Jornalismo – Tudo sobre o curso, a carreira e o mercado de trabalho

Você pensa em fazer Jornalismo para ser o próximo William Bonner? É melhor ler esse post e se informar um pouco mais sobre a profissão.

O trabalho do jornalista consiste, basicamente, em procurar informações relevantes para a sociedade e depois divulgá-las através de veículos de comunicação, como jornais, revistas, televisão, rádio, sites, blogs, e por ai vai. O profissional formado em Jornalismo deve se dedicar a transmitir e explicar fatos e histórias de interesse público aos seus leitores ou ouvintes. Para isso, conta com técnicas de apuração das informações, realização de entrevistas com fontes e personagens relevantes para a notícia e produção e edição da reportagem.

O perfil do profissional

Senso crítico, capacidade de expressão, domínio do português e de técnicas de redação são fundamentais no exercício da profissão de jornalista. O profissional precisa dominar, também, os softwares de edição de textos e de imagens.

E, já que depende de eventos em sua maioria imprevisíveis, a carreira também exige paciência para conseguir a informação, flexibilidade para lidar com acontecimentos de última hora e dinamismo quando é preciso produzir uma reportagem poucos minutos antes de ela ir ao ar, ou à gráfica.

“Um amigo meu brinca que o jornalista é aquele que fica a vida toda esperando o nada virar coisa. A gente nunca sabe quando vai acontecer o factual que vai nos fazer trabalhar de madrugada ou que vai nos obrigar a trabalhar domingo”, explica a jornalista Ana Escalada, editora-chefe do Profissão Repórter, ouvida pelo G1.

Estudantes de Jornalismo precisam gostar de ler e se informar sobre eventos presentes e passados. Ter interesse em descobrir histórias e conhecer pessoas, além de flexibilidade para lidar com a falta de rotina e acontecimentos imprevistos também são características desejadas e exigidas nessa profissão.

“Uma pessoa que não gosta de problemas não deve ser jornalista, uma pessoa que gosta de rotina não deve ser jornalista”, afirma a editora Ana Escalada. “Tem que ignorar aquilo que em outras profissões é muito importante, como rotina, jornada de trabalho… Você não sabe quando começa e, principalmente, não sabe quando termina”, disse o repórter Caco Barcellos, em entrevista ao G1.

“É uma profissão que combina mais com os poetas, por exemplo, com as pessoas que gostam de outras pessoas. É fundamental ser apaixonado por gente, senão não dá certo. E o repórter tem que ser apaixonado pelo que faz, achar graça disso, não achar que isso é sacrifício”, complementa Caco.

Para ele, além de contar histórias, quem vive da reportagem também tem uma função essencial. “O repórter tem por obrigação fazer o registro dos acontecimentos de um país. É a partir do trabalho do jornalista que as outras profissões se movimentam”, diz. “A gente que é repórter tem que estar mais informado do que todos os que estão à nossa volta, inclusive o dono do veículo onde a gente trabalha”.

Tá curioso sobre como é o curso de Jornalismo? Veja nossa Trilha de profissões:

Mercado de trabalho

Algumas das especializações que demandam mais profissionais são meio ambiente, ciência e economia. Para conquistar uma vaga no mercado de trabalho, o estudante formado em Jornalismo tem de entender a linguagem da internet e das redes sociais.

As principais oportunidades, atualmente, estão em portais, revistas online, blogs e sites de empresas. A comunicação corporativa ou empresarial costuma oferecer maiores oportunidades de trabalho. “A expansão da economia e a profissionalização empresarial, que passa a ser um fator pesado de concorrência, têm reflexo imediato no investimento que as empresas fazem em comunicação”, afirma Ernane Rabelo, coordenador do curso de Jornalismo da UFV, também ouvido pelo Guia do Estudante.

O maior número de oportunidades de emprego para Jornalistas está em São Paulo, onde existe uma maior concentração de editoras e jornais, porém é o local onde existe maior concorrência.

Para retratar os pequenos e grandes fatos do dia a dia, os jornalistas se dividem em diversas tarefas. Aqueles que optam por trabalhar em redações impressas ou de internet tem entre as tarefas mais comuns a de repórter, que busca as histórias e vai a campo apurar as informações, e a de editor, que decide como todas as reportagens da equipe serão expostas no veículo.

Na televisão e no rádio, existe ainda a função de produtor, o profissional que propõe uma pauta e a produz, deixando o repórter encarregado do trabalho de ir a campo.

Cada editoria do veículo, como de noticiário político, internacional e de economia, conta com uma equipe de repórteres e um editor, que pode contar com editores assistentes para finalizar a criação das páginas.

Na TV, os repórteres saem às ruas com os cinegrafistas e os técnicos de iluminação e som para garantir a captação das melhores imagens. Os veículos ainda têm equipes dedicadas à produção e edição de fotografias e profissionais de desenho e programação, que criam os infográficos, as tabelas e artes que ajudam a explicar os fatos aos leitores. Acima de toda a equipe estão o editor-chefe e o editor-executivo, responsáveis por manter a coesão do conteúdo e da linha editorial.

Porém, as redações de jornais e revistas não são as únicas opções para o profissional formado em Jornalismo. “Ser repórter, ser roteirista de cinema, escritor de novela, trabalhar com publicidade… São mil possibilidades para uma mesma profissão”, afirma Caco, que, além das reportagens diárias e semanais, também escreveu grandes reportagens em livros como “Rota 66 – A história da polícia que mata”, que já recebeu mais de 80 edições.

Muitos jornalistas também optam por seguir carreira como assessores de imprensa, profissionais que podem atuar tanto dentro da instituição em que trabalham, no departamento da comunicação, quanto em agências contratadas para prestar esse serviço a empresas e ONGs.

Além de atender aos pedidos da imprensa, é função da assessoria sugerir pautas aos repórteres e aconselhar a direção das instituições sobre estratégias de comunicação e exposição na mídia, incluindo o ‘media training’, treinamento para que os porta-vozes da empresa utilizem as mesmas técnicas dos profissionais de televisão ao dar entrevistas, como linguagem corporal e uso da voz.

SALÁRIO INICIAL: R$ 2.076,00 (5 horas diárias em jornais ou revistas da capital); R$ 2.337,83(assessoria de imprensa na capital) – fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

O curso de graduação em Jornalismo

Entre as disciplinas básicas do curso de quatro anos de graduação em Jornalismo estão língua portuguesa, economia, teoria da comunicação, filosofia, história da arte e sociologia. Matérias específicas também compõem o currículo, como jornalismo interpretativo e informativo, técnicas de redação e edição de texto, novas tecnologias de comunicação e design gráfico.

Há aulas práticas de fotojornalismo, jornalismo impresso e online, rádio e TV. Os alunos precisam apresentar um trabalho de conclusão de curso para receber o diploma. Já o estágio, embora não seja obrigatório, é recomendável, pois pode abrir portas no mercado de trabalho.

Os melhores cursos de Jornalismo do Brasil

Confira abaixo as instituições públicas de ensino que possuem cursos de Jornalismo avaliados com conceitos 4 ou 5 no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).

O Enade leva em conta uma série de critérios, como: o desempenho dos estudantes do curso em uma prova realizada anualmente, o corpo docente, a infraestrutura, os recursos didático-pedagógicos, além dos programas de pós-graduação. Todos são sintetizados em um único indicador, que varia de 1 a 5.

Os cursos com nota acima de 3 são considerados satisfatórios pelo Ministério da Educação. Aqui, consideramos os melhores cursos com aqueles avaliados com conceito 4 ou 5 no Enade.

Conceito 5

  • Universidade de Brasília (UnB)
  • Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • Universidade Federal do Paraná (UFPR)
  • Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  • Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro)

Conceito 4

  • Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
  • Universidade Federal do Piauí (UFPI)
  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
  • Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
  • Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ)
  • Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Universidade de Taubaté (UNITAU)
  • Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
  • Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

E aí, pronto para entrar na faculdade de Jornalismo? Se esse ainda não é o seu curso, acesse o nosso Guia de Profissões.

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