Cuidado com as gírias, abreviações, e as palavras inventadas na comunicação da Internet. Elas podem tirar pontos preciosos da sua redação. Veja as diferenças entre o Português e o Internetês.
A Linguagem da Internet cresce em uso indiscriminado. Sem ela você vira um ‘estranho’ nas redes sociais. Mas, nos vestibulares e no Enem ela tira pontos se utilizada fora de contexto. Cuidado!
O Internetês é uma linguagem simplificada e informal, que geralmente utilizamos para nos comunicar em redes sociais, blogs, emails e SMS. A praticidade do Internetês se dá pela abreviação das palavras, pelas formas que dispensem sinais gráficos entre outros bonequinhos (emoticons) e símbolos que acabamos empregando.
Internetês x Português
Como no exemplo: “Oiiee… td bem??? Oq q vais faze no findi?”. Se formos optar pela forma padrão do português a frase ficaria assim: “Oi, tudo bem? O que você vai fazer no final de semana?”. Parece besteira, mas tomar cuidado com as ocasiões em que o Internetês é válido é algo que você deve observar.
Essa linguagem é bem funcional, mas, às vezes, ela pode nos prejudicar, seja por não nos fazermos entender ou por empregá-la em uma situação inadequada, como em um trabalho da escola ou nas redações do vestibular e do Enem.
Teste o seu grau de intimidade com o Internetês:
– Certamente, você não vai ter dificuldades de entender a mensagem da imagem abaixo. Vamos lá:
Entendeu? Ainda não? A tradução está aqui: “Oi, tudo bem? Estou com saudades demais de você! Quando você vem para cá? Tem novidade? O Gu casou. Não Consigo ir à festa. Que dia vou te ver! Me adiciona no Messenger! Ou me segue no twitter: @anapaula. Você Facebook? Beijo Re.”.
Agora você já consegue entender a mensagem, mesmo que ela ainda não esteja de acordo com a gramática do português.
No entanto, se você mostrar essa imagem para alguém, falante da língua portuguesa, alfabetizado, mas que não utilize a internet é bem provável que não entenda mesmo a mensagem. Isso acontece, porque o Internetês não te contém um padrão, nem normas.
O Internetês é uma linguagem livre e em constante modificação, o que não permite total compreensão de todos nem o seu emprego em textos (em meios) formais.
Você já pensou se os livros, os noticiários eos artigos científicos fossem escritos com o Internetês? Além da dificuldade para que o público comum entenda integralmente o texto, o problema se agravaria com o passar dos anos, já que as abreviações e símbolos são reinventados a cada dia.
Então, tome cuidado para que os vícios da internet não contaminem seus textos do colégio, nem as redações em concursos públicos. Os errinhos mais comuns são: “vc” no lugar de “você”; “q” no lugar de “que”; “d” no lugar de “de”; “ta” no lugar de “está” e assim por diante.
Empregar o Internetês, fora do seu contexto, é visto como falta de atenção e falta de domínio da norma culta do português. Fique esperto!
A Linguagem Formal na Redação
Veja agora com a professora Daniela Garcia, do canal do Curso Enem Gratuito, as dicas para o uso da linguagem formal na redação do Enem.
Nada de Internetês fora de contexto. É perder pontos, na certa.
Este post sobre Internetês foi elaborado por Amanda Nascimento. Ela é formada em jornalismo pela Unisul. Atualmente é acadêmica do curso de Letras – Português e Literaturas, na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, editora de revistas, e colaboradora do Blog do Enem. Amanda está aqui no Facebook: https://www.facebook.com/amanda.nascimento.9066 .