Saiba em que pontos o Enem e o “Enem dos Concursos” se distanciam: objetivos, estrutura, candidatos e preparação exigida.
A tão comentada primeira fase do Concurso Nacional Unificado (CNU) (popularmente conhecido como “Enem dos Concursos”) ocorreu no último domingo, 5 de outubro. O evento mobilizou milhões de candidatos em todo o país e levantou uma questão comum: afinal, essa seleção se parece com o Enem?
A resposta curta é simples: não. A comparação cabe apenas pelo tamanho da operação e pela complexidade da aplicação em várias cidades. Quando se analisam os critérios, o conteúdo cobrado e a forma de avaliação, fica evidente que estamos falando de exames com naturezas totalmente distintas. Cada um atende a um público específico, com objetivos próprios e exigências bem diferentes.
Por que chamam de “Enem dos Concursos”?
O apelido surgiu justamente porque o CNU concentrou, em uma única aplicação, a disputa por vagas em 32 órgãos federais, sob a coordenação do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI).
A semelhança com o Enem está apenas na logística grandiosa: ambos acontecem em diversas cidades brasileiras (no caso do CNU, 228 municípios) e exigem uma operação robusta de segurança, incluindo uso de detectores de metal e códigos de identificação individuais nas provas.
Missões distintas
O ponto de divergência é essencial: cada prova existe para atender a uma finalidade diferente do governo.
Enem

Organização: responsabilidade do Inep.
Finalidade: avaliar o aprendizado dos alunos do Ensino Médio.
Função prática: porta de entrada para universidades públicas e programas como SISU, PROUNI e FIES.
Foco: medir competências gerais e habilidades de interpretação, raciocínio lógico e visão interdisciplinar.
Exigência mínima: nota de corte em torno de 450 pontos e redação obrigatória.
Público: estudantes que concluíram ou estão concluindo o Ensino Médio.
