Furacão: uma fúria da natureza – É Geografia no Enem

Sistemas com o poder destrutivo de uma bomba atômica, os furacões são capazes de dizimar uma longa cadeia de cidades ponde passam. Veja como eles se formam, e como lidar com um fenômeno desses. Cai em Geografia e Meio-Ambiente no Enem.

Dotados de uma força extraordinária, os furacões são decorrentes de fenômenos climáticos, e surpreendem com a sua dinâmica e velocidade. O poder destrutivo é muito grande. A escala de perigo vai de 1 a 5. Confira

Formados por um sistema de baixa pressão, são característicos de regiões tropicais do planeta. Formam-se geralmente no oceano, nas águas quentes. A evaporação da água facilita na formação de nuvens devido as correntes ascendentes. Essas nuvens carregadas de umidade se juntam e formam sistema de baixa pressão atmosférica. Quando os ventos atingem 119 km/h, essa área de tormenta vira um furacão.

No centro, temos o chamado “olho do furacão”. Iniciam-se, portanto nos oceanos e, em geral, deslocam-se para os continentes. O Brasil já teve um furacão no litoral do Estado de Santa Catarina, em 2004. Na América Central e no Golfo do México há uma temporada de furacões no final do verão no hemisfério Norte. Veja na imagem os componentes clássicos que formam um Furacão.Furacão, fúria da natureza - Geografia EnemFigura 1– Esquema de um Furacão e as etapas de sua formação.

Escala e Classificação dos Furacões:

Os furacões são classificados na escala Saffir-Simpson que vai da escala 1 a 5. Essa classificação foi feita por  Robert Simpson, nos anos de 1970. Robert Simpson era diretor do Centro Nacional de Furacões e sendo assim, foi desenvolvida uma tabela classificando-os pela intensidade de sua destruição, onde o nível cinco é o mais devastador.

Veja as cinco categorias:

  • Categoria 1 – Ventos de 119 km/h a 153 km/h. Árvores são derrubadas, casas destelhadas, e ocorrem inundações de áreas mais baixas. km/h.
  • Categoria 2 –  Ventos de 154 km/h a 177 km/h. A partir destas velocidades árvores e telhados podem arrancados, portas e janelas podem se abrir, e pequenas embarcações são avariadas.
  • Categoria 3 – Ventos de 178 km/h a 209 km/h, acompanhados de tempestades. A recomendação da Defesa Civil é para evacuar as áreas na rota previstas para os Furacões desta classe.
  • Categoria 4 – Ventos de 210 km/h a 249 km/h podem derrubar prédios e casas. As tempestades provocam grandes alagamentos. Evacuação das áreas habitadas para evitar mortes.
  • Categoria 5 – Ventos acima de 249 km/h. A força nesta categoria é devastadora, derrubando prédios, pontes e o que estiver pelo caminho. O mar pode avançar até dez quilômetros para dentro do continente. Evacuação obrigatória.

Furacão, fúria da natureza - Geografia EnemOs dados coletados para analisar um Furacão são a pressão atmosférica, a velocidade dos ventos e também a elevação das águas do nível do mar. Figura 2 – Olho do Furacão.

Previsão e cautela com os Furacões

Cientistas meteorologistas trabalham na tentativa de prever tais fenômenos a fim de evacuar a região e avisar a população. Mas, mesmo com todo cuidado, cautela e estudos, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos afirma que não é possível prever com precisão a trajetória no solo quando da chegada de um furacão.

Monitorações são feitas constantemente, e devido ao histórico de registros climáticos, a temporada de furacões na América Central e no Golfo do México ocorre a partir do final do verão no hemisfério norte, e se concentra nos meses de agosto a novembro. Satélites meteorológicos são responsáveis pelo monitoramento dos furacões.

Diferença entre Furacão e Ciclone e Tufão  

Os furacões, ciclones e tufões são todos a mesma coisa, ou seja, são sistemas de baixa pressão. O que diferencia é a localidade de cada um. Vamos ver onde eles ocorrem?

No Hemisfério norte, eles giram no sentido anti-horário e, portanto chamados de furacões (México, Caribe e EUA). No hemisfério sul gira no sentido horário, nessa região onde estão localizados a África, Austrália, Indonésia, Nova Zelândia, Índia, Madagascar, chamamos de Ciclone Tropical. E na região da Ásia, Filipinas, Japão e China chamamos de Tufão.

O Furacão Catarina no Sul do Brasil

No ano de 2004 o litoral Sul do Estado de Santa Catarina experimentou a força impressionante de um furacão. O fenômeno que se formou no Oceano Atlântico entrou no continente na região da cidade de Araranguá, deixando um rastro de morte e destruição. Veja na imagem o registro da força do Furacão Catarina: Furacão CatarinaClique na imagem para ver uma aula completa sobre o Furacão Catarina no Sul do Brasil.

Assista assista uma video aula do professor Carrieiri e amplie seus conhecimentos sobre fenômenos climáticos:

Gosta de desafios? Então resolva a questão abaixo! Bons estudos!

Centro Universitário da FEI (2012) – No final de agosto de 2005, o furacão Katrina inundou

grandes áreas da Louisiana, Mississipi e Alabama, causando  a morte de cerca de duas mil pessoas e deixando centenas  de milhares de desabrigados, sobretudo em Nova Orleans.

Em 2011, o furacão Irene atingiu a costa leste americana e chegou a ameaçar o sistema de barragens da parte baixa de Manhattan, onde se localiza o distrito financeiro de Wall Street.

Entre as características comuns aos furacões, assinale a alternativa correta:

(A) formam-se geralmente nas regiões frias da terra e deslocam-se em direção ao Equador.
(B) são fenômenos provocados por duas ou mais tempestades tropicais em zonas de alta pressão.
(C) são anticiclones que se formam, geralmente, em áreas do oceano com águas quentes, onde predomina o clima tropical ou equatorial.
(D) são fenômenos atmosféricos em que os ventos giram seguindo um padrão circular, tendo no centro uma área de baixa pressão.
(E) forma-se no hemisfério sul a partir de ventos que giram em sentido horário e no hemisfério norte, no sentido anti-horário. Por isso são chamados de anticiclones no hemisfério sul e ciclones no hemisfério norte.

Resposta correta letra E.

Elizabeth Geografia Enem
Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Elizabeth Noceti Pereira- formada em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua como docente nas redes estadual e municipal da região da Grande Florianópolis.
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