Tipos de Período: simples e composto – Português Enem

Veja as Orações Subordinadas e as Orações Coordenadas nesta revisão e estude Português com o Blog do Enem. Dominar os Tipos de Período ajuda você a mandar bem no Enem e nos vestibulares também.

Hoje você vai aprender os tipos de período que uma frase pode ter. Para entender isso, precisamos saber que as frases que formamos podem ser simples ou compostas, porque são constituídas por uma ou mais orações. Dependendo do número de orações que compõem essas frases, o período vai ser entendido como simples ou composto.

O período simples é quando este é formado por apenas uma oração, ou seja, tem apenas um verbo ou locução verbal. Veja neste exemplo: “Minha vida era um palco iluminado”. (Silvio Caldas e Orestes Barbosa). O foco é você mandar bem no Enem. Conhecer os tipos de período ajuda a gabaritar nas questões de Interpretação de Textos, e a escrever bem na sua Redação também.

Veja os tipos de período

Já o período composto, vai ser formado por mais de uma oração, termos dependendo de como as orações se relacionam, tantas orações em um período quanto for o número de verbos ou de locuções verbais.tipos-de-periodo

Veja os Termos que devemos diferenciar:

  • Coordenação: A coordenação trata da relação de independência entre termos e orações. No período composto as orações estão simplesmente uma ao lado da outra, com uma estrutura sintática completa sem depender da outra.
  • Subordinação: A subordinação trata da relação de dependência entre termos e orações. Em miúdos, a oração subordinada sempre mantém uma relação de dependência com a oração principal.

 

Veja os tipos de período composto

Comece a sua re3visão pelo resumo da professora Jéssica Forini, do canal do Curso Enem Gratuito, e depois continue na aula escrita para dominar de vez todo o conteúdo:

Veja agora: Tipos de Períodos compostos por Coordenação; por Subordinação; por Coordenação e Subordinação.

1 – Composto por coordenação: é formado exclusivamente por orações coordenadas.

Ex.: “No outro dia tomei o trem, ferrei no sono, e acordei às dez horas na estação central”. (Graciliano Ramos). (orações marcadas pelos verbos tomei, ferrei e acordei).

Cheguei cedo ao teatro, mas não arranjei um bom lugar. (orações marcadas pelos verbos cheguei e arranjei).

2 – Composto por subordinação: é formado de oração principal e oração subordinada.

Ex.: “Um relance de olhos revelou-me (oração principal), que sua fisionomia não era estranha” (oração subordinada). (Cyro dos Anjos)

Não conheço a pessoa (oração principal) que Luciana estava procurando (oração subordinada), quando chegou à cidade. (oração subordinada).

3 – Composto por coordenação e subordinação – trata-se de um tipo de período misto no qual coexistem os dois processos sintáticos de relacionar orações (a coordenação e a subordinação). É formado de oração principal, orações subordinadas e orações coordenadas.

Ex.1: O síndico convocou uma reunião a fim de que o problema fosse resolvido, mas ninguém compareceu.

Oração principal: O síndico convocou uma reunião
Oração subordinada: a fim de que o problema fosse resolvido
Oração coordenada: mas ninguém compareceu

Ex.2: Quando ele chegou, retirei-me imediatamente e depois fui para casa.

Oração principal: retirei-me imediatamente
Oração subordinada: Quando ele chegou
Oração coordenada: depois fui para casa

Confira um resumo especial sobre o período composto Veja os tipos de período

Dica: O segredo para classificar as orações é perceber os conectivos (conjunções e pronomes relativos). Nos próximos textos, irei falar mais detalhadamente sobre as orações coordenadas e subordinadas. Fique tranquilo!

O Período Misto

3.1 – Tipos de período misto:

1) Orações subordinadas substantivas coordenadas entre si:

Ex.: Sabe-se que o homem é inocente e que nunca deveria ter sido colocado em situação vexatória.

Obs: A conjunção “e” pode vir marcada ou também implícita entre as orações.

2) Orações subordinadas adjetivas coordenadas entre si:

Ex.: Certos escritores brasileiros, como Jorge Amado, que escreveu o romance Gabriela, Cravo e Canela e que escreveu o teatro O Amor do Soldado, eram comunistas.

3) Orações subordinadas adverbiais coordenadas entre si:

Ex.: Ainda que a reportagem vá ao ar, ainda que todos os jornais denunciem a lavagem de dinheiro ou ainda que o Papa dê seu testemunho sobre o fato, nada mudará.

Em casos em que houver uma série de orações subordinadas adverbiais coordenadas entre si, a conjunção subordinativa pode se repetir, fragmentar ou se omitir. Ex.: Depois que ela saiu e depois que ela entrou, ninguém mas nada falou.

4) Orações coordenadas com subordinadas no mesmo período:

Ex.: Neste dia – que linda manhã faz! – resolva logo os problemas que mais o aborrecem, que a vida é muito curta.

1ª oração: Neste dia / resolva logos os problemas (oração principal da 3ª)
2ª oração: – que linda manhã faz! – (oração intercalada)
3ª oração: que mais o aborrecem (oração subordinada adjetiva restritiva da 1ª)
4ª oração: que a vida é muito curta (oração coordenada sindética explicativa da 1ª)

Para compreender melhor e saber classificar um período misto é necessário muito treino. Um bom começo é estudar exemplos de orações subordinativas e de orações coordenativas. E sempre fique de olho nos conectivos. Veja esse exemplo do professor Fernando Pestana, retirado da obra A Gramática para os Concursos Públicos”:

Ex.: No setor das comunicações, o monopólio não deixa de ser uma tendência natural, já que, ao contrário do que acontece em outros mercados, uma rede se torna mais valiosa à medida que mais pessoas a utilizam e a divulgam; uma rede que todo mundo usa, como o Facebook, vale muito mais que cem redes com usuários pulverizados. (Luciano Trigo)

1ª Oração: o monopólio não deixa de ser uma tendência natural (oração principal da 2ª).
2ª Oração: já que, ao contrário do…uma rede se torna mais valiosa… (oração subordinada adverbial causal em relação à 1ª e principal em relação à 3ª e à 4ª).
3ª Oração: que acontece em outros mercados… (oração subordinada adjetiva restritiva da 2ª)
4ª Oração: à medida que mais pessoas a utilizam… (oração subordinada adverbial proporcional da 2ª)
5ª Oração: e a divulgam… (oração subordinada adverbial proporcional em relação à 2ª; a 4ª e a 5ª estão coordenadas entre si).
6ª Oração: …uma rede….vale muito mais (oração coordenada assindética em relação à 2ª e principal em relação à 7 e à 8ª)
7ª Oração: …que todo mundo usa… (oração subordinada adjetiva restritiva da 6ª)
8ª Oração: …que (valem) cem redes com usuários pulverizados. (oração subordinada adverbial comparativa da 6ª).

Os tipos de orações coordenadas e subordinadas vamos estudar em breve, esse conteúdo foi apenas introdutório para conhecermos os períodos simples e compostos por oração(es). Boa sorte e bons estudos!

Vamos ver se conseguirmos entender as diferenças entre os tipos de período?

1 – (ENEM-2009) TEXTO:

Manuel Bandeira

Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a
abandonar os estudos de arquitetura por causa da tuberculose.
Mas a iminência da morte não marcou de forma lúgubre sua
obra, embora em seu humor lírico haja sempre um toque de
funda melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo toque
de morbidez, até no erotismo.
Tradutor de autores como Marcel Proust e William
Shakespeare, esse nosso Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia
do paraíso cotidiano mal idealizado por nós, brasileiros, órfãos
de um país imaginário, nossa Cocanha perdida, Pasárgada.
Descrever seu retrato em palavras é uma tarefa impossível,
depois que ele mesmo já o fez tão bem em versos.
Revista Língua Portuguesa, n° 40, fev. 20

A coesão do texto é construída principalmente a partir do (a)

(A) repetição de palavras e expressões que entrelaçam as informações apresentadas no texto.
(B) substituição de palavras por sinônimos como “lúgubre” e
“morbidez”, “melancolia” e “nostalgia”.
(C) emprego de pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nosso”, “ele”.
(D) emprego de diversas conjunções subordinativas que articulam
as orações e períodos que compõem o texto.
(E) emprego de expressões que indicam sequência, progressividade, como “iminência”, “sempre”, “depois”.

2 – (FGV) Leia atentamente: “O vigilante guarda-noturno e o seu valente auxiliar, nunca esmoreceram no cumprimento do dever.” No período acima, a vírgula está mal colocada, pois separa:

a) o sujeito e o objeto direto.

b) o sujeito e o predicado.

c) a oração principal e a oração subordinada.

d) o sujeito e o seu adjunto adnominal.

e) o predicado e o objeto direto.

3 – (FGV) Leia atentamente: “A maior parte dos funcionários classificados no último concurso, optou pelo regime de tempo integral.” Na frase acima, há um erro de pontuação, pois a vírgula está separando de modo incorreto:

a) o sujeito e o predicado.

b) o aposto e o objeto direto.

c) o adjunto adnominal e o predicativo do sujeito.

d) o sujeito e o predicativo do objeto direto.

e) o objeto indireto e o complemento da agente da passiva.

4 – (FUVEST) Classifique as orações em destaque do período seguinte: “Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu.”

a) principal, subordinada adverbial final.

b) principal, subordinada substantiva objetiva direta.

c) subordinada adverbial temporal, subordinada adjetiva restritiva.

d) subordinada adverbial temporal, subordinada objetiva direta.

e) subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva subjetiva.

Gabarito:

1 – Alternativa C. A coesão é revelada por meio de marcas linguísticas presentes na estrutura sequencial do texto. Ela estabelece a relação semântica entre elementos do texto que são cruciais para a sua interpretação. Nesse sentido, como os pronomes pessoais são palavras que têm sua carga semântica plena apenas quando relacionadas a um substantivo, significa que nunca têm autonomia e, por referir-se a outro termo, tornam-se peça fundamental na arquitetura de um texto.
2 – Alternativa B
3 – Alternativa A
4 – Alternativa D

Os textos e exemplos acima sobre os tipos de períodos foram preparados pela professora Su, com base em manuais gramaticais. A maioria dos exemplos são do Livro “A Gramática para Concursos Públicos”, do professor Fernando Pestana. A professora é Licenciada Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
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