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Redes sociais e adultização infantil: reflexões do caso Felca x Hytalo para o Enem

Redes sociais e adultização infantil: reflexões do caso Felca x Hytalo para o Enem

Como a exposição de menores nas redes afeta infância, ética digital e pode ser tema para sua redação do Enem.

Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por uma polêmica envolvendo os influenciadores digitais Felca e Hytalo Santos. Mas o caso não se resume a fofocas online — ele evidencia questões sérias sobre ética, responsabilidade e os limites do conteúdo que circula nas plataformas digitais.

Tudo começou com a divulgação de um vídeo que rapidamente viralizou, alcançando milhões de visualizações. Nele, Felca denunciava que outro criador estava expondo menores a situações adultas e sexualizando-os para gerar engajamento e lucro. O debate se espalhou pela internet, motivou investigações judiciais e chamou a atenção de legisladores, que já avaliam propostas para regulamentar a presença de crianças nas redes e proteger sua integridade.

Por que esse tema é relevante para estudantes do ENEM? Porque ele aborda problemas que afetam diretamente a sociedade e que podem ser usados em redações, como cidadania digital, proteção da infância, ética online e as responsabilidades de famílias e plataformas.

O que foi denunciado?

O conteúdo, divulgado em um vídeo chamado “Adultização”, apontava a participação de menores em vídeos com temáticas inadequadas para a idade, como danças sugestivas, conversas com conotação sexual e exposição de procedimentos estéticos. Em alguns casos, crianças muito jovens eram submetidas a gravações constantes, transformando atividades lúdicas em uma rotina de trabalho para entreter um público predominantemente adulto.

Especialistas classificam isso como “adultização infantil”: quando crianças passam a assumir comportamentos, responsabilidades e padrões próprios da vida adulta, acelerando artificialmente seu desenvolvimento. Nas redes sociais, isso se manifesta por meio de roupas e maquiagens inadequadas, falas que imitam adultos e rotinas de gravação que transformam a infância em um produto da economia da atenção. O objetivo é engajar seguidores e gerar receita, colocando o bem-estar da criança em segundo plano.

Luana Santos

Jornalista formada pela UFSC e redatora da Rede Enem
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