A Guerra dos Emboabas no Ciclo do Ouro: Brasil Colonial

Vamos rever o conteúdo sobre a guerra dos emboabas? Nesta aula você fica sabendo como e porque esta disputa pelo ouro agitou a região mineradora das Minas Gerais:

No final do século XVII os Bandeirantes encontraram Ouro no interior do Brasil o que a Coroa portuguesa almejava desde o início da colonização: as riquezas minerais.

A descoberta de ouro trouxe profundas transformações econômicas e sociais à Colônia. O aumento do controle do Estado português sobre o Brasil foi a característica marcante deste período.

Dica 1 – Esqueceu quem foram os bandeirantes? Então acesse este post especial que o Blog do Enem preparou para você e fique por dentro deste conteúdo. https://blogdoenem.com.br/historia-conquista-sertao/ As principais áreas mineradoras se localizavam no atual estado de Minas Gerais.

O Estado de Minas Gerais recebeu este nome em virtude do ouro encontrado nesta região não estar concentrado em apenas um lugar, mas espalhado em várias áreas?Daí o nome de “Minas Gerais”.

A notícia de que havia ouro no Brasil fez com que milhares de pessoas se dirigissem para a região das minas: bandeirantes paulistas, funcionários da Coroa, pequenos proprietários de terra, baianos, pernambucanos, fluminenses, estrangeiros etc.

Veja a Escravidão no Ciclo do Ouro

Todos queriam “tentar a sorte” nas minas e enriquecer com a exploração do ouro. Observe o quanto a população da colônia aumentou entre os anos 1690 a 1798.Guerra dos emboabas: a disputa pelo ouro no Brasil Colônia - História Fonte: EDITORA MODERNA. Projeto Araribá: História 8º. ano. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 36.

Muitos povoados formaram-se próximos às áreas mineradoras e o centro econômico, antes o Nordeste brasileiro, deslocou-se para o Centro-Sul. Alem disso, muitos conflitos ocorreram por causa da descoberta de ouro. 

Dica do Blog –  Você sabe por que o Nordeste brasileiro era considerado o centro econômico da colônia antes da descoberta de ouro? Não? Então, o que está esperando? Acesse aula gratuita sobre o Ciclo da Cana de Açúcar: https://blogdoenem.com.br/economia-acucareira-brasil-colonial/

Os bandeirantes paulistas queriam ser os únicos a explorar as minas de ouro por eles encontradas e os chamados “forasteiros” desejavam o mesmo. Você já deve estar imaginando o que ocorreu: uma guerra pela disputa do ouro!

A Guerra dos Emboabas

A Guerra dos Emboabas (1707-1709)  foi uma guerra dos emboabas contra os paulistas – terminou com a vitória dos emboabas, liderados pelo comerciante português Manuel Nunes Viana, e a saída dos paulistas da região das minas. Veja no resumo como a Guerra dos Emboabas se encaixa dentro das Revoltas Coloniais:

Você sabe por que o nome Guerra dos Emboabas? Não? Então, preste atenção!

Os forasteiros (vindos de diversos pontos da colônia e de Portugal) receberam o apelido de emboabas – palavra tupi que significa “aves de pés emplumados”. É uma espécie de pássaro coberto de penas até os pés. Era um apelido pejorativo, um xingamento.

Estes recém chegados, portanto, receberam este nome porque precisavam se proteger com calças grossas, botas pesadas e eram mais lentos nos deslocamentos na mata do que os paulistas, acostumados a viver pela região, a caminhar com rapidez pelas trilhas, descalços, da maneira que tinham aprendido com os indígenas. Além disso, eram de outras regiões.

Observe abaixo as áreas mineradoras entre os anos de 1711 e 1798.Ao perderem a guerra os paulistas foram procurar metais preciosos em outras áreas (Goiás e Mato Grosso). Outros se dirigiram para o sul da colônia e passaram a criar gado.Guerra dos emboabas: a disputa pelo ouro no Brasil Colônia - História Fonte: EDITORA MODERNA. Projeto Araribá: História 8º. ano. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 36 e 38.

Mas, você deve estar se perguntando: – E o governo português, o que fez?

Interessado em resolver a situação que prejudicou o trabalho nas minas e desejando que os paulistas continuassem a procurar novas áreas mineradoras, o governo português concedeu anistia a todos os envolvidos no conflito e criou a capitania das Minas Gerais, com capital na Vila Rica de Ouro Preto.

Sua intenção era separar a região das minas da capitania de São Paulo e se livrar da concorrência dos paulistas. Isto possibilitou à Coroa controlar diretamente a rica região das minas. Que tal assistir agora a uma super revisão sobre este tema?

Exercícios sobre O Ciclo do Ouro – Agora chegou a sua vez!

Responda a estas questões de vestibular que o Blog do Enem preparou para você.

1. (FATEC) “Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa.” (André João Antonil, “Cultura e opulência no Brasil por suas drogas e minas”.)

Nesse retrato descrito pelo jesuíta Antonil, no início do século XVIII, o Brasil colônia vivia o momento

a) (     ) do avanço do café na região do Vale do Ribeira e em Minas Gerais. Portugal, no início do século XVIII, percebeu a importância do café como a grande riqueza da colônia, passou então a enviar mais escravos para essa região e a controlá-la com maior rigor.
b) (     ) da decadência do cultivo da cana-de-açúcar no nordeste. Em substituição a esse ciclo, a metrópole passou a investir no algodão; para tanto, estimulou a migração de colonos para a região do Amazonas e do Pará. Os bandeirantes tiveram importante papel nesse período por escravizar indígenas, a mão-de-obra usada nesse cultivo.
c) (     ) da descoberta de ouro e pedras preciosas no interior da Colônia. A Metrópole, desde o início do século XVIII, buscou regularizar a distribuição das áreas a serem exploradas; como forma de impedir o contrabando e recolher os impostos, criou um aparelho administrativo e fiscal, deslocando soldados para a região das minas.
d) (     ) da chegada dos bandeirantes à região das minas gerais. Os bandeirantes descobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se viu obrigada a impedir a corrida do ouro; para tanto, criou leis impedindo o trânsito indiscriminado de pessoas na região, deixando os bandeirantes como os guardiões das minas.
e) (     ) do esgotamento do ouro na região das minas. Sua difícil extração levou pessoas de diferentes condições sociais para as minas, em busca de trabalho, e seu esgotamento dividiu a região em dois grupos – de um lado, os paulistas, e, de outro, os forasteiros, culminando no conflito chamado de Guerra dos Emboabas.

Resposta: a resposta correta é a letra “c”.

Na questão abaixo aproveite para revisar o que você já sabe sobre a exploração do pau-brasil e do açúcar no Brasil Colônia e bons estudos!

2. (ULBRA – RS) Relacione as colunas levando em consideração informações sobre o Brasil Colônia:

1. Exploração do pau-brasil
2. Exploração do Açúcar
3. Extração do ouro

(     ) ação litorânea envolvendo a mão-de-obra indígena.
(     ) aguçou o interesse holandês no Brasil, propiciando a invasão batava no Nordeste.
(     ) produção vinculada à existência de latifúndios.
(     ) deslocou o eixo de atenção do Nordeste para o Sudeste e estimulou atividades econômicas em outras regiões do país.
(     ) a organização visava à monocultura para a exportação.

a) 1, 3, 2, 2, 3
b) 2, 2, 3, 3, 1
c) 1, 2, 2, 3, 2
d) 2, 1, 2, 3, 2
e) 3, 3, 1, 2, 2

Resposta: a resposta correta é a letra “c”.

Veja o Ciclo do Ouro

A melhor dica para você começar bem este resumo é ver com o professor Felipe uma aula bem-humorada sobre o Ciclo do Ouro no Brasil Colonial. Confira:

Mandou bem o professor Felipe para você entender como foram os primeiros tempos da Mineração e do Garimpo no Brasil. E têm mais aulas com ele no canal do Curso Enem Gratuito.

Carla Regina História
O texto desta aula foi preparado pela professora Carla Regina da Silva para o Blog do Enem. Carla é formada em licenciatura e bacharelado em História pela UFSC. https://www.facebook.com/carla.regina.779.
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