Confira uma seleção com as principais notícias da semana e como elas se relacionam com os temas de atualidades para o Enem.
Faltam apenas 15 dias para o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio. Se a ansiedade ainda não bateu por aí, provavelmente a dúvida sobre qual será o tema da redação já, acertamos?
A resposta para essa pergunta, ou pelo menos, a melhor forma de se preparar, está nas Atualidades Enem 2024.
Todos os acontecimentos nacionais e internacionais, desde a política até a cultura, podem ser transformados em excelentes temas para a redação do Enem.
Para te ajudar nessa jornada, selecionamos cinco notícias que marcaram a semana e mostramos como elas se conectam com os temas mais cobrados no exame. Continue lendo!
Atualidades Enem 2024: o que você precisa saber
As atualidades Enem 2024 são assuntos do dia a dia, notícias e acontecimentos recentes que estão em destaque nos noticiários, redes sociais e debates da sociedade.
Esses temas podem aparecer de diversas formas nas provas do Enem, tanto nas questões objetivas quanto na redação.
Por que as atualidades são importantes para o Enem?
- Redação: o tema da redação do Enem é sempre baseado em alguma questão relevante da atualidade.
- Questões objetivas: muitas questões das provas do Enem, principalmente nas áreas de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, abordam temas da atualidade.
- Interpretação de textos: os textos motivadores da redação, assim como outros textos presentes nas provas, geralmente abordam temas atuais.
Quais são os temas de atualidades mais comuns no Enem?
A lista de temas de atualidades é vasta e pode variar a cada ano, mas alguns assuntos são recorrentes:
- Política: eleições, partidos políticos, sistemas políticos, relações internacionais.
- Economia: desigualdade social, desemprego, inflação, globalização.
- Meio ambiente: mudanças climáticas, desmatamento, poluição, sustentabilidade.
- Sociedade: questões de gênero, racismo, violência, educação, saúde.
- Tecnologia: inteligência artificial, redes sociais, internet.
Como estudar as atualidades para o Enem?
- Acompanhe as notícias: leia jornais, revistas e sites de notícias, assista a programas de jornalismo e acompanhe as redes sociais.
- Selecione fontes confiáveis: busque informações em veículos de comunicação renomados e evite notícias falsas.
- Organize as informações: crie um caderno ou um arquivo digital para anotar os principais acontecimentos e seus impactos.
- Relacione os temas com os conteúdos escolares: tente entender como os acontecimentos atuais se conectam com os conteúdos que você estuda em sala de aula.
Agora, vamos às notícias da semana?
100 mil paulistas no escuro
O forte temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira (11) causou um caos na rede elétrica da cidade e região metropolitana.
Milhares de residências e estabelecimentos comerciais ficaram sem energia, e o processo de restabelecimento tem sido lento e gradual.
A Enel, responsável pelo fornecimento de energia na região, informou que cerca de 100 mil clientes ainda estão sem luz.
A empresa atribui a demora na recuperação do sistema à magnitude dos danos causados pela tempestade, que incluiu a queda de árvores, postes e linhas de transmissão.
As consequências da falta de energia vão além do incômodo:
- Impacto social: milhares de pessoas estão enfrentando dificuldades no dia a dia, como a impossibilidade de cozinhar, trabalhar em home office ou utilizar aparelhos eletrônicos.
- Danos econômicos: empresas de diversos setores estão sofrendo prejuízos devido à paralisação das atividades.
- Questões de segurança: a falta de iluminação pública aumenta os riscos de acidentes e criminalidade.
- Impacto ambiental: a recuperação da rede elétrica pode gerar mais resíduos e consumir mais energia, intensificando o problema.
A notícia se conecta aos seguintes eixos temáticos do Enem:
- Meio ambiente: mudanças climáticas, impactos ambientais, sustentabilidade.
- Infraestrutura: qualidade da infraestrutura, investimentos em tecnologia, privatização de empresas estatais, planejamento urbano.
- Desigualdade social: acesso a serviços essenciais, impactos sociais de crises.
- Política: responsabilidade do Estado, privatização de empresas estatais, sucateamento do serviço público, regulamentação do setor elétrico, políticas públicas para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Leia a matéria completa: Apagão em SP: 100 mil clientes seguem sem energia, diz Enel
Conteúdo machista em questão de concurso
Duas questões de um concurso público realizado pela Prefeitura de Macaé (RJ) foram anuladas por apresentarem conteúdo considerado machista.
As perguntas faziam parte da prova de Língua Portuguesa para cargos de professor e foram elaboradas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
- Questão 1: pedia que o candidato identificasse uma frase que não criticava o fato de a mulher “falar demais”, com alternativas ofensivas como: “A língua da mulher não cala nem depois de cortada”.
- Questão 2: solicitava que o candidato identificasse sentenças comparativas, com frases como: “A mulher é como um defeito de natureza”.
Após repercussão negativa e críticas nas redes sociais, a Prefeitura de Macaé repudiou o conteúdo e esclareceu que não revisa previamente as questões da FGV.
A FGV anulou as perguntas, afirmando que não estavam alinhadas aos seus princípios, e garantiu que todos os candidatos receberão a pontuação correspondente.
Conexão com eixos temáticos do Enem:
- Direitos humanos: a anulação das questões reflete o respeito à dignidade e igualdade das mulheres, valores fundamentais dos direitos humanos. A prova continha conteúdo que naturaliza estereótipos misóginos, o que vai contra esses princípios.
- Sociedade patriarcal: As frases das questões reforçam uma visão machista e estereotipada das mulheres, característica de uma sociedade patriarcal. A polêmica destaca a necessidade de combater esses padrões discriminatórios.
- Ética e sociedade: a questão ética envolve a responsabilidade de instituições educacionais na elaboração de provas que promovam o respeito e a inclusão. A anulação mostra a busca por alinhamento com valores sociais mais justos e éticos.
Leia a matéria completa: Questões de concurso em Macaé (RJ) são anuladas por conteúdo machista
Proibição do uso de celulares em sala de aula
Uma pesquisa do Datafolha revelou que 62% dos brasileiros apoiam a proibição do uso de celulares nas salas de aula, tanto em escolas públicas quanto privadas.
A medida é especialmente defendida por pais:
- 65% daqueles com filhos menores de 18 anos apoiam o banimento.
- 76% dos entrevistados acreditam que os celulares prejudicam mais do que ajudam no aprendizado,
- A percepção sobe para 78% entre os pais.
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que está preparando um projeto de lei para proibir o uso de celulares em escolas de todo o país, visando dar segurança jurídica aos estados que já aplicam normas semelhantes, como o Ceará.
A proposta será apresentada ao Congresso em outubro. A pesquisa foi realizada entre 7 e 8 de outubro de 2024, entrevistando 2.029 pessoas em 113 municípios, com uma margem de erro de dois pontos percentuais.
Conexão com eixos temáticos do Enem:
- Ética e sociedade: a discussão sobre o uso de celulares nas escolas envolve a responsabilidade ética de equilibrar o acesso à tecnologia com a necessidade de manter um ambiente educativo adequado.
- Educação e cidadania: a polêmica reflete o desafio de garantir um ensino eficiente em uma era hiperconectada, com foco na formação de cidadãos conscientes sobre o uso adequado da tecnologia. A busca por legislação também ressalta a necessidade de padronizar normas para promover igualdade nas escolas públicas e privadas.
- Impactos da Tecnologia na Sociedade: a pesquisa traz à tona a preocupação com os efeitos negativos da tecnologia no aprendizado e na interação em sala de aula. Ao mesmo tempo, estimula debates sobre inclusão digital e o papel dos dispositivos móveis como ferramentas pedagógicas ou de dispersão
Leia a matéria completa: Apoio crescente: 62% dos brasileiros defendem proibição de celulares em salas de aula
Desvalorização dos professores
Uma reportagem da Folha de S.Paulo destaca a instabilidade enfrentada pelos professores da educação básica no Brasil e a falta de valorização da carreira, principalmente no contexto salarial.
Embora o Plano Nacional de Educação (PNE) tenha estabelecido que até 2024 os docentes da rede pública deveriam ter rendimentos equivalentes aos dos profissionais com ensino superior, esse objetivo não foi alcançado.
Entre 2012 e 2023, a média salarial dos professores passou de 65,2% para 86,9% da remuneração dos demais profissionais.
Contudo, essa diferença diminuiu principalmente por conta da queda geral de rendimentos no mercado de trabalho, enquanto o aumento real no salário dos professores foi de apenas 5,3%.
Também houve um aumento expressivo na contratação de professores temporários, que agora representam 52% nas redes estaduais e 34,2% nas municipais, apesar de uma meta do PNE limitar essa proporção a 10%.
A precarização da carreira impacta a saúde emocional dos docentes e a qualidade do ensino, dificultando a criação de vínculos entre professores e alunos.
Relação com os eixos temáticos do Enem:
- Cidadania e intervenção social: a precarização dos professores afeta diretamente a qualidade da educação, um direito básico e essencial para a construção de uma sociedade justa e igualitária.
- Trabalho e vida em sociedade: a matéria evidencia a fragilidade das condições de trabalho dos docentes, um problema que impacta tanto a saúde mental quanto a estabilidade financeira desses profissionais, refletindo nas dinâmicas sociais e educacionais.
- Desigualdades sociais: a desigualdade salarial entre os docentes e outros profissionais com formação superior ilustra como determinadas carreiras, mesmo essenciais, ainda são subvalorizadas.
- Educação como meio de transformação social: a reportagem reforça a importância de valorizar a carreira docente para garantir um ensino de qualidade e promover mudanças sociais significativas, já que a educação é uma ferramenta essencial para transformar realidades e reduzir desigualdades.
Leia a matéria completa: Professor no Brasil enfrenta instabilidade enquanto ainda busca valorização
Racismo sistêmico na polícia e no sistema de justiça
O relatório da ONU, divulgado em 2 de outubro de 2024, revela que o Brasil enfrenta racismo sistêmico na polícia e no sistema de justiça, com impactos diretos na população negra.
A delegação internacional visitou cinco capitais brasileiras e coletou dados e depoimentos de vítimas, concluindo que a violência policial e o encarceramento afetam de forma desproporcional pessoas negras.
Em 2023, 78% das mortes violentas no país foram de pessoas negras, incluindo crianças e adolescentes.
O relatório destaca a necessidade de uma política nacional para regular o uso da força e evitar impunidade, já que o uso letal excessivo é frequentemente justificado como legítima defesa.
A ONU sugere que as investigações sobre mortes causadas por policiais sejam conduzidas por órgãos externos, como o Ministério Público, para maior transparência.
Além das críticas, o documento reconhece avanços, como a criação do Ministério da Igualdade Racial e a adoção de cotas para afrodescendentes no serviço público.
Contudo, a ONU alerta que mais ações consistentes são necessárias para combater a discriminação racial e promover igualdade de forma duradoura.
Relação com os eixos temáticos do Enem:
- Cidadania e Direitos Humanos: a denúncia de racismo sistêmico e violência policial se conecta com a necessidade de garantir direitos fundamentais e a dignidade humana, demonstrando o impacto das desigualdades na segurança pública e na justiça.
- Diversidade cultural e questões étnico-raciais: a notícia destaca como estereótipos e preconceitos raciais continuam presentes nas práticas policiais e nas decisões judiciais, evidenciando a importância de políticas antirracistas e de valorização da diversidade.
- Políticas públicas e intervenção social: a proposta de uma política nacional para regular o uso da força e o fortalecimento do controle externo das polícias reflete a necessidade de reformas estruturais para enfrentar a violência institucional e garantir justiça.
- Desigualdade social e exclusão: a desproporcionalidade no encarceramento e nas mortes violentas expõe as desigualdades raciais e sociais do país, reforçando a urgência de combater discriminação e promover inclusão.
Leia a matéria completa: Brasil precisa de política nacional para regular polícias, diz ONU
E então, você estava por dentro dessas notícias? Ficou mais claro como estudar as atualidades Enem 2024?
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