O que são os numerais? – Português Enem

Os numerais na língua portuguesa indicam quantidade absoluta (cardinal), quantidade fracionária (fracionário), quantidade multiplicativa (multiplicativo) e ordem, sequência ou posição (ordinal) de coisas ou pessoas. Por exemplo: Passou em primeiro lugar no Sisu. Ficou em décimo lugar nas vagas do Prouni, etc. Confira aula gratuita para o Enem, o Encceja e os vestibulares. Vem!

Neste post você vai ficar por dentro do assunto: numerais. Eles são bastante usados na nossa rotina seja para datar algum dia ou até mesmo enumerar uma lista de compras de supermercado. Os numerais são essenciais. Veja, para mandar bem no Enem, no Emcceja e nos vestibulares:

Os numerais indicam quantidade absoluta (cardinal), quantidade fracionária (fracionário), quantidade multiplicativa (multiplicativo) e ordem, sequência, posição (ordinal), de coisas ou pessoas. Por exemplo: um, dois, cinco, mil, primeiro, décimo, etc.

O numeral é considerado uma classe normalmente variável em gênero e número. É um determinante que acompanha o substantivo ou o substitui.numeraisNa língua portuguesa, o numeral também tem valor sintático, ou seja, valor gramatical. Ele pode ser um termo que funciona como adjunto adnominal quando acompanha um substantivo.  Ex.: Uma cerveja é pouco.

Por outro lado, quando o numeral  substitui o substantivo, o numeral tem função substantiva, como por exemplo: como núcleo do sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial e aposto.

Exemplo de numeral que faz o papel de substantivo: Uma cerveja é pouco, duas é bom, três é… bom demais! O primeiro numeral é adjetivo, pois acompanha um substantivo e os demais são numerais substantivos, pois substituem um substantivo (cerveja).

Quando sei que é artigo indefinido ou pronome indefinido em vez de numeral?

De acordo com o professor Fernando Pestana é fácil identificar assim:

1. Artigo indefinido se for omissível, ou seja, se tirar o “um” e não fizer falta: Ex.:“Morreu um grande poeta belenhense”/ “Morreu grande poeta belenhense”.
– Se alternar com o artigo definido: “Um homem prevenido vale por dez.”/“O homem prevenido vale por dez.”.

2. Pronome Indefinido se ocorrer em paralelo com pronome indefinido: “Um filho estuda
Direito, o outro Medicina.”.

3. Numeral: o “um” será numeral se ocorrer em paralelo com outro numeral: “Escapou um preso, e dois foram mortos.”.
– Se responder à pergunta “quanto”: “Quantos anos você tem?” “treze”.
– Se vier articulado com “somente, apenas, só” ou “sequer”: “Tenho somente um amigo.”,
– Quando um puder ser expandido por somente ou qualquer outro sinônimo.“ Existe um Deus no céu.” = “Existe somente um Deus no céu.”
– Se posposto a um substantivo, tiver o valor de ordinal: “Abra o livro na página um.” (isto é, na primeira página). Nesse caso, fica invariável; não se deve dizer na página uma ou vinte e uma.
– (Adendo meu) Nas expressões “um(a) dos(as) que”, um(a) é numeral.

Classificação dos numerais

Os numerais são de origem árabe, por isso são algarismos arábicos. Há também os algarismos romanos:

Arábicos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 100, 1000.

Romanos: I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,XXX, XL, L, LX, LXX, LXXX, XC, C, CC, CCC, CD, D, DC, DCC, DCCC, CM, M.

Existem também os numerais coletivos, os quais indicam o número exato de seres ou objetos de um conjunto, flexionando em número, quando necessário: dúzia, cento, milhar, par, milheiro, dezena, centena, década, etc.

Normalmente esse tipo de numeral vem especificado por uma locução adjetiva iniciada pela preposição de: “Comeram uma dúzia de bananas”.
O Emprego dos numerais:

1. Na designação de soberanos (reis, príncipes, imperadores), papas, séculos, livros e partes de uma obra (capítulo, parágrafo, tomo etc.), quando o numeral é posposto ao substantivo, usam-se os numerais ordinais até décimo, inclusive. Daí em diante, devem-se empregar os cardinais. Se estiver anteposto, o ordinal é obrigatório.

Ex.: Ao papa Paulo VI (sexto) sucedeu João Paulo II (segundo). Tempos depois chegou o
papa Bento XVI (dezesseis).

2. Na identificação de casas, apartamentos, páginas, dias, que não em meio
jurídico, empregam-se os cardinais.

3. Em relação ao primeiro dia do mês, deve-se usar o ordinal:
– Florianópolis, 1º de fevereiro de 2017.

4. Com relação às datas, podemos ou não usar aos, a ou em:
– O presidente tomou posse 2 de janeiro de (a/em) 2011.

5. Não se usa o ponto entre os numerais quando estes designam datas. Nos demais casos, o ponto deve ser colocado entre as centenas e milhares.
– Escrevi isto no dia 15 de janeiro de 2015/ 1.200 homens estiveram presentes.

6. 2.662.385 é lido e escrito por extenso do seguinte modo: dois milhões seiscentos e sessenta e dois mil trezentos e oitenta e cinco; 83,47%: oitenta e três inteiros e quarenta e sete centésimos por cento; b) 0,3%: três décimos por cento. Também pode ser assim: a) oitenta e três vírgula quarenta e sete por cento; b) zero vírgula três por cento”.

De acordo com o professor Fernando Pestana, em “A Gramática para Concursos Públicos” não se emprega a conjunção “e” entre os milhares e as centenas, exceto quando o número terminar em uma centena com dois zeros: “O ano 1500 (mil e quinhentos) foi decisivo.”.

Para entender mais sobre o assunto, dá uma conferida nessas videoaulas da professora Mercedes do canal Curso Enem Gratuito:

Vamos praticar?

1 – (Univ. Fed. de Juiz de Fora- MG) Marque o emprego incorreto do numeral:

a) século III (três)
b) página 102 (cento e dois)
c) 80º (octogésimo)
d) capítulo XI (onze)
e) X tomo (décimo)

2 – Analise as duas orações que seguem e atenda ao propósito de responder ao seguinte questionamento:

O prêmio foi entregue a um garoto.
Na biblioteca havia apenas um garoto estudando.
Quanto à classe morfológica, os termos em destaque possuem a mesma classificação? Justifique.

3 – (Ufam) Assinale o item em que não é correto ler o numeral como vem indicado entre parênteses:

a) Pode-se dizer que no século IX (nono) o português já existia como língua falada. ( )

b) Pigmalião reside na casa 22 (vinte e duas) do antigo Beco do Saco do Alferes, em Aparecida. ( )

c) Abram o livro, por favor, na página 201 (duzentos e um). ( )

d) O que procuras está no art. 10 (dez) do código que tens aí à mão.( )

e) O Papa Pio X (décimo), cuja morte teria sido apressada com o advento da Primeira Guerra Mundial, foi canonizado em 1954.( )

4 – Escreva por extenso os numerais referentes às orações em evidência.

a) Rei Henrique VII.
b) Praça dos 3 Poderes.
c) capítulo X do livro de Machado de Assis.
d) Sapato à moda Luís XV.
e) Avenida João XXIII.

5 – Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90 são, respectivamente:

a) octagésimo, trecentésimo, septingentésirno, nongentésimo
b) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo
c) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, nonagésimo
d) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongentésimo

6 – Tribunal de Contas Estadual – ES (TCE/ES) 2012 (2ª edição)


Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem.

Se o numeral ordinal “73.ª” (l.8) fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima terceira.

C. Certo
E. Errado

Gabarito:

1 – Alternativa A. Conforme a regra de emprego dos numerais, ao referir-se a séculos, usam-se os numerais ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo.

2 -Não, pois na primeira oração trata-se de um artigo indefinido. E na segunda, um numeral cardinal.

3 – Alternativa “b”, pois é expresso pela seguinte forma: vinte e dois

4 – a – sétimo
b – Três
c – décimo
d – quinze
e – Vinte e Três

5 – Alternativa B.

6 – Alternativa E, errado.

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Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Su, com base em manuais gramaticais. A maioria dos exemplos são do Livro “A Gramática para Concursos Públicos”, do professor Fernando Pestana. A professora é Licenciada Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
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