as Pólis, entre 800 a.C e 500 a.C. Para fins de conhecimento, os dois períodos posteriores foram o Clássico e o Helenístico, mas sobre eles falaremos em outra oportunidade.
Período Homérico:
As principais fontes históricas sobre a Grécia em seu Período mais antigo são as obras atribuídas a Homero, poeta épico que teria supostamente vivido durante o século VIII a.C. Todavia, tanto a Ilíada quanto a Odisseia consistem em registros de uma longa tradição oral dos gregos, períodos sobre os quais não encontramos muitos outros registros históricos, e, consequentemente, a importância dos dois poemas épicos que abordam a suposta guerra contra os troianos e o retorno de Ulisses (Odisseu) para sua terra após a guerra, torna-se única e extremamente rica.
Foi durante o período homérico que formaram-se os clãs, ou gens, de origem patriarcal, são a origem de uma aristocracia que dominaria as melhores terras, substituindo o período em que gregos dividiam a terra, bem como a produção, de maneira coletiva. A partir deste momento o poder passou a ser exercido por um Basileu, este um patriarca com poderes de caráter político e religioso.
O crescimento e transformação do genos resultaria no conhecemos como Cidades-Estados. Este processo foi resultado do aumento populacional e unificação das várias tribos e ocorreu praticamente ao mesmo tempo em toda a Grécia, tendo estrita relação com a chegada dos dórios.
Período Arcaico e o Conceito de Pólis:
A partir da chegada dos dórios as cidades gregas sofreram grandes transformações, no ponto mais alto de cada cidade surgiriam as chamadas acrópoles, local onde estavam situados os principais templos, fortificações militares e a residência das famílias mais aristocráticas. Por sua vez, nas “cidade baixa” a paisagem urbana era definida pela presença do mercado e nas suas adjacências viviam comerciantes, artesãos e demais trabalhadores.
Socialmente falando, o aumento populacional somado a escassez que terras férteis e o monopólio das melhores terras pelos mais ricos acentuou as desigualdades sociais. O pequeno camponês era facilmente submetido a condição de escravidão quando não consegui pagar pelo arrendamento da terra ou insumos, “emprestados” pelos chamados Eupátridas (grandes proprietários de terra). Neste período grande parte da população grega terminou por migrar para áreas como a Sicília e Península itálica.
No mapa acima podemos verificar onde situavam-se as dezenas de cidades-estado fundadas pelos gregos.
Saiba mais sobre a Grécia com a aula do prof. Felipe:
É importante frisar que os gregos não consideravam-se membros de uma mesma nação. Cada cidade-estado era independente politicamente da outra, o que os tornavam comuns eram sua cultura e seus valores. Todavia, em muitas póleis o poder político era exercido pelos cidadãos que participavam de assembleias realizadas nas ágoras (praças centrais), todavia, poucos eram aqueles que eram considerados cidadãos e possuíam direitos políticos.
Apenas homens livres eram possuíam direitos políticos, mulheres, estrangeiros e escravos não tinham qualquer representatividade. Entretanto, aos poucos o poder concentrou-se nas mãos dos mais nobres, que passaram a exercer a autoridade militar, religiosa e judicial, enquanto a situação dos pequenos camponeses, comerciantes e trabalhadores em geral continuava desprovida de privilégios.
Buscando dirimir o problema da falta de alimento constante, colônias gregas foram fundadas em regiões do mar Negro e os gregos passaram a desenvolver o comércio por áreas do mediterrâneo que resultaria em disputas territoriais com povos asiáticos.