Lista de exercícios sobre prefixo e sufixo

Teste seus conhecimentos sobre prefixo e sufixo com exercícios de vestibulares! Também aproveite para relembrar o que são afixos, palavras primitivas e palavras derivadas!

Os prefixos e sufixos têm o poder de modificar os radicais que formam as palavras, dando novo sentido a elas. Esse conteúdo é cobrado no Enem e, principalmente, em vestibulares. Por isso preparamos um resumo sobre o conteúdo e uma lista de exercícios sobre prefixo e sufixo. Assista à videoaula e responda às questões para arrasar na hora da prova!

O que são prefixo e sufixo

Antes de entender o significado dos afixos (prefixo e sufixo), é preciso saber o que são palavras primitivas e derivadas. Palavras primitivas são aquelas que não provêm de outra palavra. Alguns exemplos são as palavras pedra, ferro e flor.

Já as palavras derivadas possuem o acréscimo de prefixo e/ou sufixo, como pedreiro, ferreiro e floricultura, por exemplo.Exercícios sobre prefixo e sufixo

Prefixos são morfemas que estão antes dos radicais nas palavras. Eles têm a função de modificar o sentido desses radicais. Na palavra “impossível”, por exemplo, o prefixo é o “im”. Ele foi colocado no início da palavra “possível” a fim de indicar sentido contrário, negação.

Enquanto isso, os sufixos são elementos que aparecem acrescentados ao final de um radical. Na palavra “ferreiro”, por exemplo, o “eiro” é um sufixo acrescentado à palavra primitiva “ferro”.

Resumo sobre prefixo e sufixo

A fim de entender melhor a formação de palavras com prefixos e sufixos, confira a videoaula da professora Mercedes. Ao final, ela resolve um exercício para mostrar como o conteúdo costuma aparecer nas provas:

Exercícios sobre prefixo e sufixo

Depois de ver o nosso resumo, resolva os exercícios sobre prefixo e sufixo que já caíram em vestibulares de todo o Brasil. No final, você confere a sua pontuação.

  1. (ESPM SP/2020) 

    Lei de Abuso de Autoridade não ameaça qualquer prática jurisdicional

     Em corpos diferenciados do funcionalismo público emerge, naturalmente, um corporativismo construído pelo elitismo do seu “espírito de corpo”. Trata-se, de fato, de um anel protetor do bom e do mau uso que seus membros podem fazer de suas prerrogativas. Um exemplo disso é a que o País assiste agora, perplexo: a reação à lei que combate os possíveis abusos de autoridade nos Três Poderes da República.

    (…)

    Eventuais dúvidas sobre julgamentos são analisadas com recurso a instâncias jurídicas superiores (colegiadas), porque só outros juízes podem avaliar a razoabilidade de outro juiz. O preparo da ação e o julgamento são influenciados por muitos fatores (inclusive a “visão de mundo” de cada um deles). O importante, entretanto, é que, se o paciente não se conformar com o resultado, há a possibilidade de recorrer a instâncias superiores que, eventualmente, terão a oportunidade de corrigi-lo. Esses parcos conhecimentos me levaram nos últimos 70 anos a aceitar tal mecanismo como satisfatório para minimizar os riscos do sistema.

    É por isso que estou surpreso com a reação corporativista contra a Lei de Abuso de Autoridade, que, obviamente, não ameaça qualquer prática jurisdicional que obedeça ao espírito e à letra da Lei. Sobre o poder do Congresso de produzi-la e aprová-la, e o poder do presidente de sancioná-la ou vetá-la parcialmente, não há dúvidas. Entretanto, a palavra final sobre ela (pela rejeição de eventuais vetos) pertence ao Congresso. Mas há um problema lógico muito interessante, apontado pelo competente Elio Gaspari. No caso de eventual denúncia de abuso de autoridade, quem vai julgá-lo? O próprio Judiciário! Logo, se um funcionário da Receita, do Coaf, um promotor ou um juiz se julga ameaçado, porque será “controlado” pelo próprio Judiciário, é porque ele não acredita em nada do que foi dito acima! (…)

    (Delfim Netto, revista Carta Capital, adaptado, 28 de agosto de 2019)

    Os vocábulos abaixo, extraídos do texto, possuem um processo de formação de palavras denominado derivação sufixal. O sufixo que traduz ideia de qualidade é:

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  2. (UEPG PR/2019) 

    O lixo humano nos ninhos

    Os sacos de plástico branco adejando na copa das árvores nos Alpes italianos deixaram Fabrizio Sergio intrigado. O ecologista italiano sabia que os sacos estavam presos aos ninhos de uma ave, o milhafre-preto. Mas por que estariam lá?

    Muitas espécies de ave decoram os ninhos como uma forma de atrair um companheiro – mas os milhafres já têm parceiros quando constroem os ninhos. Ainda assim, a decoração dos ninhos dos milhafres indica que “há algo que eles querem mostrar”, comenta Sergio.

    O cientista estuda os elementos constituintes dos ninhos. Algumas aves usam material isolante e bitucas de cigarro, por exemplo, em vez de materiais naturais, explica o professor de ornitologia Luis Sandoval, da Universidade da Costa Rica. Tais adaptações podem reforçar o seu êxito reprodutivo – ou indicar o sumiço no habitat dos elementos de construção. “Os seres humanos afetam diretamente os ninhos”, diz Sandoval.

    Como parte de um estudo, Sergio e os seus colegas colocaram na natureza sacos plásticos de cores distintas. Os milhafres sempre escolheram os de cor branca para os seus ninhos, ignorando as opções transparentes e escuras que não contrastavam com as cores da natureza.

    Em função disso, Sergio concluiu que os milhafres-pretos recorriam aos sacos brancos para exibir o seu predomínio social. Os ninhos com mais plástico pertenciam às aves mais poderosas, capazes de afugentar os atacantes interessados na decoração. Já os ninhos sem saco plástico eram de aves mais jovens e mais velhas, que seriam débeis demais para defender os seus lares dessas incursões.

    Adaptado de: Revista Oficial da National Geographic Society, de janeiro/2018, página 20, escrito por Nina Strochlic.

    No 3º parágrafo do texto foi empregada a palavra “ornitologia” para especificar a formação do professor Luis Sandoval. Esse termo é formado por “ornito”, que vem do grego e significa ave + “-logia”, sufixo grego que exprime a noção de estudo. Assinale o que for correto quanto ao significado das palavras com o sufixo “-logia”.

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  3. (IFPE/2015) 

    Comédia Política é atuação mais madura de Leandro Hassum no cinema.

    O candidato honesto

     Na trama, Hassum vive José Ernesto, um candidato à presidência da República que se vê no segundo turno das eleições e com larga vantagem sobre o seu opositor. Sua popularidade é imensa, mas o deputado é tudo o que o povo não gostaria que seu representante no poder fosse: corrupto e mentiroso. Tudo parecia perfeito quando, na reta final de sua campanha, Ernesto recebe um comunicado de que sua avó está à beira da morte e gostaria de vê-lo uma última vez. O que ele não esperava é que, como último ato em vida, ela lhe joga uma praga, fazendo-o prometer que nunca mais mentiria, seja dentro de casa ou na vida política. (…)

    Acostumado com um mundo de lavagem de dinheiro, helicópteros e secretárias sensuais, o deputado se vê como um peixe fora d’água, sem conseguir ambientar-se novamente ao lado de seus colegas no Palácio.

    (…)

    No final, o filme nos apresenta uma grande discussão: a culpa de ser corrupto é apenas do indivíduo ou do sistema como um todo? A tentativa de Santucci de tratar um tema quente dentro de um longa de humor é bem-sucedida, apesar de alguns exageros característicos das comédias brasileiras. E serve como um leve toque para o espectador pensar muito bem antes de apertar o botão “confirmar” na hora de votar.

    ZULIANI, André Disponível em: http://omelete.uol.com.br/cinema/o-candidato-honesto-critica/#.VDKgIWddWys, Acesso em: 01 out. 2014 (adaptado).

    A palavra “Acostumado”, que aparece no início do segundo parágrafo, é formada por parassíntese, ou seja, pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Com base nessa afirmação, em qual das alternativas há um vocábulo formado por derivação parassintética?

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  4. (UESPI/2014) 

    Considere o slogan “O melhor do Brasil é o brasileiro”.

    Das opções abaixo, uma delas contém palavras formadas por sufixo com sentido semelhante ao da palavra sublinhada na sentença a seguir: “O mineiro em geral é conhecido pelo uso dos uais.”

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  5. (IFMS/2019) 

    Leia a seguir a Canção de Geraldo Roca e Paulo Simões.

    Trem do Pantanal

    Enquanto este velho trem atravessa o pantanal

    As estrelas do cruzeiro fazem um sinal

    De que este é o melhor caminho

    Pra quem é como eu, mais um fugitivo da guerra

    Enquanto este velho trem atravessa o pantanal

    O povo lá em casa espera que eu mande um postal

    Dizendo que eu estou muito bem vivo

    Rumo a Santa Cruz de La Sierra

     

    Enquanto este velho trem atravessa o pantanal

    Só meu coração está batendo desigual

    Ele agora sabe que o medo viaja também

    Sobre todos os trilhos da terra

    (Disponível em: https://www.cifrasdeviola.com.br/musica/trem-do-pantanal. Acesso em: 28 de set. 2018.)

    Indique o processo de formação da palavra destacada no trecho “As estrelas do CRUZEIRO fazem um sinal”.

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  6. (UnirG TO/2020) 

    A palavra “intergeracional” ainda não possui uma presença consolidada nos dicionários de língua portuguesa, mas pelo contexto compreendemos seu sentido como o de uma transmissão de conhecimentos e práticas entre gerações. Essa palavra relativamente nova foi formada a partir dos processos conhecidos como

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  7. (UERJ/2016)

    O FUTURO ERA LINDO

     1 A informação seria livre. Todo o saber do mundo seria compartilhado, bem como a música, 2 o cinema, a literatura e a ciência. O custo seria zero. O espaço seria infinito. A velocidade, 3 estonteante. A solidariedade e a colaboração seriam os valores supremos. A criatividade, o único 4 poder verdadeiro. O bem triunfaria sobre os males do capitalismo. O sistema de representação 5 se tornaria obsoleto. Todos os seres humanos teriam oportunidades iguais em qualquer lugar do 6 planeta. Todos seriam empreendedores e inventivos. Todos poderiam se expressar livremente. 7 Censura, nunca mais. As fronteiras deixariam de existir. As distâncias se tornariam irrelevantes. 8 O inimaginável seria possível. O sonho, qualquer sonho, poderia se tornar realidade.

    9 Livre, grátis, inovador, coletivo, palavras-chave do novo mundo que a internet inaugurou. Por 10 anos esquecemos que a internet foi uma invenção militar, criada para manter o poder de quem 11 já o tinha. Por anos fingimos que transformar produtos físicos em produtos virtuais era algo 12 ecologicamente correto, esquecendo que a fabricação de computadores e celulares, com a 13 obsolescência embutida em seu DNA, demanda o consumo de quantidades vexatórias de 14 combustíveis fósseis, de produtos químicos e de água, sem falar no volume assombroso de lixo 15 não reciclado em que resultam, incluindo lixo tóxico.

    16 Ninguém imaginou que o poder e o dinheiro se tornariam tão concentrados em 17 megahipercorporações norte-americanas como o Google, que iriam destruir para sempre 18 tantas indústrias e atividades em tão pouco tempo. Ninguém previu que os mesmos Estados 19 Unidos, graças às maravilhas da internet sempre tão aberta e juvenil, se consolidariam como 20 os maiores espiões do mundo, humilhando potências como a Alemanha e também o Brasil, 21 impondo os métodos de sua inteligência militar sobre a população mundial, e guiando ao 22 arrepio da justiça os bebês engenheiros nota dez em matemática mas ignorantes completos 23 em matéria de ética, política e em boas maneiras.

    24 Ninguém previu a febre das notícias inventadas, a civilização de perfis falsos, as enxurradas de 25 vírus, os arrastões de números de cartão de crédito, a empulhação dos resultados numéricos 26 falseados por robôs ou gerados por trabalhadores mal pagos em países do terceiro mundo, o 27 fim da privacidade, o terrorismo eletrônico, inclusive de Estado.

    Marion Strecker Adaptado de Folha de São Paulo, 29/07/2014.

    O termo megahipercorporações é formado por um processo que enfatiza o tamanho e o poder das corporações econômicas atuais.

    Essa ênfase é produzida pelo emprego de:

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  8. (ETEC SP/2019) 

    Antes do Nome Adélia Prado, in ‘Bagagem’

    Não me importa a palavra, esta corriqueira.

    Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe,

    os sítios escuros onde nasce o «de», o «aliás»,

    o «o», o «porém» e o «que», esta incompreensível

    muleta que me apoia.

    Quem entender a linguagem entende Deus

    cujo Filho é Verbo. Morre quem entender.

    A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda,

    foi inventada para ser calada.

    Em momentos de graça, infrequentíssimos,

    se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão.

    Puro susto e terror.

    Disponível em: https://tinyurl.com/ybbvtbcz. Acesso em 10.10.18

    As palavras incompreensível e infrequentíssimos, utilizadas no poema, apresentam o mesmo prefixo de origem latina in-.

    Esse prefixo possui o sentido de

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  9. (FGV /2015) 

    Nuvens contêm uma quantidade impressionante de água. Mesmo as pequenas podem reter um volume de 750 km³ de água e, se calcularmos meio grama de água por metro cúbico, essas minúsculas gotas flutuantes podem formar verdadeiros lagos voadores.

    Imagine a situação de um agricultor que observa, planando sobre os campos ressecados, nuvens contendo água mais que suficiente para salvar sua lavoura e deixar um bom saldo, mas que, em vez disso, produzem apenas algumas gotas antes de desaparecer no horizonte. É essa situação desesperadora que leva o mundo todo a gastar milhões de dólares todos os anos tentando controlar a chuva.

    Nos Estados Unidos, a tendência de extrair mais umidade do ar vem aumentando em mais um ano de secas severas. Em boa parte das planícies centrais e do sudoeste do país, os níveis de chuva, desde 2010, têm diminuído entre um e dois terços, com impacto direto nos preços do milho, trigo e soja. A Califórnia, fonte de boa parte das frutas e legumes que abastecem o país, ainda deve recuperar-se de uma seca que deixou seus reservatórios com metade da capacidade e áreas sem gelo perigosamente reduzidas. Em fevereiro, o Serviço Nacional do Clima divulgou que o estado tem uma chance em mil de se recuperar logo. Produtores de amêndoas estão preocupados com suas plantações por falta de umidade, e até a água potável está ameaçada.

    (Scientific American Brasil, julho de 2014. Adaptado)

    No texto, são exemplos de palavras formadas por derivação prefixal e por derivação sufixal, respectivamente:

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  10. (Unievangélica GO/2017) 

    Leia a notícia a seguir.

    Paralimpíada alcança marca de 1,5 milhão de ingressos vendidos

    Às vésperas da cerimônia de abertura, Comitê Organizador acredita que todos os bilhetes serão comercializados. Ainda há cerca de 1 milhão de entradas disponíveis.

    Disponível em: <www.globoesporte.com>. Acesso em: 05 set. 2016.

    O termo “Paralimpíada”, adotado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, resulta do seguinte processo de formação de palavras:

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Além de as palavras se formarem a partir da adição de prefixos e sufixos, elas também podem surgir de processos como composição, aglutinação e justaposição, por exemplo. Aproveite para conhecer esses processos de formação de palavras com a aula do Curso Enem Gratuito!

Ana Cristina Peron

Ana Cristina Peron é formada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. É redatora do Curso Enem Gratuito e do Blog do Enem.
Categorias: Português, Simulado Gramática, Simulados Enem
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