Veja como utilizar a Norma Culta na Redação do Enem

Conquistar a nota 1000 é o sonho de todos os candidatos. Para chegar lá (ou pelo menos perto) é preciso ter o domínio da Norma Culta na Redação do Enem. Veja no resumo:

Veja e aprenda quais são os usos corretos do Idioma Português na Redacão do Enem. A regra geral é o uso da Norma Culta na Redação. Quem escorrega para o uso de gírias, palavrões ou para a linguagem coloquial comete o erro do Plebeísmo, e perde pontos na hora da correção.

Na competência I, espera-se que o participante escolha o registro adequado a uma situação formal de produção de texto escrito. Na avaliação, serão considerados os fundamentos gramaticais do texto escrito, refletidos na utilização da norma culta.

A Norma Culta na Redação

Competência I. Demonstrar domínio da norma culta na Redação

Os aspectos observados são estes: sintaxe de concordância, regência e colocação; pontuação; flexão; ortografia; e adequação de registro demonstrada, no desempenho linguístico, de acordo com a situação formal de produção exigida.

Norma Culta x Língua Falada

Confira agora no resumo com resolução de exercícios como você pode gabaritar geral nas questões da prova de Linguagens. Veja com a professora Mercedes Bonorino, do canal do Curso Enem Gratuito.

Já parou para pensar que, apesar de todos falarmos a língua portuguesa, falamos de jeitos diferentes? Isso acontece porque existem dois tipos de linguagens.

A norma culta e a língua falada. Uma que está nos manuais gramaticais e segue várias regras. É a linguagem formal. A outra é a que aprendemos no cotidiano, com nosso amigos e familiares, a essa língua damos o nome de língua falada ou também coloquial.

Diferenças entre Norma Culta x Língua Falada

As diferenças entre norma culta e língua falada, ou linguagem formal e informal, caem direto no Enem. A linguagem formal é uma descrição do português atual na sua forma culta. É chamada também de língua padrão, registro culto, ou ainda registro formal.

A linguagem culta nada mais é que a linguagem dos manuais gramaticais e seu conjunto de regras para escrever e falar corretamente uma língua, de acordo com o molde de uso dessa língua por pessoas cultas.

É simples para você compreender a exigência do Ministério da Educação e do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas). Eles querem apenas que você se expresse demonstrando conhecer o idioma nacional. Só isso.

Resumo sobre a Norma Culta

Veja com a professora Kel, que dá aulas de português no canal do Curso Enem Gratuito, um resumo simples e rápido para você diferenciar o uso da Norma Culta na Redação do Enem, ao invés de escorregar para a Linguagem Coloquial:

Mandou bem a professora Kel. Agora você já sabe como se cuidar para não perder pontos na Redação do Enem.

Competência II da Redação Enem:

Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

O eixo da competência II reside na compreensão do tema que instaura uma problemática a respeito da qual se pede um texto escrito, em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo.

Por meio desse tipo de texto, analisam-se, interpretam-se e relacionam-se dados, informações e conceitos amplos, tendo-se em vista a construção de uma argumentação, em defesa de um ponto de vista.

Mas, para compreender o Tema da Redação você precisa trabalhar os aspectos de Leitura e Interpretação de Texto. É muito importante: saber “ler e compreender” o tema, e se expressar utilizando a Norma Culta na Redação do Enem.

Resumo sobre o estilo dissertativo-argumentativo

Veja como elaborar o texto dissertativo-argumentativo dentro das regras exigidas pelo Ministério da Educação. Confira com a professora Tharen Teixeira o passo a passo completo:

Conferiu? É básico: Introdução; Desenvolvimento; e Conclusão. Tudo escrito dentro da Norma Culta na Redação.

Competência III. Argumentação

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

Na competência III, procura-se avaliar como o participante, em uma situação formal de interlocução, seleciona, organiza, relaciona e interpreta os dados, informações e conceitos necessários para defender sua perspectiva sobre o tema proposto.

Competência IV. Mecanismos Linguísticos

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

Na competência IV, avalia-se a utilização de recursos coesivos da modalidade escrita, com vistas à adequada articulação dos argumentos, fatos e opiniões selecionados para a defesa de um ponto de vista sobre o tema proposto.

Serão considerados os mecanismos linguísticos responsáveis pela construção da argumentação na superfície textual, tais como: coesão referencial; coesão lexical (sinônimos, hiperônimos, repetição, reiteração); e coesão gramatical (uso de conectivos, tempos verbais, pontuação, sequência temporal, relações anafóricas, conectores intervocabulares, intersentenciais, interparágrafos).

Competência V. Proposta de Intervenção

Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Na competência V, verifica-se como o participante indicará as possíveis variáveis para solucionar a problemática desenvolvida, quais propostas de intervenção apresentou, qual a relação destas com o projeto desenvolvido sobre o tema proposto e a qualidade destas propostas, mais genéricas ou específicas, tendo por base a solidariedade humana e o respeito à diversidade de pontos de vista, eixos de uma sociedade democrática.

Entenda melhor o que é cobrado em cada competência com esta videoaula da prof. Dani do Curso Enem Gratuito:

Leitura e análise de redações

Exemplo 01 – O fórum do ensino privado

Obrigado por lei a lançar até dezembro o Plano Nacional de Educação para os próximos dez anos, o governo convocou uma “conferência nacional” para discutir o assunto, da qual participaram representantes dos mais variados setores da administração pública, dos sindicatos, movimentos sociais, ONGs e entidades da chamada “sociedade civil organizada”.

O encontro ocorreu há dois meses, foi apresentado como um “espaço democrático aberto”, contou com a participação do presidente Lula e terminou com um documento que faz a defesa da expansão do dirigismo estatal e da imposição de restrições à liberdade de iniciativa no setor.

A justificativa é que o ensino superior é um “bem público”, motivo pelo qual a oferta de vagas por universidades privadas teria de ser feita somente por meio de um regime de concessão, a exemplo do que ocorre nas áreas de energia, petróleo e telecomunicações. Para os 3 mil participantes da Conferência Nacional de Educação, as universidades particulares visam ao lucro e, ao contrário das públicas, não se preocupariam com a qualidade dos serviços que prestam.

A tese que prevaleceu na conferência foi a de que, se a União tem a prerrogativa de “articular” o sistema educacional, ela também deveria “normatizar e controlar” as universidades privadas, além de estabelecer parâmetros para currículos e projetos pedagógicos.

Esse controle seria feito por uma agência reguladora e o setor educacional seria organizado como um “sistema nacional articulado”, nos moldes do Sistema Único de Saúde. A ideia é criar um processo decisório compartilhado, por meio de um órgão normativo, integrado por representantes do Ministério da Educação (MEC), gestores estaduais e municipais, sindicatos e organizações sociais, mas não por representantes do ensino privado.

Como sabiam que a conferência convocada pelo governo enveredaria por esse caminho, as instituições privadas de ensino superior não só não compareceram ao evento, como também decidiram realizar um fórum da educação superior particular.

Pretendiam com isso ser ouvidas pelas autoridades educacionais durante a elaboração do Plano Nacional de Educação. Mas, enquanto a conferência do governo teve ampla repercussão, o fórum, realizado três semanas depois, foi ignorado pela mídia.

Embora sejam responsáveis por quase 80% da oferta de vagas do ensino superior do País e venham recebendo vultosas somas de fundos de investimentos para financiar sua expansão, as universidades privadas têm sido obrigadas a viver na defensiva com relação ao MEC, que desenvolveu mecanismos de avaliação ouvindo somente as universidades públicas. As instituições particulares são acusadas de “mercantilismo”, de oferecer uma educação de má qualidade, de não fazer pesquisa científica e de não realizar as chamadas “atividades de extensão”.

Há muito de verdade nessas acusações, mas elas não podem ser generalizadas. A pauta do fórum da educação superior, por exemplo, que incluiu temas como sistemas de avaliação, indicadores de qualidade de ensino, capacitação docente, pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e financiamento estudantil, foi discutida por representantes de reputadas instituições privadas de ensino.

A síntese dessas discussões foi apresentada sob a forma de uma carta de princípios, cuja redação teve por objetivo “desconstruir o discurso sutilmente elaborado dentro dos bastidores do MEC que exclui a iniciativa privada das reflexões sobre os mecanismos pelos quais elas são avaliadas”.

Evidentemente, o ensino superior privado tem muitas falhas, como também acontece com as universidades públicas. Com o fórum da educação superior particular, as entidades do setor substituíram uma postura defensiva por outra mais ativa, divulgando o que têm feito, com base no princípio da responsabilidade social do ensino, e deixando claro que também têm sugestões a dar para o Plano Nacional de Educação da próxima década. ( In: Jornal O Estado de S. Paulo, http://www.mundotexto.com.br/redacao/RDP1.html in 27/05/2012, 15h45min )

Dica 1 – Saiba mais nesta quarta aula como funcionam as Competências usadas na avaliação da Redação Enem. O Exame Nacional do Ensino Médio está chegando! – https://blogdoenem.com.br/competencias-redacao-parte-4/

Exemplo 02  – De novo, Brasil é destino para lixo

Mais uma vez, o país descobre que está sendo contemplado com remessas de lixo enviadas por outras nações. Trata-se de 23,3 toneladas de lixo hospitalar importadas por uma empresa têxtil pernambucana. O episódio relembra casos semelhantes ocorridos em 2009, quando restos de alimento, peças de computador, travesseiros velhos e embalagens vazias de produtos de limpeza foram descobertos nos portos das cidades de Santos (SP) e de Rio Grande (RS). Na ocasião, o material foi remetido de volta e a transportadora recebeu multas.

Agora, a Receita Federal já acionou o Ministério Público para que sejam instaurados os procedimentos investigatórios. As autoridades querem esclarecer se a empresa sabia do conteúdo dos contêineres. Se sim, se pretendia descartá-lo ou se valer dele em sua produção. Os documentos de importação indicam algodão com defeito, mas o que realmente aportou no país foram toneladas de lençóis, fronhas, toalhas de banho, batas, pijamas e roupas de bebês.

Em parte das peças, constava a procedência de hospitais norte-americanos, muitas sujas de sangue. Constatou-se ainda a presença de seringas, luvas hospitalares, cateteres, gazes e ataduras já utilizadas. A vistoria desse material também está sendo feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Há a hipótese de que esse descarte não possa ser devolvido. Em 2009, havia a Convenção de Basileia, invocada pela Justiça Federal, da qual o Brasil é signatário. Agora, pelas regras usuais entre o país e os Estados Unidos, vigora o princípio da destruição dos produtos proibidos em seus próprios territórios.

Será necessário estabelecer contatos diplomáticos com aquele país para chegar a bom termo. Afinal, o país não pode ser tratado como lixeira do mundo, numa afronta à nossa soberania. Os que enviaram esses excedentes têm de ser responsabilizados. ( In: Correio do Povo, http://www.mundotexto.com.br/redacao/RDP1.html in 27/05/2012, 15h45min)

Dica 2 – Confira a terceira aula sobre as Competências avaliadas na Prova de Redação Enem, relembramos os Elementos da Comunicação e as Funções da Linguagem – https://blogdoenem.com.br/competencias-avaliadas-na-prova-de-redacao-enem-parte-3/

Exemplo 3 – Transporte público com defasagem

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstra que o transporte público nas regiões metropolitanas de grandes cidades está aquém das necessidades das populações. O levantamento, que versa sobre mobilidade urbana, aponta que o crescimento demográfico dessas áreas não foi acompanhado de investimentos necessários para garantir um serviço de qualidade.

As razões para essa expansão demográfica nessas áreas são de natureza econômica. Os terrenos para edificação são mais baratos e, então, os imóveis acabam tendo um preço mais atraente para as classes de menor poder aquisitivo. Como o emprego continua localizado nas zonas urbanas mais centralizadas, o deslocamento diário se torna um imperativo e aí avultam as fragilidades do sistema de transporte.

A infraestrutura se mostra desatualizada e o sucateamento de veículos e equipamentos é evidente, a par de uma logística que se revela superada. Essa realidade somente poderá ser transformada com investimentos efetivos, mas a União e os estados não têm direcionado verbas para esse fim e os municípios não se encontram numa condição financeira que lhes permita investir no sistema.

Para contornar essas limitações do setor, o Ipea propõe que se busquem novos paradigmas jurídicos em termos de empreendimentos. O órgão entende que uma saída seria a formação de consórcios públicos intermunicipais e parcerias entre os setores público e privado. Assim, torna-se possível amealhar recursos para as obras.

A disponibilização de melhor serviço aos usuários de ônibus e similares, de caráter coletivo, é urgente, como forma de melhorar o fluxo viário nas cidades. Essa melhoria pode estimular que os que se locomovem em veículos próprios optem pelo transporte público. Isso ajudaria a desafogar um trânsito cada vez mais congestionado. (In: Correio do Povo, http://www.mundotexto.com.br/redacao/RDP1.html in 27/05/2012, 15h45min)

Dica 3 – Saiba tudo sobre as Competências avaliadas na prova de Redação Enem e sobre os temas que já foram abordados na Redação desde a criação do Exame – https://blogdoenem.com.br/competencias-redacao-enem-2/

Desafios sobre a Norma Culta na Redação do Enem

Questão 01

Por que as redações apresentadas acima são dissertações?

Questão 02

Que características garantem a boa estrutura das redações acima?

Questão 03

Pode-se utilizar matéria de jornais e revistas como exemplo de dissertação?

 Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender!

Encontrou algum erro? Avise-nos para que possamos corrigir.

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