Atualidades para o Enem 2024: confira os destaques da semana

Entenda como estudar atualidades Enem 2024 e confira também uma seleção com os destaques dos noticiários da semana no Brasil.

Você sabia que se manter bem informado sobre os acontecimentos recentes é uma ótima forma de estudar atualidades para o Enem 2024? 

E não é necessário criar uma estratégia mirabolante para fazer esse acompanhamento. Basta ficar atento às notícias que têm impacto social, político, econômico e ambiental, temas frequentemente abordados nas provas. 

As questões de atualidades Enem 2024 costumam exigir uma compreensão crítica dos fatos, relacionando essas situações a tudo o que você já estudou nas aulas de história, geografia e sociologia, entre outras áreas. 

E o melhor de tudo: acompanhar as notícias no dia a dia é simples e muito interessante! Hoje, vamos destacar os principais fatos da semana e mostrar como eles podem aparecer no exame. Acompanhe!

Atualidades Enem 2024: como cai nas provas?

O Enem é conhecido por cobrar temas que estão em alta no Brasil e no mundo, o que torna as atualidades uma parte essencial para uma boa preparação. Mas, afinal, como as atualidades Enem 2024 costumam aparecer nas provas?

De forma geral, esses conteúdos são integrados às áreas de ciências humanas e redação, exigindo que o candidato tenha uma visão crítica e contextualizada dos fatos. 

Questões sobre política, economia, meio ambiente e direitos humanos, por exemplo, podem envolver a interpretação de gráficos, textos jornalísticos e até mesmo imagens que retratam eventos recentes.

Na redação, as atualidades sempre servem como base para argumentar e construir uma visão sólida sobre o tema proposto. Muitas vezes, o exame escolhe temas sociais relevantes e de debate atual, como mudanças climáticas, desigualdade social, movimentos sociais ou questões de cidadania.

O Enem valoriza quem sabe conectar o presente com o passado e interpretar o impacto desses eventos na sociedade. Por isso, é fundamental buscar entender os acontecimentos além das manchetes e refletir sobre como eles se inserem no contexto global e local.

É exatamente isso que vamos fazer agora: confira cinco fatos da semana e sua relação com as disciplinas do Enem. 

Leia também: Queimadas no Brasil: notícias e atualidades para o Enem

Queda no percentual de jovens que não estudam nem trabalham

O relatório “Education at a Glance 2024”, da OCDE, revelou que o Brasil teve uma redução no número de jovens entre 16 e 24 anos que não estudam nem trabalham, os chamados “nem-nem”. 

O percentual caiu de 29,4% em 2016 para 24% em 2023, uma melhora significativa, mas ainda superior à média da OCDE, que é de 14%. 

A falta de qualificação é apontada como um dos principais fatores que dificultam a inserção desses jovens no mercado de trabalho. 

Para enfrentar o problema, tramita no Senado o Projeto de Lei Complementar (PLP 274/2019), que propõe a criação do Programa Microempreendedor Jovem, incentivando o empreendedorismo nessa faixa etária. O projeto ainda está em análise na Comissão de Assuntos Sociais.

Como esse assunto pode ser abordado entre as atualidades Enem 2024:

  • Desigualdade social: relação entre jovens “nem-nem” e a falta de oportunidades educacionais e econômicas no Brasil.
  • Políticas públicas: análise do impacto de programas como o Programa Microempreendedor Jovem no combate ao desemprego juvenil.
  • Educação e empregabilidade: questões que exploram como a conclusão do ensino médio aumenta as chances de emprego.
  • Desigualdade de gênero: comparação das dificuldades enfrentadas por mulheres no mercado de trabalho, mesmo com maior escolaridade.
  • Comparação internacional: diferença entre o Brasil e os países da OCDE na taxa de jovens “nem-nem” e o papel das políticas educacionais.
  • Redação: argumentação sobre a importância de políticas que incentivem a qualificação profissional e a inserção de jovens no mercado de trabalho.

Leia a matéria completa: Brasil tem queda no percentual de jovens que não estudam nem trabalham

Aumenta a desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil

O 2º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios mostrou que, no Brasil, mulheres ganham em média 20,7% menos que homens em empresas com 100 ou mais funcionários. 

A diferença salarial aumentou em relação ao primeiro relatório, que registrava 19,4%. 

Em 2023, homens tinham uma remuneração média de R$ 4.495,39, enquanto as mulheres recebiam R$ 3.565,48. A desigualdade é mais acentuada para mulheres negras, que recebiam R$ 2.745,26, cerca de metade do salário dos homens brancos. 

Além disso, mulheres em cargos de direção e gerência ganham 27% menos que os homens, e aquelas com nível superior recebem 31,2% a menos. 

Apenas 27,9% das empresas relataram ter políticas de incentivo à contratação de mulheres negras.

Como o tema pode ser abordado no Enem 2024:

  • Desigualdade de gênero: questões sobre a diferença salarial entre homens e mulheres, discutindo patriarcado e divisão sexual do trabalho.
  • Racismo estrutural: questões que abordem a disparidade salarial para mulheres negras, focando na interseccionalidade entre gênero e raça.
  • Políticas públicas: questões sobre a eficácia de políticas para promover a igualdade salarial e incentivar a contratação de mulheres, especialmente negras.
  • Estratificação social: discussão sobre como a desigualdade salarial reflete a estratificação de classe, gênero e raça no Brasil.
  • Redação: temas sobre igualdade de gênero e raça no mercado de trabalho, abordando a necessidade de políticas para reduzir a desigualdade.
  • Análise de dados: interpretação de gráficos ou tabelas sobre diferença salarial, relacionando com questões sociais e econômicas do Brasil.

Leia a matéria completa: Mulheres ganham 20% menos do que homens em mais de 50 mil empresas

Cotas para pessoas trans e travestis

A Universidade Federal de São Paulo(Unifesp) aprovou a reserva de vagas para pessoas trans e travestis em seus cursos de graduação e programas de pós-graduação. 

Serão reservados 2% das vagas nos vestibulares para pessoas trans e 30% das vagas na pós-graduação para ações afirmativas, divididas entre 50% para pessoas negras e quilombolas e 50% para indígenas, pessoas com deficiência e pessoas trans. 

A autodeclaração das candidatas será validada por bancas de heteroidentificação. Com essa medida, a Unifesp se torna a 10ª universidade federal a adotar cotas para a população trans, visando aumentar a inclusão e o acesso à educação pública.

Como a temática pode cair nas atualidades Enem 2024:

  • Inclusão e diversidade: questões sobre políticas de inclusão de minorias, destacando a importância de cotas para grupos historicamente marginalizados, como pessoas trans e travestis.
  • Direitos humanos: discussão sobre a proteção e promoção dos direitos de pessoas trans, considerando a violência que esse grupo enfrenta no Brasil.
  • Políticas públicas: análise da eficácia de ações afirmativas e cotas em instituições de ensino superior como estratégia para reduzir desigualdades sociais.
  • Educação e cidadania: questões que abordem o papel da educação na promoção da igualdade e ascensão socioeconômica de grupos vulneráveis.
  • Redação: temas sobre a importância da inclusão de pessoas trans na educação e no mercado de trabalho, defendendo políticas públicas para combater a discriminação.
  • Análise crítica: interpretação de dados ou gráficos relacionados à inclusão educacional de pessoas trans, explorando suas implicações sociais e econômicas.

Leia a matéria completa: Unifesp aprova cotas para pessoas trans e travestis: entenda mais

Aumento do acesso de indígenas ao ensino superior

Desde a implantação das cotas na Universidade de Brasília (UnB) em 2004, o número de estudantes indígenas aumentou de 4 para 203. 

Em 2021, havia mais de 45 mil estudantes indígenas no Brasil, um crescimento de 350% em dez anos. 

O seminário promovido pela Comissão da Amazônia destacou a importância de garantir a permanência qualificada desses estudantes. 

O Ministério da Educação tem investido em programas como o Parfor Equidade e Prolind para apoiar a formação de professores indígenas.

A criação de uma Universidade Federal Indígena está sendo discutida para qualificar ainda mais indígenas em diversas áreas. 

Como essa notícia pode ser abordada no Enem 2024:

  • Acesso à educação: questões sobre a importância das cotas para aumentar o acesso de indígenas ao ensino superior, abordando desigualdade educacional.
  • Políticas públicas: discussão sobre a eficácia de ações afirmativas e programas do Ministério da Educação voltados para a população indígena.
  • Identidade e diversidade cultural: questões que explorem a valorização da cultura indígena no contexto educacional e a luta pela visibilidade.
  • Desafios da permanência: questões sobre a dificuldade que estudantes indígenas enfrentam para se manterem na universidade, incluindo a necessidade de bolsas e apoio.
  • Propostas de universidades indígenas: discussão sobre a criação de instituições de ensino superior específicas para indígenas, promovendo a formação em áreas relevantes.
  • Redação: temas sobre a importância da inclusão indígena na educação superior e a necessidade de políticas públicas que garantam acesso e permanência.

Leia a matéria completa: Especialistas comemoram aumento do acesso de indígenas ao ensino superior

Meio ambiente, queimadas e crise climática

Você provavelmente percebeu que, nas últimas semanas, questões relacionadas ao meio ambiente têm tomado grande parte do tempo em todos os noticiários nacionais e até internacionais. 

Toda essa preocupação não é à toa! Afinal, apenas durante o mês de agosto, foram queimados 5,65 milhões de hectares do território brasileiro. 

Diante da situação, selecionamos três assuntos que ganharam destaque nas notícias desta semana para trazer diferentes abordagens dessa temática. Confira!

Número de pessoas afetadas pelos incêndios no Brasil

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que 11,2 milhões de pessoas foram afetadas por incêndios florestais em 2024, resultando em R$ 1,1 bilhão em prejuízos econômicos. 

Em comparação com o ano anterior, onde apenas 3.800 pessoas foram afetadas, a situação é alarmante.

A CNM defende a aprovação da PEC 31/2024, que visa criar um Conselho Nacional de Mudança Climática.

Leia a matéria completa: Incêndios podem ter afetado mais de 11 milhões de pessoas no Brasil

Relação entre o agronegócio e as queimadas no Brasil

Os incêndios na Amazônia estão associados à exploração econômica da região, impulsionada pela agropecuária, mineração e grilagem de terras. 

O professor Gilberto de Souza Marques destaca que o modelo econômico imposto à Amazônia gera lucros, mas prejudica a sociedade brasileira. 

As experiências de povos indígenas são vistas como alternativas sustentáveis para contrabalançar a monocultura.

Leia a matéria completa: Fogo na Amazônia se concentra em locais onde agronegócio avança

Impactos das queimadas na economia 

A pior seca em 70 anos, aliada às queimadas, afetou severamente a saúde pública e a economia. 

Os prejuízos com incêndios chegaram a R$ 1,1 bilhão, impactando a produção agropecuária e elevando os preços de alimentos, como açúcar e café. 

O governo atribui os incêndios a condições climáticas extremas e ações criminosas, e estuda punições para os responsáveis.

Leia a matéria completa: Queimadas e seca histórica impactam o bolso e a saúde do brasileiro

Agora, como essas três notícias se relacionam às atualidades Enem 2024? Entenda: 

  • Mudanças climáticas e seus impactos: questões sobre como os incêndios florestais e a seca afetam a população e a economia, discutindo a relação entre mudanças climáticas e ações humanas.
  • Economia e meio ambiente: discussões sobre o impacto econômico das queimadas na agropecuária e a importância de práticas sustentáveis para a preservação do meio ambiente.
  • Políticas públicas e direitos: análise da importância de políticas como a PEC 31/2024 e ações afirmativas para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir a proteção ambiental.
  • Desigualdade social: questões que explorem como as comunidades vulneráveis são desproporcionalmente afetadas por desastres ambientais, relacionando isso à luta por justiça social e ambiental.
  • Cultura e resistência indígena: discussão sobre o papel dos povos indígenas na conservação da Amazônia e suas propostas para um desenvolvimento sustentável, abordando a importância da diversidade cultural.
  • Redação: temas sobre a necessidade de ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover a sustentabilidade, focando na intersecção entre meio ambiente, economia e justiça social.

E então, você já estava sabendo de tudo isso? Aproveite as dicas para fazer suas próprias pesquisas sobre atualidades para o Enem 2024. 

Certifique-se sempre de que as fontes que você usa para se informar sejam confiáveis e não dê espaço para fake news (que, aliás, também pode ser tema de questões e até da redação no exame!). 

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Melina Zanotto

Melina Zanotto é Jornalista, formada pela Universidade de Caxias do Sul em 2007. De lá para cá, sempre atuou com conteúdo digital em seus mais diversos formatos. Hoje, é redatora da Rede Enem, produzindo textos para o Blog do Enem e Curso Enem Gratuito.
Categorias: Atualidades Enem, Redação Enem
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