Teste o que você sabe sobre a independência do Brasil com questões do Enem e de vestibulares, e confira o nosso resumo para não errar nas provas!
A independência do Brasil foi resultado de uma série de importantes processos históricos que causaram importantes transformações no país. Por isso, é um tema que costuma cair no Enem e vestibulares. Confira nosso resumo e teste seus conhecimentos com questões sobre a independência do Brasil!
Antecedentes da independência do Brasil
A independência do Brasil costuma estar associada ao grito de Dom Pedro I às margens do rio Ipiranga. No entanto, o rompimento com Portugal foi um processo muito mais longo e complexo do que o dia 7 de setembro de 1822. Existiu todo um movimento que preparou o desejo de independência da colônia portuguesa.
Muito antes da vinda da família real para o Brasil, já havia um descontentamento da população que vivia na colônia. Isso pode ser verificado nas diferentes revoltas coloniais. No século XVIII, por exemplo, havia demandas de autonomia tanto dos participantes da Inconfidência Mineira quanto da Conjuração Baiana. Já em 1817, com Dom João VI já no Brasil, ocorreu a Revolução Pernambucana.
A liberdade comercial iniciada em 1808 foi outro fator que incutiu no imaginário brasileiro a ideia de ruptura política. Com a abertura dos portos, os comerciantes brasileiros puderam negociar com outros países e, assim, a ligação entre colônia e metrópole é enfraquecida.
Em paralelo, a burguesia portuguesa ficou descontente com essa mudança. Além de perderem o monopólio da produção da colônia, ainda tiveram que lidar com as consequências de um acordo assinado por Portugal e Inglaterra. O Tratado de Comércio e Navegação estabelecia que os produtos ingleses seriam taxados em 15% para entrar no Brasil. Enquanto isso, as mercadorias portuguesas tinham taxas de 16%, ou seja, a Inglaterra saiu privilegiada.
Após a derrota de Napoleão na Europa e o reestabelecimento das monarquias, Dom João VI elevou o Brasil à condição de reino. Além disso, a capital do agora “Reino Unido de Portugal” passa a ser o Rio de Janeiro no lugar de Lisboa. Isso aumentou ainda mais a insatisfação dos portugueses.
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Questões sobre a independência do Brasil
Em seguida, responda às questões sobre a independência do Brasil. Não esqueça de revisar o conteúdo que está depois da lista de exercícios!
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(ENEM MEC/2020)
O movimento sedicioso ocorrido na capitania de Pernambuco, no ano 1817, foi analisado de formas diferentes por dois meios de comunicação daquela época. O Correio Braziliense apontou para o fato de ser “a comoção no Brasil motivada por um descontentamento geral, e não por maquinações de alguns indivíduos”. Já a Gazeta do Rio de Janeiro considerou o movimento como um “pontual desvio de norma, apenas uma ‘mancha’ nas ‘páginas da História Portuguesa’, tão distinta pelos testemunhos de amor e respeito que os vassalos desta nação consagram ao seu soberano”.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o acontecimento, embora com percepções diversas, relacionam-se a um aspecto do processo de independência da colônia luso-americana expresso em dissensões entre
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(ENEM MEC/2019)
Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ENEM MEC/2014)
A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(ENEM MEC/2014/3ª Aplicação)
Eu gostaria de entrar nua no rio, mas estou aqui entre homens, somos todos soldados. Os portugueses de uma canhoneira bombardearam Cachoeira, então um bando de Periquitos, e entre eles eu e mais cinco ou seis mulheres, entramos no rio, de culote, bota e perneira, capa abotoada e baioneta calada. Pensei outra vez no sítio. Ali tudo era cálido, os panos convidavam ao sono. Aqui, luta-se pela vida, pela Pátria. Minha baioneta rasga o ventre de um português que não quer reconhecer a Independência do Brasil gritada, lá no Sul, pelo Imperador D. Pedro.
MARIA QUITÉRIA, s/d. Disponível em: http://www.vidaslusofonas.pt. Acesso em: 31 jan. 2012 (adaptado).
A análise do texto revela um processo de emancipação política do Brasil que supera o marco do Grito do Ipiranga e da figura de D. Pedro I, pois a luta pela independência
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(ENEM MEC/2009)
No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti:
Marinheiros e caiados
Todos devem se acabar,
Porque só pardos e pretos
O país hão de habitar.
AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907.
O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(Fac. Cesgranrio RJ/2020)
O artigo a seguir é uma tentativa do brasilianista Kenneth Maxwell de reinterpretar aspectos do movimento de independência do Brasil (1822).
Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma “coisa ruim”, como uma regressão, um triunfo do “despotismo” sobre a “liberdade”, da “escravidão” sobre a “liberdade”, de um regime “imposto” sobre um regime “representativo”, da oligarquia sobre a democracia, da reação sobre o liberalismo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, todas essas acusações podem ser imputadas ao novo regime, assim como de fato foram feitas na época.
MAXWELL, K. Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência. MOTA, C. G. (org.) In: Viagem Incompleta. A experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Ed. SENAC, p. 181.
Um aspecto do processo de independência brasileiro que confirma as proposições do autor é a(o)
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(IFRS/2020/Janeiro)
“D. Pedro, a princípio, evitou todo e qualquer contato com a ideia da liberdade dos brasileiros. Tentava manter a neutralidade. Imaginava, não sem razão, que as Cortes constitucionais poderiam puni-lo com a perda da sua herança ao trono português caso se envolvesse em política contrária às ordens vindas de Lisboa. D. Leopoldina, com visão mais arguta que a do marido, percebia que Portugal, nas mãos da turba que governava as Cortes, já estava perdido para eles e que o Brasil jazia ainda como uma tela em branco, que poderia vir a ser uma potência futura, muito mais relevante que a velha metrópole”.
(REZZUTTI, Paulo. D. Leopoldina: a história não contada. Leya. Edição do Kindle.)
O trecho acima exposto põe em destaque o relevante papel político desempenhado por Leopoldina.
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase abaixo.
O gênero feminino, historicamente negligenciado na historiografia, recebe o merecido destaque ao ter reconhecida a atuação de uma mulher
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(PUC Campinas SP/2018)
A nossa independência ainda não foi proclamada. Frase típica de D. João VI: − Meu filho, põe essa coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça. Expulsamos a dinastia. É preciso expulsar o espírito bragantino, as ordenações e o rapé de Maria da Fonte.
Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud − a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado de Pindorama.
(ANDRADE, Oswald de. Manifesto Antropófago. Revista de Antropofagia, n. 1, ano 1, maio de 1928. Apud SCHWARTZ, Jorge (org). Vanguardas latino-americanas. Polêmicas, manifestos e textos críticos. São Paulo: Edusp/ Iluminuras/ Fapesp, 1995, p. 147)
Dentre os fatores que contribuíram para que D. Pedro I proclamasse a Independência do Brasil, havia
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(Unifacs BA/2019/Julho)
Embora a independência do Brasil seja um “arranjo político” – na expressão de Caio Prado Jr. – ela implica, não obstante, acirrada luta social. Várias camadas sociais disputam a liderança desejando imprimir ao movimento libertador o sentido que a cada qual mais convinha e interessava. (KOSHIBA; PEREIRA. 1994. p. 139).
A análise do texto, aliada aos conhecimentos sobre as guerras de independência do Brasil, permite afirmar que a alternativa que não pertence ao contexto desse período é a
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2017)
“A vinda da Corte com o enraizamento do Estado português no Centro-Sul daria início à transformação da colônia em metrópole interiorizada. Seria esta a única solução aceitável para as classes dominantes em meio à insegurança que lhes inspiravam as contradições da sociedade colonial, agravadas pelas agitações do constitucionalismo português e pela fermentação mais generalizada no mundo inteiro da época, que a Santa Aliança e a ideologia da contrarrevolução na Europa não chegavam a dominar.”
Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e outros estudos. São Paulo: Alameda, 2005.
O texto oferece uma interpretação da independência do Brasil, que implica
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A independência do Brasil
A resposta da burguesia portuguesa veio em 1820 com a Revolução de Porto, que acaba com o absolutismo no país. Em seu lugar foi implantada uma monarquia constitucional e a defesa de uma economia liberal. No entanto, por interesses financeiros, essa mesma burguesia defendia a recolonização do Brasil. O movimento fez Dom João VI retornar a Portugal no ano seguinte e deixar seu filho Dom Pedro no comando das terras brasileiras.
Nesse momento, a elite agrária brasileira se aproxima de Dom Pedro. Isso porque os latifundiários temiam perder o que haviam conquistado com o fim do Pacto Colonial. Eles viram no monarca a possibilidade de manter seus privilégios, podendo conter a recolonização. Ao mesmo tempo, poderiam impedir que a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário e republicano como havia ocorrido nas colônias espanholas.
Outra personagem histórica importante nesse processo é D. Maria Leopoldina, princesa austríaca da família Habsburgo, que se casou com Dom Pedro antes mesmo de conhecê-lo, devido a interesses políticos das duas famílias.
Leopoldina teve da melhor educação possível para uma mulher de sua época e desde criança se preparou para ser uma mulher ativa nas relações políticas de Estado. Ela teve papel crucial nas decisões de D. Pedro e participou intensamente das negociações para que a Independência do Brasil ocorresse.
O 7 de Setembro foi o fechamento desse processo que deu fim a ruptura política, mas que não alterou em nada a situação socioeconômica brasileira, o Brasil, continuou sendo um país agroexportador, escravocrata, comandado por uma elite agrária.