Medicina – Universidades Federais querem cortar vagas no Sisu

Universidades podem tirar cursos de medicina do Sisu por falta de qualidade. Coordenadores denunciam falta de apoio do MEC.

O MEC e a ‘presidenta’ Dilma dizem uma coisa, mas os professores de curso de medicina nas universidades federais dizem o contrário. E agora? Veja você a confusão que pode derrubar centenas de vagas pelo Sisu e frustrar milhares de candidatos ao Enem:

Logo após os protestos dos jovens em junho de 2013, a presidente Dilma Rousseff e o MEC anunciaram a criação de 11 mil vagas em cursos de medicina de universidades federais. Só que ao mesmo tempo os coordenadores de pelo menos 11 cursos de medicina em universidades federais se mobilizavam contra a falta de apoio do Ministério da Educação (MEC) para garantir a estrutura mínima para a formação de novos médicos.

Na prática, se os cursos cancelarem a entrada de novos alunos, perdem todos os inscritos ao Enem e que pretendem entrar em medicina pelo Sisu. Os coordenadores de cursos em universidades que não contam com hospital-escola elaboraram um documento em que prometem cancelar a abertura de novas vagas a partir de 2014 e até fechar cursos no futuro caso o governo não tome providências urgentes para garantir a qualidade da formação. O documento já foi entregue ao MEC.

Veja como foi alta a nota de corte para medicina no Sisu em 2012: https://blogdoenem.com.br/nota-de-corte-para-medicina-no-enem/

Pelo Prouni também foi é bem alta a nota de corte para medicina em 2013: https://blogdoenem.com.br/prouni-2013-medicina/

Condições precárias ameaçam os cursos 

A maioria dos cursos de medicina em risco de fechar pelas condições precárias de ensino foi criada nos últimos 10 anos para interiorizar o ensino e estimular médicos recém-formados a permanecer em locais onde faltam profissionais. Mas, sem contar com hospital universitário, essas instituições apelam para arranjos políticos para que alunos possam fazer aulas práticas em hospitais da rede local.

Você capricha no Enem, consegue a nota de corte. Entra em medicina, mas não consegue estudar porque falta de tudo. Um improviso só.  É o fim!

Além disso, os coordenadores dizem que a falta de professores e de preceptores (médicos responsáveis por acompanhar os alunos durante as aulas práticas nas unidades de saúde), somados à estrutura precária, inviabilizam a continuidade do trabalho.

Federal de São Carlos em crise

A pior situação é da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde os alunos do terceiro e do quarto ano de medicina estão sem aulas práticas há mais de 100 dias por falta de preceptores. Um edital foi aberto para preencher 31 vagas, mas até agora apenas 10 médicos demonstraram interesse. O valor da bolsa, de apenas R$ 1 mil, não atrai profissionais que, além do trabalho extra, assumem a responsabilidade de supervisionar estudantes.

O curso da UFSCar depende da permissão da prefeitura para que os médicos diminuam o número de consultas para poder auxiliar os alunos da universidade com o trabalho de preceptoria. A redução da carga horária dos médicos só foi aprovada no final de maio, quando as aulas já não aconteciam há dois meses.

Os estudantes do primeiro e do segundo ano tiveram as atividades retomadas apenas na semana retrasada. Para os terceiro e quarto anos, a previsão é que as aulas sejam retomadas dentro de 10 dias. Já quem está na fase final do curso não enfrentou problemas, mas precisa viajar até a cidade de Piracicaba para fazer as aulas do internato em um hospital local. Em São Carlos, não houve acordo para que os estudantes pudessem fazer seus estágios.

Desse jeito é mais fácil estudar fora do País. Veja aqui como conseguir bolsa de estudos para fazer medicina na Rússia:  https://blogdoenem.com.br/cursar-medicina-na-russia/

Crise também em Minas Gerais, na UFSJ

Na Federal de São João Del-Rei (UFSJ), a maior dificuldade é fazer parcerias com os hospitais de Divinópolis (MG), onde fica o curso de medicina. De acordo com a coordenadora da unidade, professora Janete Ricas, as universidades privadas oferecem um valor muito maior aos preceptores e às unidades de saúde para que atendam aos seus estudantes. “Elas (privadas) pagam muito mais que as federais, então os nossos alunos estão sendo literalmente expulsos”. Segundo ela, a única opção é mandar os estudantes para fazer os estágios em outras cidades, como São João Del-Rei e Belo Horizonte.

Ela contou que nas universidades tradicionais, que possuem hospital próprio, não existe essa dependência da rede pública. Janete ainda reclamou da falta de professores interessados em dar aulas nas universidades localizadas longe dos grandes centros. Há um ano, a UFSJ abriu edital para preencher 10 vagas, mas até agora não houve nenhum interessado. “Um médico aqui chega a ganhar R$ 25 mil por mês atendendo em consultório. Por que vai se submeter a ganhar pouco mais de R$ 2 mil (salário inicial) para dar aulas o dia inteiro?”. Em São Carlos, seriam necessários 88 professores para o curso de medicina funcionar corretamente, mas hoje são apenas 49.

O documento elaborado pelos coordenadores dessas universidades e enviado para o MEC propõe algumas soluções, como a criação de uma carreira para preceptores, substituindo a bolsa de R$ 1 mil por um salário fixo de maior valor. Outra proposta é o estímulo para que profissionais da área médica atuem como professores nas universidades do interior do País. A ideia dos coordenadores do curso é criar uma espécie de bolsa, no valor mensal de R$ 8 mil por um período de dois anos, que incentive a fixação dos docentes em regime de tempo integral, complementando o valor do salário.

De acordo com o coordenador da UFSCar, Bernardino Geraldo Alves Souto, também é preciso incentivar a rede pública de saúde a contemplar o ensino. “Os hospitais estão em petição de miséria e, além do atendimento pelo SUS, precisam atender os estudantes sem ganhar nenhum incentivo extra”, criticou, ao defender que o Ministério da Saúde, articulado com o MEC, defina um subsídio extra para as unidades de saúde que oferecem estágio aos estudantes das universidades públicas.

Promessa do MEC esbarra na realidade

 Em nota, o Ministério da Educação disse que mantém o diálogo constante com as universidades e que a garantia da qualidade é uma prioridade para a pasta. Segundo o MEC, a abertura de novos cursos só será autorizada após a verificação da estrutura dos equipamentos de saúde dos locais. No entanto, a pasta não explicou como pretende solucionar os problemas dos cursos já existentes. Segundo o MEC, desde 2002 foram criados 13 novos cursos de medicina e abertas 3.177 novas vagas.

Para a coordenadora de medicina da Federal de São João Del-Rey, Janete Ricas, a proposta do governo de abrir novas vagas para levar medicina às regiões mais pobres é positiva na teoria. “A ideia é boa, mas não adianta fazer só na boa vontade. Precisa de estrutura, de professor, de um sistema de saúde que comporte o ensino. Sem gastos elevados, isso não se alcança.”

Curso de Medicina com Padrão Fifa

Difícil, concorda? Milhões de jovens estudando firme para o Enem para disputar a nota de corte para medicina no Sisu e no Prouni, e o MEC não consegue nem resolver questões simples assim de infraestrutura.

Não dá. Estavam certos mesmos os jovens que foram às ruas protestar para melhor qualidade de ensino. Não adianta gastar bilhões em estádios monumentais e a qualidade de ensino ficar lá embaixo. O Blog do Enem apoia cursos de Medicina com padrão Fifa. É isso aí!

Veja mais links do Blog do Enem sobre cursos de medicina:

1 – Cotas dá bônus de até 6,3% em nota de corte do Sisu para Medicina: https://blogdoenem.com.br/nota-corte-medicina-sisu-2013-cotas/

2 – Compare as notas de corte do Sisu para Medicina com Engenharia e Direito: https://blogdoenem.com.br/sisu-nota-de-corte/

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Agora que você já sabe tudo sobre Medicina e as Universidades Federais, que tal conhecer nossa rede de blogs?

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Fonte: Terra

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