É hora de relembrar o conteúdo sobre a Idade Média no Ocidente (séculos V a XV) e a origem do feudalismo. Cai no Enem e nos vestibulares.
A origem do feudalismo pode ser encontrada na crise do Império Romano do Ocidente e nas invasões bárbaras. O feudalismo foi um sistema político, econômico e social organizado a partir da propriedade da terra.
O Feudalismo tem origem na crise e desagregação do Império Romano no século V, e termina quando o ciclo das Grandes Navegações e das rotas comerciais movimentam a economia de outra forma, gerando riqueza nas cidades, então chamadas de Burgos. Surgem a burguesia comercial e a burguesia financeira (banqueiros) como classes ascendente e que se tornam politicamente dominantes na Europa do século XV.
Para você nunca mais esquecer da importância da Idade Média e do Feudalismo nos estudos de História para o Enem e os vestibulares: o sistema de organização social com base nos feudos teve início no século V d.C. e durou até o século XV. Foram dez séculos. Isso mesmo, mil anos de duração. Os Iluministas denominaram este período de “Mil anos de trevas“.
Os proprietários de grandes glebas de terras durante a Idade Média eram os chamados Senhores Feudais, isto porque eles detinham um feudo, uma propriedade (daí o nome feudalismo).
Nesta porção de terra encontramos relações de suserania (todos obedeciam ao Senhor Feudal, que era o Suserano, que dispunha sobre a vida e a morte dos servos), e as relações de vassalagem e servidão por parte daqueles que viviam nos domínios de cada Feudo, sempre em relação ao suserano.
A Crise do Império Romano e a origem do Feudalismo – A partir do século III d.C. os imperadores romanos encontraram dificuldades para vigiar as fronteiras de seu vasto império territorial, cobrar impostos, impedir rebeliões de escravos e de povos conquistados, manter seu exército, aumentar a mão de obra escrava e conter o avanço do cristianismo.
Este conteúdo é importante para você compreender como ocorreu a Idade Média no Ocidente e também as invasões bárbaras no Império Romano. Observe os mapas abaixo e veja duas questões importantes para você mandar bem no Enem e nos vestibulares.
Veja a extensão territorial ocupada pelo Império Romano e como o território foi dividido em 395 d.C., quando emergem as características de organização social que geram o Feudalismo:Fonte: FARIA, R. M.; MIRANDA, M. L.; CAMPOS, H. G. Estudos de História 1. 1ª. ed. São Paulo: FTD, 2009. p. 77;79.
- Em sua extensão máxima, o Império Romano, o maior da Antiguidade, ia desde a Península Ibérica (Portugal e Espanha) a oeste, até a Mesopotâmia (grande parte dessa região é hoje ocupada pelo Iraque), a leste, e desde a Britânia (ao norte – atual Inglaterra) até o Egito (ao sul).
- Como uma forma de solucionar a crise, em 395 d.C., o imperador Teodósio dividiu o território romano em duas partes: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla.
As Invasões bárbaras – A debilidade do Império permitiu que os povos que viviam em suas fronteiras, os chamados “bárbaros” pelos próprios romanos, sobretudo os de origem germânica, como os saxões, os francos, os vândalos e os ostrogodos, começassem a ultrapassar, a princípio de forma pacífica, os territórios imperiais (principalmente na sua parte ocidental).
Com a invasão dos hunos à Europa Oriental (século V d.C.), que habitavam a Ásia Central, a situação se agravou. Na imagem abaixo você consegue visualizar essas ondas migratórias e invasoras:Fonte: BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História Sociedade & Cidadania 6º. ano. 2ª. ed. São Paulo: FTD, 2012. p. 290.
A essas invasões bárbaras seguiram-se os saques, que passaram a ser constantes nas cidades. Muitas famílias começaram a procurar o campo para se refugiar em busca de abrigo, proteção e segurança. Assim, teve início um processo de ruralização em todas as regiões anteriormente pertencentes ao Império Romano do Ocidente.
Com o passar dos anos, as propriedades rurais tornaram-se mais protegidas. Transformadas em núcleos fortificados, elas estavam sob o domínio de proprietários que tinham poderes sobre as terras e seus habitantes.
O poder centralizado do Império Romano começava, assim, a se fragmentar. Em 476 d.C., Odoacro, rei dos hérulos, povo de origem germânica, invadiu Roma e depôs o imperador Rômulo Augusto. Foi o passo final para a desagregação do Império Romano do Ocidente.
Em seu lugar, ao longo de alguns séculos, surgiriam diversos reinos independentes. No interior deles iria se formar a sociedade feudal, com base nos valores e costumes dos romanos e dos povos germânicos. As principais características dessa nova sociedade foram o modo de vida rural, o poder fragmentado e a forte religiosidade.
Você ficou curioso com algumas palavras destacadas no texto? Leia abaixo o vocabulário que o Blog do Enem preparou para você.
Vocabulário:
Bárbaro: os romanos adotaram o termo para designar os povos que viviam fora do Império Romano, não falavam latim e não estavam submetidos às leis romanas. Entre os bárbaros destacaram-se os germânicos.
Ruralização: modo de vida em que a condição social das pessoas passou a ser determinada pela relação que tinham com a terra.
Aulas Gratuitas: o fim do Império Romano e a origem do Feudalismo
Mas não fique apenas com estas dicas. Saiba mais sobre a crise do Império Romano e sobre a origem do Feudalismo nestas duas aulas gratuitas. Comece pelo professor Felipe de Oliveira , do canal Curso Enem Gratuito:
Exercício – Agora chegou a sua vez! Responda a esta questão de vestibular que o Blog do Enem preparou para você.
(UEPG/PR) A invasão dos bárbaros na Europa provocou:
a) pleno desenvolvimento comercial;
b) maior ruralização;
c) maior urbanização;
d) o incremento industrial;
e) nda.
Resposta: A alternativa correta é a letra “b”.
Com as sucessivas ondas de invasões e saques dos povos “bárbaros” às várias regiões do antigo Império Romano do Ocidente, muitas famílias preferiram se refugiar no campo dando início, assim, a um processo de ruralização na Europa Ocidental.