Não deixe para estudar para o Enem na última hora, é conteúdo de todo o ensino médio! E para o conteúdo de hoje: Biologia Enem com Tipos Sanguíneos ABO e Fator Rh. Veja abaixo.
Você já parou para pensar no seu tipo de sangue? Você sabe se você é tipo A, B, AB, ou se é tipo O? E o fator RH, você sabe se é Positivo ou Negativo? Confira os tipos sanguíneos e as classificações.
Todos estes aspectos são conteúdos recorrentes de Biologia para o Enem e os vestibulares. E valem para a vida também.
Afinal, quando temos campanhas de doação de sangue é muito importante que você saiba como pode ajudar os bancos de sangue do país. Então, para você mandar bem no Enem e na vida, com você os Tipos Sanguíneos e classificações ABO e RH.
Para começar, que tal uma aula em vídeo do Curso Enem Gratuito? Aproveite!
Até o início do século XX, as transfusões sanguíneas eram evitadas, uma vez que em muitos casos elas faziam o efeito contrário ao esperado: em vez de salvar o paciente, acabavam matando-o mais depressa. Veja as causas e como tudo mudou com a descoberta dos tipos de sangue ABO e os Fatores Sanguíneos.
Porém, no ano de 1900, o cientista austríaco Karl Landsteiner marca uma nova era que vale até os dias de hoje com o estudo dos tipos de sangue e os Fatores Sanguíneos. Ele misturou amostras de sangue de várias pessoas e verificou que, em algumas destas amostras, as hemácias se juntavam, aglutinando-se.
A partir desses estudos surgem o sistema de classsificação sanguínea de Tipos ABO. Sandsteiner concluiu que existiam quatro tipos sanguíneos: A, B, O e AB.
Após quarenta anos, Landsteiner e sua equipe fizeram outra descoberta importante: ao injetar hemácias de macacos da espécie Macaca rhesus em coelhos, estes animais passavam a produzir anticorpos contra as hemácias dos rhesus – anticorpos “anti-Rh”. Após este experimento com os macados a equipe produziu um soro com os anticorpos anti-Rh e testou em células humanas.
Com isso, perceberam que 85% das amostras apresentavam aglutinação. Isto significava que nas hemácias humanas também deveria haver outro antígeno que reagia com os anticorpos anti-Rh: os aglutinogênios Rh.
Dessa maneira, foi estabelecido que as pessoas que tinham sangue que reagia ao soro com aglutinação teriam o aglutinogênio Rh, sendo positivas para este fator (Rh+).
Já as pessoas cujo sangue não se aglutinava na presença dos anticorpos, foram consideradas negativas para este fator (Rh-). Compreendeu? É um sistema de raciocínio lógico. Leia novamente que você aprende.
Dica 1: Antes de estudar os sistemas Rh e MN, que tal dar uma revisadinha no sistema ABO? Então veja este super post com vídeo-aula do professor Hélio Apóstolo, do canal Revolução Educacional, e dicas da professora Juliana Evelyn dos Santos: https://blogdoenem.com.br/biologia-genetica-polialelia-abo/
Fatores Sanguíneos: Fator Rh e Fator MN
Agora, para fixar o conteúdo e entender um pouco melhor o mecanismo de herança dos fatores sanguíneos Rh e MN, veja o texto que preparamos para você: Herança do fator Rh: A herança do fator Rh é considerada um mecanismo de dominância completa. O gene dominante D condiciona a produção de aglutinogênios Rh na superfície das hemácias. Já o gene recessivo d condiciona a ausência desse antígeno. Logo, os fenótipos e genótipos do fator Rh serão:
Tipo sanguíneo | Fenótipo | Genótipo |
Rh+ |
Possui aglutinogênios Rh nas hemácias. |
DD ou Dd |
Rh- |
Não possui aglutinogênios Rh nas hemácias. |
dd |
Atenção: Quando estamos considerando o sistema ABO, um dos fenótipos apresentados é a produção de anticorpos ou aglutininas contrárias ao tipo sanguíneo do indivíduo, por exemplo: sangue A produz anti-B. A produção destes anticorpos ocorre mesmo que a pessoa nunca tenha entrado em contato com outro tipo sanguíneo.
Na verdade, somos estimulados a produzir estas aglutininas, pois naturalmente possuímos bactérias intestinais que possuem glicoproteínas em suas superfícies semelhantes aos aglutinogênios. Dessa maneira, somos sensibilizados para estes antígenos. Com o fator Rh isto não acontece. Não há sensibilização prévia contra o Rh. Portanto, pessoas Rh- não terão naturalmente aglutininas anti-Rh, isto somente ocorrerá se estas pessoas receberem sangue Rh+. Compreendeu a importância dos Fatores Sangúineos?
Dica 2: Que tal revisar a 1ª lei de Mendel e o mecanismo de dominância completa? Veja este post com vídeo-aula e super dicas sobre o assunto: https://blogdoenem.com.br/biologia-genetica-lei-mendel/
Eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido:
Esta doença da Eritroblastose Feral ocorre em filhos com Rh+ nascidos de mães de Rh-. Alguns dias antes do nascimento ou no momento do parto, o sangue do feto pode efetivamente entrar em contato com o sangue da mãe, sensibilizando-o e o estimulando a produzir aglutinina anti-Rh. Esta produção de anticorpos não é imediata, por tal motivo, o feto em questão não será afetado.
Porém, se esta mulher que foi sensibilizada tiver uma nova gravidez de um feto Rh+, os anticorpos maternos já concentrados no sangue poderão atravessar a placenta e podem provocar aglutinação nas hemácias do feto, que serão fagocitadas e destruídas.
Dessa maneira, ao nascer, a criança apresenta anemia e icterícia (pela bastante amarelada), pois a hemoglobina degradada é transformada em bilirrubina (pigmento amarelo) que se deposita nos tecidos. Caso a bilirrubina venha a se depositar no cérebro, o feto pode ter problemas mentais e surdez. Nos casos mais graves, leva ao aborto ou óbito do recém-nascido. A destruição das hemácias nestas crianças faz com que seus tecidos produtores de sangue joguem na corrente sanguínea hemácias ainda jovens, chamadas de eritroblastos, daí vem o nome da doença.
Para prevenir a eritroblastose fetal, mães Rh- que tenham tido um filho Rh+ precisam receber um soro com aglutininas anti-Rh até três dias após o parto. Isto vai aglutinar as hemácias do feto que estão circulando pelo sangue da mãe e evitará que seu sistema de defesa seja ativado e produza anticorpos anti-Rh.
Observação: Não há problemas quando a incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto é relativa ao sistema ABO. Isto não ocorre, pois as aglutininas do sistema ABO não conseguem passar pela placenta.
Sistema MN: Também descoberto pela equipe de Landsteiner, esse sistema mostra que além dos antígenos ABO e Rh, há também na superfície das hemácias proteínas M e N. Para este sistema, temos três tipos sanguíneos diferentes: M, N e MN. A produção de proteínas M é definida pelo gene M, já a de proteínas N é definida pelo gene N. Esse dois genes são codominantes. Por tal motivo, quando ambos os alelos estão presentes no genótipo do indivíduo, ambos serão expressos, produzindo o fenótipo MN.
Tipo sanguíneo | Fenótipo | Genótipo |
M |
Possui proteínas M em suas hemácias |
MM |
N |
Possui proteínas N em suas hemácias |
NN |
MN |
Possui proteínas M e N em suas hemácias |
MN |
Este sistema MN não é levado em consideração durante as transfusões sanguíneas, pois a produção de anticorpos anti-M ou anti-N é muito baixa.
Confira esta aula da professora Elisa Rubini Cini com excelente explicação sobre os grupos sanguíneos, transfusões e quais são as combinações possíveis e o que as letras ABO significam. É aula gratuita, disponível no Youtube. Depois faça a bateria de exercícios ao final desta página para testar seus conhecimentos.
Exercícios para detonar Tipos Sanguíneos no Enem:
1.Num banco de sangue foram selecionados os seguintes doadores: grupo AB – 5; grupo A – 8; grupo B – 3; grupo O – 12. O primeiro pedido de doação partiu de um hospital que tinha dois pacientes nas seguintes condições:
Paciente I: possui ambos os tipos de aglutininas no plasma.
Paciente II: possui apenas um tipo de antígeno nas hemáceas e aglutinina b no plasma.
Quantos doadores estavam disponíveis para os pacientes I e II, respectivamente?
- a) 5 e 11
- b) 12 e 12
- c) 8 e 3
- d) 12 e 20
- e) 28 e 11
2. Uma mulher recebeu uma transfusão sangüínea. Seu primeiro filho nasce com eritroblastose fetal. Classifique, quanto ao grupo sangüíneo Rh , a mulher, seu marido, a criança e o sangue que a mulher recebeu na transfusão:
a) Rh-, Rh+, Rh-, Rh-
b) Rh-, Rh+, Rh+, Rh+
c) Rh-, Rh+, Rh-, Rh+
d) Rh-, Rh-, Rh+, Rh-
e) Rh+, Rh-, Rh-, Rh+
3. (PUCC-SP) Mariazinha, criança abandonada, foi adotada por um casal. Um ano mais tarde, Antônio e Joana, dizendo serem seus verdadeiros pais, vêm reclamar a filha. No intuito de comprovar a veracidade dos fatos, foi exigido um exame do tipo sangüíneo dos supostos pais, bem como de Mariazinha. Os resultados foram:
Antônio B, Rh+; Joana A, Rh-; Mariazinha O, Rh-.
Você concluiria que:
a) Mariazinha pode ser filha de Joana, mas não de Antônio.
b) Mariazinha não é filha do casal.
c) Mariazinha é filha do casal.
d) Existe a possibilidade de Mariazinha ser filha do casal, mas não se pode afirmar.
e) Mariazinha pode ser filha de Antônio, mas não de Joana.
4. (FEI-SP) Para que ocorra a possibilidade da eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém-nascido) é preciso que o pai, a mãe e o filho tenham respectivamente, os tipos sanguíneos:
a) Rh+, Rh-, Rh+
b) Rh+, Rh-, Rh-
c) Rh+, Rh+, Rh+
d) Rh+, Rh+, Rh-
e) Rh-, Rh+, Rh+
Resposta 1: D
Resposta 2: B
Resposta 3: C
Resposta 4: A
Agora você já sabe tudo de Fator Rh do sangue, para quem você pode doar e de quem você pode receber. Se cair isso no Enem você vai dar risada e marcar a alternativa certa!
Conte com a gente que aqui é só sangue bom! 😀