Elas têm mais de 50% das matrículas no Ensino Médio. Saltam para 61% nos inscritos do Enem; têm maioria de 58,7% entre os ingressantes do Ensino Superior; e superam a 60% entre os estudantes que conquistam o diploma. Veja o domínio crescente da mulher nos indicadores do MEC e do IBGE.
As estatísticas do Ministério da Educação e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) mostram o rápido avanço e o atual domínio das mulheres na educação brasileira. Elas já são a maioria nos níveis mais altos de escolaridade, invertendo o antigo quadro de hegemonia masculina do século passado.
Os números mostram que as mulheres acumulam mais anos de estudo e chegam mais longe na conquista do diploma universitário. Veja a trajetória crescente:
Na escada de acesso ao conhecimento, as meninas começam em desvantagem na estatística do Ensino Fundamental, quando perdem por 48,6% das matrículas para 51,6% dos meninos. Mas, em seguida elas viram o jogo no Ensino Médio, com maioria de 51,1%, mostra o Censo Escolar de 2022.
Domínio feminino no Ensino Superior
Nas provas do Enem 2022 as moças venceram os rapazes por 61,16% contra 38,84% entre os inscritos. Na disputa de vagas das universidades pelo SISU 2023, as mulheres novamente aparecem com ampla vantagem, marcando 62,1% dos candidatos, contra 37,9% de homens.
Nos ingressantes do Ensino Superior, elas foram 58,7% dos novos alunos matriculados, contra 37,3% de homens, de acordo com os dados do Censo MEC/INEP 2021. Entre os alunos que concluem os cursos e tiram o diploma, a vantagem feminina ainda aumenta mais um pouco, e chega a mais de 60% dos concluintes.
Para os consultores da Hoper Educação, Jucimara Roesler, doutora em Comunicação pela PUCRS, e Paulo Presse, matemático especialista em mercado educacional, a graduação por Educação a Distância funcionou nos últimos 20 anos como uma ferramenta que acelerou a emancipação das mulheres pelo acesso ao conhecimento.
Os números do IBGE confirmam a tese: No ano 2000 havia um empate técnico entre a quantidde de homens e de mulheres com diploma na população adulta no país. Porém, em 2010, na população com 25 anos ou mais, 12,5% das mulheres tinham o diploma universitário, contra 9,9% dos homens.
Em 2019, as mulheres com diploma de curso superior ampliaram a vantagem, e saltaram para 19,4%, contra 15,4% dos homens, considerados os adultos com 25 anos ou mais. É uma ruptura muito grande, pois historicamente a mulher esteve em desvantagem nos séculos anteriores.
Mulheres emancidapas pelo conhecimento
Ao permitir entrar na faculdade com os horários flexíveis da Educação a Distância, a mulher pode coordenar os estudos com a vida familiar e o trabalho. E, assim, segue para formar uma ampla maioria apta para o mercado de trabalho mais exigente na economia digital.
Desta forma, na linha do tempo, a perspectiva é positiva para maiores salários e mais inserção em postos de comando para elas. O IBGE mostra que ganha mais quem estuda mais, e que esta é uma regra geral no mundo do trabalho.
A professora Jucimara e o consultor Paulo chamam esse movimento emancipatório de feminilização da educação brasileira. Jucimara afirma ainda que a insegurança masculina ante o avanço da mulher pelo conhecimento pode ser umas raízes do aumento dos casos de violência de gênero no país.
Veja na íntegra o artigo A Feminilização da educação no Brasil: com a EaD as mulheres ganharam empoderamento intelectual, escrito pelos consultores Jucimara e Paulo, e publicado no site da Hoper Educação.
Questões de gêenero no Enem
O Enem já apresentou muitas questões sobre desigualdade de gênero. Veja, por exemplo, como as mulheres eram discriinadas no esporte: