Entenda como estudar a Pré-História é importante para compreendermos a Evolução dos Hominídeos. Vem com a gente revisar História para o Enem e para os vestibulares!
Você já se perguntou o quanto a Pré-História foi importante para que hoje tenhamos a capacidade de cozinhar alimentos, desenvolver ferramentas e, principalmente, nos comunicar?
Ou porque o continente africano é tão importante para compreendermos nossas origens? Antes de tudo, precisamos situar o que compreendemos como Pré-História e a influência de visões mais atuais que, de certa maneira, “invalidam” tal concepção. Vamos lá?
A verdade é que tradicionalmente as origens da humanidade foram situadas por historiadores num período que convencionou-se chamar de Pré-História e a base utilizada para findar este importante período, que engloba não apenas uma centena de anos, mas milhões de anos de grande evolução biológica e cultural, foi o marco da descoberta da escrita.
Todavia, historiadores mais atuais passaram a encarar tal concepção com grandes reservas, haja vista que além da escrita, outros padrões de transmissão da tradição, como por exemplo a história oral, bem como avanços tecnológicos no desenvolvimento das pesquisas científicas, como a análise de DNA, possibilitaram novas descobertas.
Pré-História e ‘Pré-Conceito’
O conceito de Pré-História vinculado ao desenvolvimento da escrita esbarra no fato que o seu desenvolvimento não ocorreu ao mesmo tempo em todo o planeta. É só você lembrar que neste momento, enquanto você lê este material utilizando um computador, tablete ou celular, lá no interior da Amazônia existem alguns povos indígenas que nunca tiveram contato com a civilização moderna e não utilizam padrões de escrita para repassar suas tradições as novas gerações.
Entretanto, o conceito de Pré-História está longe de desaparecer dos livros didáticos e, principalmente, vestibulares. E de fato estamos diante de um período importantíssimo para o desenvolvimento humano, com outras descobertas de grande valor para que o homem chegasse onde chegou, a exemplo, o domínio do fogo, a invenção da roda e a descoberta da agricultura e domesticação de animais.
Desta forma, não custa nada fazer uma releitura sobre o período e o que chamamos de seus marcos históricos. Mas antes, vamos rapidamente refazer o longo caminho evolutivo dos hominídeos até o surgimento do gênero Homo.
África, o grande berço da Humanidade na Pré História e do surgimento e evolução dos primatas:
Em algum momento de sua vida escolar você ouviu que a África foi o que chamamos de “berço da humanidade” e não foi à toa. A verdade é que os hominídeos surgiram por lá, por volta de 7 milhões de anos. Quanto aos mamíferos em geral, embora tenham surgido na Era Mesozoica (cerca de 220 milhões de anos), desenvolveram-se e proliferaram-se acerca de 70 milhões de anos, no que chamamos de Era Cenozoica.
Assim sendo, anote aí, de todos os 5 continentes da terra, foi na África que encontramos a maior diversidade de espécies através de registro fósseis. Por exemplo, enquanto podemos encontrar fósseis do gênero Homo por todos os cinco continentes, os mais antigos hominídeos, os Australophitecus, nós encontramos, até o período atual, apenas na África.
Desta forma, cientificamente situamos a África como berço da humanidade, e a partir de lá os hominídeos conquistaram gradativamente os demais continentes, em um processo migratório que durou milhares de anos.
Os hominídeos, suas principais espécies e características:
Entre os fósseis mais antigos já encontrados figura o Sahelanthropus tchadensis e o Ardiphitecus kabadda, este último viveu na África há 5,8 milhões de anos. Posteriormente, por volta de 4,2 milhões de anos, foi a vez do gênero australopiteco surgir e habitar a África, dividindo-se em espécies como o Australophitecus anamensis, Australophitecus afarensis, Australophitecus aethiopicus, Australophitecos boisei, Australophitecos robustus, e Australophitecos africanus.
O gênero Homo teria surgido a partir da evolução de uma das espécies de australopitecos, embora os cientistas não saibam precisar qual delas em específico. Entretanto isso teria acontecido por volta de dois milhões de anos e gradativamente o gênero Homo dominou a terra, haja vista sua melhor adaptação.
A primeira subespécie do gênero Homo foi o Homo habilis, e na sequeência Homo rudolfensis, Homo erectus, Homo ergaster, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis e por fim o Homo sapiens. Outro fato interessante é que a partir do gênero Homo percebemos a ocupação dos demais continentes.
Além disso, podemos dizer que a principal característica de diferenciação utilizada para classificar os hominídeos foi sua capacidade cerebral, haja vista que quanto maior o cérebro, maior seria a capacidade de adaptação ao meio em que viviam. Por exemplo, enquanto o Australophitecus afarensis possuía um cérebro com 420 cm³, nós, Homo sapiens possuímos um cérebro com 1400 cm³.
Se nos utilizarmos de Darwin e sua teoria da evolução das espécies através da seleção natural, não fica difícil compreender porque essas espécies ancestrais desapareceram perante uma espécie mais adaptada para sobreviver a grande competição por alimentos, bem como os demais recursos naturais necessários a vida.
Entretanto, esta capacidade de melhor adaptação das espécies não se deve apenas a capacidade cerebral, mas também outras características que possibilitaram maior capacidade de desenvolvimento de cultura em um horizonte em que as transformações de ordem biológica ocorreram em paralelo a este desenvolvimento cultural.
A exemplo, a postura ereta bípede, a pele, a mão e o famoso polegar opositor, a face e a visão, além da mandíbula e a dentição. Assim, somos frutos de mutações genéticas ao longo de milhões de anos que nos tornaram mais capazes de encarar as dificuldades impostas, bem como transformar essa natureza, utilizando-a a nosso favor, sendo esta a principal característica mais essencial para os hominídeos.
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