Uma consulta pública sobre o Novo Ensino Médio acaba de ser iniciada pelo MEC. A sua participação é fundamental! Conheça os motivos.
O Ministério da Educação deu início à pesquisa pública virtual sobre o Novo Ensino Médio. O objetivo é coletar opiniões de um amplo grupo de professores, estudantes e gestores para a formulação de políticas educacionais mais adequadas às necessidades e expectativas da comunidade escolar.
Para participar, é preciso ter idade igual ou superior a 18 anos. A pesquisa permanece disponível até o dia 6 de julho.
Mas, você entende qual é a importância de responder à pesquisa e dar a sua opinião sobre o Novo Ensino Médio? Vem, que vamos explicar como participar e por que a sua contribuição é tão relevante!
Como participar da pesquisa sobre o Novo Ensino Médio
A pesquisa é conduzida pelo Pesquizap, um assistente de conversa via WhatsApp que vai coletar e avaliar os resultados obtidos.
Os requisitos para a participação incluem a idade mínima, de 18 anos, e os seguintes perfis:
- Estudante do Ensino Médio
- Jovem que não estuda e não terminou o Ensino Médio
- Professor do Ensino Médio
- Gestor de escola que oferta o Ensino Médio
Você pode responder às perguntas utilizando seu celular, computador, QR Code ou um link fornecido pelas escolas. Também é possível entrar em contato pelo número (11) 97715-4092 para responder às perguntas usando o celular.
A divulgação da pesquisa conta com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), por meio dos 27 secretários estaduais de educação, que fornecerão materiais de apoio para incentivar a participação ativa e o envolvimento das escolas.
A sua participação é muito importante
Ao contribuir com sua opinião sobre o Novo Ensino Médio, você tem a oportunidade de influenciar a construção de políticas educacionais que afetarão diretamente a educação, possibilitando melhorias e ajustes para atender às necessidades e expectativas da comunidade escolar.
A pesquisa é uma maneira de garantir que sua voz seja ouvida e considerada no processo de tomada de decisões. Isso quer dizer que, ao participar, você contribui para que a perspectiva dos professores, estudantes e gestores das escolas seja levada em conta, garantindo uma abordagem mais inclusiva e abrangente.
Essa consulta também facilita a identificação de pontos fortes e fracos do atual sistema de ensino e da proposta do Novo Ensino Médio para explorar abordagens e soluções que aprimorem a qualidade da educação.
Ao participar, você está exercendo seu papel ativo na construção de políticas educacionais e ajudando a promover o empoderamento de educadores e estudantes, que se tornam agentes de transformação da educação.
Além disso, seu engajamento reflete um senso de responsabilidade compartilhada, já que você se junta a um esforço coletivo para promover mudanças positivas no ensino médio e garantir uma educação de qualidade para as gerações futuras.
O que é o Novo Ensino Médio?
Embora já tenha se falado muito sobre o assunto, uma pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi) aponta que 55% da população se diz pouco ou nada informada sobre o Novo Ensino Médio, enquanto apenas 15% afirma ter conhecimento sobre a modalidade.
Enquanto o modelo antigo era mais voltado para a preparação de estudantes para o ensino superior, o objetivo do novo formato é proporcionar uma formação direcionada ao mercado de trabalho.
O novo formato também tem impactos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova, que atualmente é a mesma para todos, passaria a ter uma etapa específica de acordo com o itinerário formativo escolhido pelo candidato.
O Novo Ensino Médio traz consigo alterações na estrutura curricular e oferta de disciplinas opcionais em todas as instituições educacionais do país.
Desde 2022, as disciplinas tradicionais foram agrupadas em áreas do conhecimento, como linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
A ideia é de que cada estudante tenha a possibilidade de montar seu próprio ensino médio, escolhendo os “itinerários formativos” nos quais desejam se aprofundar.
Assim, seriam três anos de estudo com conteúdos eletivos focados nos objetivos pessoais e profissionais dos alunos (totalizando 1.200 horas) e uma parte fixa (1.800 horas em ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática).
Somando tudo, são 3.000 horas-aula ao longo dos três anos. Antes, a lei estabelecia uma carga horária mínima de 800 horas-aula por ano, totalizando 2.400 horas no ensino médio.
Além disso, ainda existe o componente transversal, chamado “projeto de vida”, que deve ser oferecido para auxiliar os jovens a compreenderem suas aspirações.
O NEM propõe ainda que cada rede de ensino tenha a liberdade de distribuir a carga horária dos itinerários formativos da maneira que considerar mais adequada, podendo concentrá-los em um único ano ou espalhá-los ao longo dos três anos, por exemplo.
O ensino de língua portuguesa e matemática é obrigatório durante todo o ensino médio, mas a lei não estabelece um número mínimo de aulas dessas disciplinas por semana. O importante é que elas estejam sempre presentes na grade curricular.
A reforma foi sancionada em 2017, durante o governo Temer, e entrou em vigor em 2022 com a proposta de implementação gradual até 2024. No entanto, diante de muitas polêmicas e discussões, o Novo Ensino Médio está suspenso desde abril deste ano.