As algas macroscópicas servem de abrigo e alimento para diversos animais, além de produzir grande parte do oxigênio que respiramos. Vamos revisar?
As algas macroscópicas são organismos autótrofos fotossintéticos. Já foram classificadas dentro do Reino das Plantas, porém, em classificações mais atuais, são classificadas dentro do Reino Protista / Protoctista.
São em sua maioria seres pluricelulares, porém sem tecidos verdadeiros, uma vez que suas células não têm muitas especializações nas funções que desempenham. Por tal motivo, são chamadas de talófitas, tendo seu corpo formado por um talo onde o transporte de substâncias é realizado por difusão. São organismos muito importantes nos ecossistemas aquáticos, pois servem de base de várias cadeias alimentares e fornecem abrigo e esconderijo para a fauna aquática.
Para se preparar para o Enem e para os vestibulares, há três filos (ou divisões) desse grupo que você deve estudar: Cholorophyta (clorófitas ou clorofíceas, popularmente chamadas de algas verdes), Phaeophyta (feofíceas ou feófitas, também chamadas de algas pardas) e Rhodophyta (rodofíceas ou rodófitas, conhecidas como algas vermelhas). Então, “bora” revisar?
Ciclos reprodutivos das algas verdes, vermelhas e pardas: As algas macroscópicas possuem ciclos de vida bastante complexos e variados. Podem ter ciclos de vida semelhantes aos animais – ciclo diplonte, onde indivíduos diploides (2n) realizam meiose para produzirem gametas haploides (n). Podem também ter ciclos de vida semelhantes às plantas, onde alternam fases em que são indivíduos haploides e diploides, além de se reproduzirem alternadamente por reprodução sexuada e assexuada. Nesse ciclo, chamado de haplodiplobiôntico, os indivíduos diploides (2n) realizam meioses espóricas, produzindo esporos haploides (n).
Estes esporos sofrem repetidas mitoses que darão origem a uma nova alga, chamada de gametófito (n). Os gametófitos, por sua vez, produzem gametas (n) que ao se juntarem produzirão um zigoto (2n) que produzirá novamente indivíduos diploides (2n) – os esporófitos. Além desses dois ciclos mais comuns, elas podem ter um terceiro ciclo: o haplonte. Neste ciclo, ocorre meiose logo após a formação do zigoto (2n), originando sempre apenas indivíduos haploides. Está complicado? Então veja a figura a seguir:
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Classificação das algas verdes, vermelhas e pardas: Como dito acima, estas algas podem ser classificadas em três grupos: Clorofíceas, Rodofíceas e Feofíceas. Veja a seguir as principais características de cada grupo:
Clorofíceas: Também chamadas de clorófitas, as algas verdes possuem essa cor por conta da clorofila em maior quantidade em suas células que predomina em relação a outros pigmentos. Estas algas possuem clorofila dos tipos a e b, assim como pigmentos carotenoides. Suas células possuem parede celular de celulose e reservam amido em seu interior (semelhante ao que ocorre nos vegetais, com quem compartilham um ancestral exclusivo em comum). Neste grupo de algas há tanto indivíduos unicelulares quanto pluricelulares.
As unicelulares podem possuir flagelos e nadarem livremente, ou formarem colônias. Geralmente são encontradas em ambientes aquáticos, como rios e oceanos, porém podem ser encontradas em solos úmidos ou associadas aos fungos, formando os líquens. Podem se reproduzir por reprodução assexuada (fragmentação nas algas pluricelulares e bipartição nas unicelulares), ou terem ciclos haplodiplobiôntes nas espécies pluricelulares (como as algas do gênero Ulva, conhecidas como alfaces-do-mar). Veja o ciclo reprodutivo da Ulva no esquema a seguir:
Dica 3: Que tal revisar também as principais características dos protozoários e suas classificações? Então, veja este super post com dicas da professora Juliana Santos: https://blogdoenem.com.br/biologia-protozoarios/.
Feofíceas: Também chamadas de feófitas, as algas pardas possuem grande quantidade do pigmento fucoxantina, o que produz sua coloração típica. Essas algas são quase todas marinhas, macroscópicas e pluricelulares. Possuem parede celular de celulose enriquecida com outras substâncias, como a algina, que é utilizada como espessante em gelatinas, pudins e sorvetes. Reservam energia na forma do açúcar laminarina e também em gotas de óleo em seu citoplasma. Podem possuir partes do corpo que se assemelham aos órgãos vegetativos das plantas superiores (raiz, caule e folhas). Neste caso, estas partes do talo são chamadas de rizoides, filoides e cauloides.
Realizam reprodução sexuada, sendo que algumas algas desse grupo possuem ciclo haplodiplobiônticos e outras algas possuem ciclo diplonte. Os exemplares mais conhecidos desse grupo são os sargaços (algas do gênero Sargassum) que possuem bolsas para flutuar, bastante comuns no litoral brasileiro, e as algas do gênero Laminaria, também comuns no litoral brasileiro e comestíveis. Há também as algas do gênero Macrocystis, chamadas popularmente de “sequoias dos mares”, pois podem atingir mais de 100 metros de comprimento.
Dica 4: Unicelular, pluricelular, eucarionte, procarionte, autótrofo, heterótrofo… Isso é “grego”? Não! São termos da biologia essenciais para se dar bem no Enem e nos vestibulares! Que tal revisar? Então veja este super post: https://blogdoenem.com.br/biologia-termos/ .
Rodofíceas: Também chamadas de rodófitas, as algas desse grupo são caracterizadas pela coloração avermelhada produzida pela grande quantidade do pigmento ficoeritrina em suas células. Além deste pigmento, podem também ter carotenoides e clorofila a. Armazenam energia em um carboidrato semelhante ao glicogênio – o amido das florídeas. A grande maioria das algas desse grupo é pluricelular. Todas se reproduzem através do ciclo de vida haplodiplobiôntico. Em sua parede celular, possuem celulose e carragenina.
A carragenina é um carboidrato também utilizado como espessante de alimentos. A partir da parede celular dessas algas é preparado o ágar, um composto com textura gelatinosa utilizado para cultivar microrganismos em laboratório, assim como para fazer cápsulas de medicamentos e moldes dentários. Algumas espécies de algas desse grupo são muito apreciadas na culinária oriental, sendo utilizadas para fazer os sushis (algas nori).
Dica 1: Antes de continuar estudando as algas unicelulares, que tal dar uma revisada nas características gerais do Reino Protista / Protoctista? Então, veja este super post com vídeo-aula do professor Rubens Oda e dicas da professora Juliana Santos: https://blogdoenem.com.br/biologia-reino-protista-protoctista/ .
Para concluir o assunto, veja a vídeo-aula a seguir do nosso Curso Enem Gratuito e fique fera sobre o Reino Protoctista.
E aí, gostou dos vídeos? Beleza! Então, para se dar bem no Enem e nos vestibulares, veja o resumo que preparamos para você:
Agora que você já aprendeu um pouco mais sobre as algas verdes, vermelhas e pardas, que tal testar seus conhecimentos?
1) (UFMG-2007) Os possíveis ancestrais das plantas com flor descendem de um grupo de algas verdes. Considerando-se essa informação, é INCORRETO afirmar que os dois grupos mencionados têm em comum
a) a clorofila como pigmento fotossintetizante.
b) a parede celular com celulose.
c) o glicogênio como fonte de energia.
d) os pigmentos acessórios de diversas cores.
Resposta: C.
2) (PUC-SP) Não é característico das algas verdes:
a) Alimento armazenado como gordura.
b) Núcleo individualizado.
c) Clorofila presente em cloroplastos distintos.
d) Membrana de celulose.
e) Flagelo.
Resposta: A.
3) (UFPA) O ágar, material gelatinoso utilizado nos laboratórios de pesquisa como meio de cultura para germes, é obtido de algas:
a) Verdes.
b) Vermelhas.
c) Pardas.
d) Douradas.
e) Azuis.
Resposta: C.