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Como o Brasil superou a média global na vacinação contra o HPV

Como o Brasil superou a média global na vacinação contra o HPV

Conheça os fatores e estratégias que impulsionaram a vacinação no Brasil e aproveite o conteúdo para se preparar para o Enem.

O Brasil, reconhecido pelo histórico sólido em campanhas de vacinação, alcançou em 2024 um marco importante: conseguiu interromper a queda na imunização contra o Papilomavírus Humano (HPV) e, além disso, ultrapassou a média global. Esse resultado não representa apenas um avanço para a saúde pública, mas também serve como exemplo estratégico, especialmente para quem busca referências para provas como o Enem.

Os dados impressionam: a cobertura entre meninas de 9 a 14 anos subiu de 78% para mais de 82%, enquanto entre os meninos da mesma faixa etária atingiu 67%. No mundo, a média é de apenas 12%. Neste conteúdo, vamos analisar os motivos dessa conquista, explorando tanto aspectos científicos do vírus quanto as políticas públicas que fizeram diferença — um material que pode ajudar em Biologia e até na Redação.

O que é o HPV e por que a vacinação é essencial?

O HPV é hoje a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum no planeta, atingindo pele e mucosas de homens e mulheres. Existem mais de 200 variações do vírus, mas apenas algumas são consideradas perigosas.

  • Tipos de alto risco: como HPV 16 e 18, ligados a aproximadamente 71% dos casos de câncer do colo do útero, além de tumores em regiões como ânus, pênis e orofaringe.
  • Tipos de baixo risco: como HPV 6 e 11, responsáveis por verrugas genitais.

A vacina quadrivalente usada no Brasil é altamente eficaz: oferece 98% de proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 antes da infecção, prevenindo a maioria dos casos de câncer e verrugas. Ela é feita com partículas semelhantes ao vírus, chamadas VLPs, que não possuem material genético — por isso não causam a doença, mas estimulam o organismo a produzir anticorpos. Como muitas infecções são silenciosas e podem persistir por anos, vacinar é mais simples e econômico do que tratar doenças depois que surgem.

Em 2024, o país adotou a aplicação em dose única para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos, alinhado às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Pesquisas comprovam que uma única dose oferece proteção equivalente a esquemas de duas ou três aplicações, tornando a vacinação mais acessível e aumentando as chances de cobertura rápida.

Luana Santos

Jornalista formada pela UFSC e redatora da Rede Enem
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