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Por que entender a história de Luiz Gama e Luiza Mahin vai te ajudar no Enem

Por que entender a história de Luiz Gama e Luiza Mahin vai te ajudar no Enem

Novos achados sobre Luiz Gama e Luiza Mahin ajudam a revisar a história e oferecem repertório potente para o Enem 2025.

Você sabia que dois nomes negros foram essenciais para a luta por liberdade no Brasil — e ainda hoje ajudam a pensar temas cobrados no Enem? Luiz Gama, reconhecido oficialmente como Patrono da Abolição da Escravidão, e Luiza Mahin, símbolo da resistência negra e homenageada no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, representam mais do que personagens históricos: eles dão rosto a ideias como justiça, cidadania e enfrentamento do racismo.

Durante muito tempo, as histórias de Gama e Mahin circularam de forma fragmentada. Mas novas pesquisas, conduzidas por historiadoras como Lisa Earl Castillo e Wlamyra Albuquerque, vêm mudando esse cenário. A partir de documentos encontrados no Arquivo Público da Bahia — como registros de batismo, cartas e testamentos —, detalhes antes apagados estão sendo recuperados, como a verdadeira data de nascimento de Gama e a confirmação de que sua mãe ainda era escravizada quando ele nasceu.

Neste conteúdo, você vai entender por que essas descobertas importam — especialmente se está de olho no Enem. Vamos mostrar como os legados de Gama e Mahin ajudam a refletir sobre temas centrais da prova, como abolição, apagamento da memória negra e justiça histórica, oferecendo argumentos sólidos para a redação e aprofundando sua leitura crítica de História do Brasil.

Quem foi Luiz Gama?

luiz gama e luiza mahin
Busto de Luiz Gama, no Largo do Arouche, em São Paulo (SP) – (Foto: Divulgação)

Luiz Gama nasceu em Salvador, em 1831, filho de uma mulher negra, Luiza Mahin, e de um homem branco, Antônio Gama. Apesar de ter vindo ao mundo já em condição legal de liberdade — como determinava a legislação brasileira após o fim do tráfico atlântico — sua infância foi marcada por uma enorme violência: aos 10 anos, foi vendido ilegalmente como escravizado pelo próprio pai, que buscava quitar dívidas de jogo. Esse acontecimento não apenas feriu seus direitos, mas se tornou decisivo em sua trajetória de luta contra a escravidão.

Privado da escola durante boa parte da juventude, Luiz Gama só aprendeu a ler e escrever aos 17 anos. Mas isso não o impediu de buscar conhecimento por conta própria. Foi justamente essa autoinstrução que lhe permitiu interpretar as leis e, com base nelas, entrar com um processo para provar na Justiça que era um homem livre — e venceu. Sua vitória foi histórica: é um dos primeiros casos conhecidos de autolibertação judicial no Brasil, e abriu caminho para sua atuação como abolicionista e defensor de centenas de outras pessoas escravizadas.

Luana Santos

Jornalista formada pela UFSC e redatora da Rede Enem
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