O ciclo do Primeiro Império começa com a Independência do Brasil, em 1822, e vai até 1831. Já todo o período imperial vai até 1889, quando acontece a Proclamação da República . Revise tudo sobre o Brasil Império e o Primeiro Reinado em mais esta aula preparatória para a prova de História Enem. Cai também nos Vestibulares. Confira abaixo aula gratuita e exercícios para você resolver.
O Primeiro Reinado no Brasil Império – Você está em dia com este conteúdo da História do Brasil? – Pode cair sim no Enem e no Vestibular. Vamos lá revisar? Este ciclo denominado O Primeiro Reinado no Brasil Império começa logo após a Proclamação da Independência do Brasil em relação a Porugal, em 1822, e vai até 1831.
O Primeiro Reinado
O ciclo de 1822 a 1831 foi especialmente conturbado. O país tinha declarado a Independência de Portugal no famoso ‘Grito do Ipiranga’, com o slogan Independência ou Morte, no dia 7 de setembro de 1822. Mas, nem tudo seria fácil depois disso.
Na imagem você tem o Imperador Pedro I num quadro em que ele toca a coroa do Império Brasileiro, cravejada de pedras preciosas. A pintura foi feita em 1825 por Henrique José da Silva (1792-1834). Logo em seguida à Independência de Portugal o imperador auto-proclamado Dom Pedro I tratou de dar continuidade à formação da burocracia do Estado.
O Exército ganhou status de permanência, e a organização política demandou a elaboração de uma nova Constituição para definir os limites e as co petências dos poderes.
Conservadores e Liberais dividiram-se na disputa pelo novo desenho do Estado Brasileiro. A Monarquia gozava de amplo apoio Conservador para um reinado centralizador, enquanto os Liberais desejavam maior autonomia para as províncias e um poder com Monarquia Constitucional.
Resumo sobre o Primeiro Reinado no Brasil
Confira agora com o professor de história Felipe de Oliveira, do canal do Curso Enem Gratuito, uma aula-show sobre Dom Pedro I e o Primeiro Reinado no Brasil
Muito bom este resumo. Veja agora os principais conflitos do período:
Conflitos no Primeiro Reinado:
Foi neste ambiente turbulento após a independência do Brasil de Portugal que foi convocada logo no ano seguinte uma Assembleia Constituinte, em 3 de maio de 1823. O propósito era formar um conjunto de leis para o Império Brasileiro.
Estas leis precisariam contemplar os interesses da aristocracia agrária local, que constituía a força política e econômica da época. Porém, era importante assegurar também a liberdade comercial recém conquistada do Brasil.
Se você precisar fazer uma revisão do processo que levou à Independência do Brasil em relação a Portugal para entender melhor o Primeiro Reinado, veja aqui uma aula gratuita sobre a Independência:
A Constituição da Mandioca
Esta constituição de 1824 ficou conhecida como a “Constituição da Mandioca”, pois assegurava direitos políticos apenas àqueles que pudessem pagar a taxa de 150 alqueires (medida de produtos agrários, utilizada na época) de mandioca. Ou seja, somente os grandes proprietários rurais é que possuíam condições de pagar esta taxa.
Neste contexto, José Bonifácio entrou em desacordo com D. Pedro I, pois não concordava com a postura política do mesmo, que buscava autonomia absoluta no poder do Brasil. Em 12 de novembro de 1823, D. Pedro I, apoiado pelos militares e pelo Partido Português, deu um golpe, desfazendo a Assembleia Constituinte à força e impôs uma nova constituição, em 1824.
O Poder Moderador
– A Constituição de 1824, elaborada por um Conselho de Estado convocado por D. Pedro I, possuía uma característica peculiar: o poder moderador. Este poder permitia que D. Pedro I exercesse poder absoluto, podendo vetar decisões das demais instâncias políticas do governo.
Estas fortes tendências autoritárias do imperador causaram tensões políticas, uma vez que o imperador deixou de lado interesses da aristocracia agrária.
De um lado grupos liberais, compostos por brasileiros, e de outro, grupos conservadores, compostos principalmente por portugueses que apoiavam o imperador. A Inglaterra também apoiava D. Pedro I, pois a figura autoritária de um imperador era positiva, na medida em que mantinha a unidade do vasto império brasileiro, garantindo um forte mercado consumidor dos produtos ingleses.
A Independência do Brasil
Veja agora no resumo especial os principais aspectos da Independência do Brasil em relação a Portugal, em 1822:
A Confederação do Equador
Olinda e Recife recusaram-se a aceitar a Constituição Outorgada de 1824. Figuras importantes, como Cipriano Barata, Frei Caneca e Pais de Andrade apoiaram este movimento contra o autoritarismo de D. Pedro I.
É importante lembrar que neste contexto a situação do nordeste era complicada. O açúcar (forte produto da região) não estava conseguindo competir com o açúcar de beterraba europeu, o que gerou uma crise na economia da região.
Outro fator a ser destacado é que, quando esta agitação política cresceu, muitos negros e mulatos envolveram-se, o que afastou a aristocracia rural liberal do movimento. Essa divisão enfraqueceu o movimento, facilitando a ação repressiva do império, causando a derrota e morte dos líderes revolucionários.
Política externa no Primeiro Reinado
A aceitação da independência do Brasil foi gradual. Vale destacar o caso de Portugal, que só reconheceu a independência brasileira após receber a indenização de 2 milhões de libras esterlinas, paga através de empréstimo concedido ao Brasil, pela Inglaterra. Ou seja, o Brasil pagou pela independência que já havia conquistado, o que gerou grandes dívidas externas com a Inglaterra.
A guerra pela Província Cisplatina
O conflito teve início quando, em 1825, Juan Antonio Lavalleja tomou a região da Cisplatina (atual Uruguai) e a tornou independente do Brasil, anunciando ligação com a Argentina. D. Pedro resolveu declarar guerra à Argentina.A Inglaterra interveio no conflito, pressionando o Brasil e a Argentina a assinar um acordo de paz. Veja na imagem acima imagem do conflito eternizada pelo pintor uruguaio Juan Manuel Blanes (1830-1901), de 1877.
A guerra durou até 1828, e o exército brasileiro foi derrotado, gerando grandes prejuízos pelos enormes gastos e empréstimos, além do grande número de soldados mortos. A província Cisplatina conseguiu declarar a sua independência, tornando-se a República Oriental do Uruguai.
Fim do Primeiro Reinado
No fim do Primeiro Reinado, o Brasil encontrava-se endividado, e D. Pedro I tinha conquistado má fama por conta de suas tendências autoritárias e suas decisões políticas. Havia um clima “antiportuguês”, pois existiam cada vez mais atritos entre o imperador e os políticos brasileiros.
Em Portugal, a disputa pelo trono português atraiu a atenção de D. Pedro I, o que causou ainda mais insatisfação dos brasileiros.
Em 13 de março de 1831, ocorreu a “Noite das Garrafadas”, noite em que brasileiros foram agredidos a garrafadas pelos portugueses partidários de D. Pedro I. Este foi o golpe final do Primeiro Reinado, pois, na madrugada do dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou o trono em favor do seu filho de 5 anos.
Resumo sobre o Império no Brasil
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Exercícios sobre o Primeiro Reinado
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Questão 01
Qual país europeu envolveu-se diretamente nos acontecimentos políticos e econômicos do Brasil no período do Primeiro Reinado?
a) Espanha
b) França
c) Portugal
d) Inglaterra
e) Holanda
Questão 02
Quais províncias que se recusaram a aceitar a carta constitucional outorgada de 1824, originando o conflito que ficou conhecido como “Confederação do Equador”?
a) Olinda e Recife
b) Pernambuco e Bahia
c) São Paulo e Rio de Janeiro
d) Cisplatina e Rio Grande do Sul
e) Espírito Santo e Minas Gerais.
Questão 03
O fuzilamento de Frei Caneca está ligado ao seguinte fato da História do Brasil:
a) Inconfidência Mineira
b) Confederação do Equador
c) Revolta dos Canudos
d) A Praieira
e) Revolução Farroupilha
Questão 04
A organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou no projeto do grupo:
a) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.
b) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão.
c) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembleia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social.
d) cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.
e) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.
Questão 05
(UFPR) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos abaixo:
I. A imigração europeéia para o Brasil ocorrida nesse período
II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação, e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.
III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembleéia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.
IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI.
Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em:
a) I, II e III somente.
b) I, III e IV somente.
c) III e IV somente.
d) II, III e IV somente.
e) I e II somente
Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender!