Entenda como a vida, obras e estilo de Luis Fernando Veríssimo continuam influenciando questões de interpretação no Enem após sua morte.
No dia 30 de agosto de 2025, o Brasil recebeu a notícia da morte de Luis Fernando Veríssimo, um dos principais nomes da literatura e do jornalismo nacional. O escritor faleceu aos 88 anos em Porto Alegre, cidade onde viveu a maior parte da vida. A causa foi uma pneumonia, mas ele já enfrentava fragilidades de saúde desde 2021, quando sofreu um AVC que comprometeu sua capacidade de organizar pensamentos e interrompeu sua rotina de escrita.
Além disso, Veríssimo lidava com outras condições, como Parkinson e câncer na mandíbula. Embora sua morte não tenha sido inesperada, a notícia repercutiu amplamente, com homenagens de autoridades, artistas e colegas escritores, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o cartunista Angeli e o escritor Antonio Prata. O comunicado oficial marcou o fim de uma ausência que já se fazia sentir desde que suas crônicas deixaram de ser publicadas, encerrando a trajetória de um autor referência para crítica e público.
Quem foi Luis Fernando Veríssimo?
Nascido em Porto Alegre, em 1936, Luis Fernando era filho do escritor Érico Veríssimo, o que o colocou em contato com a literatura desde cedo. Passou parte da infância e adolescência nos Estados Unidos, experiência que ampliou seu repertório cultural e contribuiu para uma visão crítica e cosmopolita, presente em suas crônicas.
Antes de se firmar como escritor, atuou como tradutor, publicitário e jornalista. Em 1969, começou a escrever uma coluna diária no jornal Zero Hora, abordando política, comportamento, cultura e esportes. Esse contato constante com o cotidiano e a atualidade ajudou a moldar sua habilidade de observar pequenas situações do dia a dia, característica central da crônica, gênero que ele ajudou a consolidar no Brasil.
Seu primeiro livro, O Popular (1973), reuniu crônicas publicadas na imprensa. A partir daí, Veríssimo se tornou um dos cronistas mais lidos do país, também atuando como cartunista e humorista. Sua paixão pela música, especialmente o jazz, influenciou o ritmo leve e fluido de sua escrita, tornando seu estilo único e reconhecível.
