Questões sobre Formas Nominais do Verbo

Treine para o Enem e vestibulares com a lista de Questões sobre Formas Nominais do Verbo. O gabarito sai na hora para conferir o seu desempenho.

As questões sobre Formas Nominais do Verbo sempre aparecem nas provas de Português do Enem e dos vestibulares. É um conteúdo relativamente simples, mas muito importante para a compreensão textual e para garantir aqueles pontos preciosos nas suas provas. Sendo assim, que tal conferir a nossa lista de questões e um breve resumo sobre o tema?

Resumo sobre Formas Nominais do Verbo

O verbo conta com três formas nominais que utilizamos em nosso dia a dia: o infinitivo, o particípio e o gerúndio. A forma mais comum e mais conhecida é, provavelmente, o infinitivo. Isso porque quando pensamos em verbos sempre listamos exemplos justamente no infinitivo. Faça o teste com você mesmo, provavelmente virá na sua cabeça verbos como: amar, abraçar, cantar, dançar, sorrir, beber, entre outros. Todos eles no infinitivo, não é mesmo?

Não é a toa que essa é a forma primitiva dos verbos, ou seja: eles não estão conjugados. Para que você relembre e não esqueça mais dos infinitivos: são aqueles verbos terminados em AR, ER e IR. Por fim, note que a função do verbo no infinitivo é neutra. Por exemplo: ao usar a palavra “beber” não significa que você esteja bebendo neste momento, certo? Portanto, é uma forma neutra e uma ação estática.

O que é gerúndio

Já o gerúndio é a forma do verbo que sempre termina em “NDO”. Veja exemplos: amANDO, bebENDO e sorrINDO. Perceba que existe uma espécie de movimento quando essa forma nominal do verbo é utilizada, ou seja, a ação está acontecendo.

O que é o particípio

Por fim, o particípio traz a ideia de algo que já foi finalizado. Veja nos exemplos: Amado, Bebido e Sorrido.

Aula sobre Formas Nominais do Verbo

Agora que você fez uma revisão sobre o tema, que tal assistir a aula completa da prof. Mercedes e observar como o Enem adora cobrar este conteúdo?

Lista de questões sobre Formas Nominais do Verbo

  1. 1 pontos

    (PUC GO/2014)

    O Livro e a América

    Talhado para as grandezas,
    P’ra crescer, criar, subir,
    O Novo Mundo nos músculos
    Sente a seiva do porvir.
    – Estatuário de colossos –
    Cansado doutros esboços
    Disse um dia Jeová:
    “Vai, Colombo, abre a cortina
    “Da minha eterna oficina…
    “Tira a América de lá.”

    Molhado inda do dilúvio,
    Qual Tritão descomunal,
    O continente desperta
    No concerto universal.
    Dos oceanos em tropa
    Um – traz-lhe as artes da Europa,
    Outro – as bagas de Ceilão…
    E os Andes petrificados,
    Como braços levantados,
    Lhe apontam para a amplidão.

    Olhando em torno então brada:
    “Tudo marcha!… Ó grande Deus!
    As cataratas – p’ra terra,
    As estrelas – para os céus
    Lá, do pólo sobre as plagas,
    O seu rebanho de vagas
    Vai o mar apascentar…
    Eu quero marchar com os ventos,
    Com os mundos… co’os firmamentos!!!”
    E Deus responde – “Marchar!”

    […]
    (ALVES, Castro. Melhores poemas de Castro Alves. São Paulo: Global, 2003. p. 15-16.)

    O gerúndio, o infinitivo e o particípio, por não apresentarem flexão de tempo e modo e por serem tomados como nomes – substantivos, adjetivos e advérbios −, são conhecidos como as formas nominais do verbo. Sobre o uso dessas formas nominais no texto, considere as seguintes proposições:

    I. As formas crescer, criar, subir indicam as ações que Colombo estava predestinado a realizar num futuro próximo.
    II. As formas talhado e cansado, que fazem referência, respectivamente, a Novo Mundo e a Jeová, têm semelhança com o adjetivo por qualificarem seus referentes.
    III. A forma olhando, que manifesta a atitude do grande Deus em contemplar a sua própria criação, indica a concomitância entre as ações de olhar e marchar.
    IV. A forma petrificados, cujo referente é Andes, associa-se por analogia a braços levantados, o que contribui para a construção personificada da América.

    Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa que apresenta todas as corretas:

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  2. 1 pontos

    (Mackenzie SP/2004)

    Na memorável regência da princesa Isabel, sua caneta de ouro assinalou fatos marcantes na história do país, como é do conhecimento geral. Um episódio, porém, viria a criar um certo embaraço ao uso de tão celebrado instrumento: é que a Câmara Municipal resolvera criar uns novos “mijadouros públicos”, palavras consideradas impróprias para figurar em documento a ser levado ao conhecimento público subscrito por sua alteza imperial.
    Seria, porém, um contra-senso privar a população dessa comodidade e a cidade desse valioso equipamento por um problema de lexicografia. Criou-se, então, um novo vocábulo, como vai registrado no Dicionário etimológico da língua portuguesa, de Antenor Nascentes: “Mictório. Neologismo criado quando a princesa imperial regente, D. Isabel, teve de sancionar uma postura da Ilustríssima Câmara Municipal acerca de mijadouros públicos. Figueiredo tira do lat. mictoriu, que aliás é um adjetivo com o sentido de diurético”.
    Benedito Lima de Toledo, O Estado de São Paulo

    No trecho palavras consideradas impróprias para figurar em documento a ser levado ao conhecimento público subscrito por sua alteza imperial, as expressões destacadas:

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  3. 1 pontos

    (ENEM MEC/2020)

    DECRETO N. 28 314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007
    Demite o Gerúndio do Distrito Federal
    e dá outras providências.
    O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
    Art. 1° Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
    Art. 2° Fica proibido, a partir desta data, o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
    Art. 3° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
    Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
    Brasília, 28 de setembro de 2007.
    119º da República e 48º de Brasília. Disponível em: http://www.dodf.gov.br. Acesso em: 11 dez. 2017.

    Esse decreto pauta-se na ideia de que o uso do gerúndio, como “desculpa de ineficiência”, indica

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  4. 1 pontos

    (IFG GO/2013)

    Para você estar passando adiante

    Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunicação moderna, o futuro do gerúndio. Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela internet.

    O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando. (…)
    FREIRE, Ricardo. As cem melhores crônicas brasileiras.
    São Paulo: Objetiva, 2010, p. 345-346. [Adaptado]

    A respeito do texto, é correto afirmar:

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  5. 1 pontos

    (UnirG TO/2012)

    Leia o fragmento do poema.

    Profundamente

    Estavam todos dormindo
    Estavam todos deitados
    Dormindo
    Profundamente
    Quando eu tinha seis anos
    Não pude ver o fim da festa de São João
    Porque adormeci
    Bandeira. Manuel. Profundamente.

    Assinale a alternativa CORRETA em que as três formas verbais em negrito são, respectivamente,

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  6. 1 pontos

    (IFPE/2012)

    A Linha e o Linho
    Lenine

    É a sua vida que eu quero bordar na minha
    Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
    E a agulha do real nas mãos da fantasia
    Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
    E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
    Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
    O zig-zag do tormento, as cores da alegria
    A curva generosa da compreensão
    Formando a pétala da rosa, da paixão
    A sua vida o meu caminho, nosso amor
    Você a linha e eu o linho, nosso amor
    Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
    Reproduzidos no bordado
    A casa, a estrada, a correnteza
    O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza

    O pernambucano Lenine é um dos compositores mais representativos da MPB na atualidade. A letra da música “A linha e o linho” possui, assim como várias de suas composições, uma construção poética e semântica diferenciadas. Levando-se em consideração a capacidade criativa do autor, é falso afirmar em relação aos sentidos expressos pelo texto que

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  7. 1 pontos

    (IBMEC SP Insper/2011)

    Pátria minha

    A minha pátria é como se não fosse, é íntima
    Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
    É minha pátria. Por isso, no exílio
    Assistindo dormir meu filho
    Choro de saudades de minha pátria.
    Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:
    Não sei. De fato, não sei
    Como, por que e quando a minha pátria
    Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
    Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
    Em longas lágrimas amargas.
    Vontade de beijar os olhos de minha pátria
    De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos…
    Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
    De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
    E sem meias, pátria minha
    Tão pobrinha!
    Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
    Pátria, eu semente que nasci do vento
    Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
    Em contato com a dor do tempo, eu elemento
    De ligação entre a ação e o pensamento
    Eu fio invisível no espaço de todo adeus
    Eu, o sem Deus!
    Tenho-te no entanto em mim como um gemido
    De flor; tenho-te como um amor morrido
    A quem se jurou; tenho-te como uma fé
    Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
    Nesta sala estrangeira com lareira
    E sem pé-direito.
    Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova
    Inglaterra
    Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
    E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
    Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
    À espera de ver surgir a Cruz do Sul
    Que eu sabia, mas amanheceu…
    Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
    Amada, idolatrada, salve, salve!
    Que mais doce esperança acorrentada
    O não poder dizer-te: aguarda…

    Não tardo!
    Quero rever-te, pátria minha, e para
    Rever-te me esqueci de tudo
    Fui cego, estropiado, surdo, mudo
    Vi minha humilde morte cara a cara
    Rasguei poemas, mulheres, horizontes
    Fiquei simples, sem fontes.

    Pátria minha… A minha pátria não é florão, nem

    ostenta

    Lábaro não; a minha pátria é desolação

    De caminhos, a minha pátria é terra sedenta

    E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular

    Que bebe nuvem, come terra

    E urina mar.
    Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
    Uma quentura, um querer bem, um bem
    Um libertas quae sera tamen
    Que um dia traduzi num exame escrito:
    “Liberta que serás também”
    E repito!
    Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
    Que brinca em teus cabelos e te alisa
    Pátria minha, e perfuma o teu chão…
    Que vontade me vem de adormecer-me
    Entre teus doces montes, pátria minha
    Atento à fome em tuas entranhas
    E ao batuque em teu coração.
    Não te direi o nome, pátria minha
    Teu nome é pátria amada, é patriazinha
    Não rima com mãe gentil
    Vives em mim como uma filha, que és
    Uma ilha de ternura: a Ilha
    Brasil, talvez.
    Agora chamarei a amiga cotovia
    E pedirei que peça ao rouxinol do dia
    Que peça ao sabiá
    Para levar-te presto este avigrama:
    “Pátria minha, saudades de quem te ama…
    Vinicius de Moraes.”

    Como uma das formas nominais do verbo, o gerúndio pode exercer função adjetiva ou adverbial. Sobre o uso de gerúndios nos versos “uma criança dormindo/ É minha pátria.” e “Por isso, no exílio/ Assistindo dormir meu filho/ Choro de saudades de minha pátria.” Pode-se afirmar:

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  8. 1 pontos

    (EsPCEx SP/2020)

    O verbo em negrito no trecho “enxurrada de absurdos ditos” é

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  9. 1 pontos

    (Mackenzie SP/2004)

    Não é fácil viver entre os insanos.
    Erra quem presumir que sabe tudo,
    Se o atalho não soube dos seus danos.

    O prudente varão há de ser mudo,
    Que é melhor neste mundo o mar de enganos,
    Ser louco cos demais, que ser sisudo.
    Gregório de Matos

    No primeiro terceto,

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    (ITA SP/2002)

    Ela saltou no meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, titilando.
    (AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço, 25ª ed. São Paulo, Ática, 1992, p. 72-3.)

    Neste trecho, o efeito de movimento rápido é obtido por verbos empregados no tempo ou modo:

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Carolina Prieto

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