Saber é poder – Resumo Enem da Filosofia de Francis Bacon

Francis Bacon é o autor da frase "Saber é Poder". Veja as contribuições dele na Filosofia das Ciências e a criação do Método Experimental, que ganhou o nome de Método Indutivo

Você já leu mil vezes na escola e viu nos jornais e portais mais importantes do país que “Saber é Poder” – a frase vem de Francis Bacon, e que agora estamos vivendo “A era do conhecimento”. E, na hora de escolher um curso no vestibular, no Sisu, no Prouni, ou no Fies, de que as profissões da “Era Digital” são as mais valorizadas. Fique sabendo que nada disso é novidade para os filósofos do conhecimento. Confira nesta aula grátis.

A filosofia de Francis Bacon

Francis Bacon é tido como um filósofo especial, pois além de trabalhar “o pensamento”, ele colocou a mão na massa e deixou “Métodos” de trabalho para a filosofia e para a ciência. Ele nasceu em Londres, em 22 de janeiro de 1561, e morreu na mesma cidade em 9 de abril de 1626.

Sua educação orientou-se para a vida política, na qual alcançou posições elevadas. Era membro da elite, da aristocracia, e mantinha ao mesmo tempo atuação acadêmica avançada, como um cientista.Sir Francis BaconFilho de Nicholas Bacon e Ann Cooke Bacon, a mãe de Francis Bacon falava cinco idiomas e foi considerada como uma das mulheres mais eruditas de sua época. Bacon foi eleito em 1584 para a Casa dos Comuns (equivalente à Câmara dos Deputados).

Sucessivamente  ele desempenhou, durante o reinado de Jaime 1º, as funções de procurador-geral, fiscal-geral, guarda do selo e grande chanceler. Em 1618 foi nomeado barão de Verulam e, em 1621, visconde de St. Albans. Apesar de toda esta carreira dentro da Aristocracia da época, ele entrou mesmo para a história pelos caminhos da filosofia e da Ciência. Olha só:

Teoria dos ídolos, e a criação do “Método”

Para Bacon, a ciência deveria valorizar a pesquisa experimental, tendo em vista proporcionar objetivos para o ser humano. Mas, para isso, era necessário que os cientistas se libertassem daquilo que dominava ídolos, isto é, falsas noções, preconceitos e maus hábitos mentais.

Em sua obra Novum Organum, o filósofo destaca quatro gêneros de ídolos que bloqueiam e prejudicam a ciência:

  • Ídolos da tribo – são as falsas noções provenientes das próprias limitações da natureza da espécie humana;
  • Ídolos da caverna – são as falsas noções do ser humano com o indivíduo (alusão ao mito da caverna de Platão).
  • Ídolos do mercado ou do foro – são as falsas noções provenientes da linguagem e da comunicação;
  • Ídolos do teatro – são as falsas noções provenientes das concepções filosóficas, científicas e culturais vigentes.

 

Francis Bacon propôs um método para combater esses erros, conhecido como método indutivo de investigação. Este método consiste em quatro passos que entraram para a história.

  1. observar a natureza para saber as informações; em seguida;
  2. fazer uma organização racional destes dados recolhidos através da experiência;
  3. com estes dados empíricos formular as explicações gerais, isto é, as hipóteses destinadas à compreensão do fenômeno estudado; e,
  4. por fim, comprovar estas hipóteses por meio de repetidas experiências e, se possível, em outras circunstâncias.

Aula Gratuita sobre a Filosofia da Ciência

Veja um resumo simples e rápido com o professor Alan, do canal Curso Enem Gratuito, sobre o Método nas Ciências. Assim você vai compreender melhor o diagrama que está depois do vídeo, para você compreender a frase “Saber é Poder”

Muito boa esta explicação.  Francis Bacon é o pai do Método Indutivo na história da Ciência. Agora, vamos continuar:

Após conhecermos a filosofia de Bacon, conseguimos entender melhor a sua frase: Saber é poder. Se você está ainda com dúvida, então veja o esquema abaixo que fica mais claro:Saber é poder - Aula de Filosofia para o Enem

Resumo sobre Francis Bacon

Francis Bacon criou um método indutivo de investigação, isto é, partindo de dados particulares e generalizando para o universal, através da experiência, com o intuito de fazer uma ciência pura e livre de qualquer erro, que ele chamou de ídolos, que são os pré-conceitos que formamos sem nenhum dado de certeza e de experiência.

Apesar de todas estas contribuições para a ciência, Francis Bacon foi acusado de corrupção pela Casa dos Comuns (aceitação de suborno em relação a processos que estavam em andamento), foi condenado ao pagamento de pesada multa e proibido de exercer cargos públicos.

Veja agora um resumo simpoes e rápido para tirar suas últimas dúvidas sobre Francis Bacon e a invenção do Método:

Dica 1: Faça um estudo sobre o mito da caverna de Platão e  prepare-se para o Enem.

Chegou a sua vez. Resolva essas questões de vestibulares e se prepare para o ENEM

(Universidade da Amazônia) Em sua obra Novum organum, Francis Bacon destaca quatro gêneros de ídolos que bloqueiam a mente humana e prejudicam a ciência. Está correto afirmar que esses ídolos são:

A) Ídolos da tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro e ídolos do templo.
B) Ídolos da tribo, ídolos da escola, ídolos da caverna e ídolos do foro.
C) Ídolos da tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro e ídolos do teatro.
D) Ídolos da escola, ídolos da tribo, ídolos da caverna e ídolos do mercado.

Resposta: C

(Universidade da Amazônia) Para combater os erros provocados pelos ídolos, Francis Bacon propôs o método indutivo de investigação, que cumpriria algumas etapas consecutivas, como é o caso da alternativa:

A) Observação da natureza, organização racional, explicações gerais (hipóteses) e experimentações.
B) Observação da natureza, organização racional, explicações gerais (hipóteses) e introspecção.
C) Concepção mística da natureza, organização racional, explicações gerais (hipóteses) e experimentações.
D) Concepção emocional da natureza, organização racional, explicações gerais (hipóteses) e experimentações.

Resposta: A

(Enem 2013) Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.

CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).

Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em

a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
c) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.
d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

Resposta: c

(Ufsj 2012) Sobre os ídolos preconizados por Francis Bacon, é CORRETO afirmar que:

a) “A consequência imediata da ação dos ídolos é a inscrição do Homem num universo de massacre e sofrimento racional-indutivo, onde o conhecimento científico se distancia da filosofia, se deteriora e se amesquinha”.
b) “Toda idolatria é forjada no hábito e na subjetividade humanos”.
c) “Os ídolos invadem a mente humana e para derrogá-los, é necessário um esforço racional-dedutivo de análise, como bem advertiu Aristóteles”.
d) “Os ídolos da caverna são os homens enquanto indivíduos, pois cada um […] tem uma caverna ou uma cova que intercepta e corrompe a luz da natureza”.

Resposta: d

(Uel 2007) Segundo Francis Bacon, “são de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para melhor apresentá-los, lhes assinamos nomes, a saber: Ídolos da Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro”.

Fonte: BACON, F. Novum Organum. Tradução de José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 21.

Com base nos conhecimentos sobre Bacon, os Ídolos da Tribo são:

a) Os ídolos dos homens enquanto indivíduos.
b) Aqueles provenientes do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos.
c) Aqueles que imigraram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas.
d) Aqueles que chegam ao espírito humano por meio de regras viciosas de demonstração.
e) Aqueles fundados na própria natureza humana.

Resposta: e

(Pucpr 2009) “Ciência e poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, se não quando se lhe obedece. E o que à contemplação apresenta-se como causa é regra na prática.”

Fonte: BACON. Novum Organum…, São Paulo: Nova Cultural, 1999, p.40.

Tendo em vista o texto acima, assinale a alternativa correta:

a) Bacon estabelece que a melhor maneira de explicar os fenômenos naturais é recorrer aos princípios inatos da razão.
b) Através do conhecimento científico, o homem aprende a aceitar o domínio dos princípios metafísicos de causalidade sobre a natureza.
c) O conhecimento da natureza depende do poder do homem. Assim um rei conhece mais sobre a natureza do que um pobre estudante.
d) Através da contemplação – observação – da natureza o homem aprende a conhecê-la e, então, reúne condições para dominar a natureza.
e) Devemos ser práticos e obedecer à natureza, pois o conhecimento das relações de causa e efeito é impossível e sempre frustrante.

Resposta: d

Gilson Luiz Corrêa
Gilson Luiz Corrêa, bacharel em Filosofia pela UNISUL, Licenciatura em Filosofia pela UFSC, Psicopegadogia pela FMP. Professor do Colégio Catarinense. Facebook:
https://www.facebook.com/gilsonluiz.correa
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