A Economia Açucareira do Brasil Colonial: história Enem e Encceja
Naquela época o açúcar era um produto nobre, raro e caro para os europeus. A produção no Brasil utilizava mão-de-obra escrava, tinha terras férteis e clima favorável. Os europeus investiram pesado e tiraram muitos lucros durante o Ciclo da Cana de Açúcar. Veja aula gratuita com Simulado.
O açúcar era um produto muito apreciado pelos europeus e também um dos mais caros. Até o final do século XIV era utilizado na Europa como remédio ou tempero exótico. A partir do final do século XV o açúcar se tornara um produto de consumo da nobreza e da burguesia europeias. Era chegado o tempo da Economia Açucareira no Brasil. Veja a aula e responda o Simulado no final!
Você sabia que devido a seu alto valor no mercado, porções de açúcar eram, muitas vezes, deixadas como herança em testamentos? Ou dadas como presente a reis e nobres? Com isso dá para você imaginar como este produto gerou enormes lucros para Portugal. Agora fica fácil de você entender por que a Coroa portuguesa decidiu produzir cana-de-açúcar no Brasil quando decidiu colonizar as terras brasileiras:
O açúcar alcançava altos preços na Europa;
O solo e o clima favoráveis do litoral propiciaram o cultivo da cana;
Os portugueses já tinham experiência no cultivo de cana-de-açúcar e na montagem de engenhos porque desde o século XV produziam açúcar nas ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde.
Se liga na dica? Assim como o Enem, vários vestibulares de todo o Brasil fazem questões sobre as características da produção de açúcar no Brasil colonial quanto: ao tipo de cultura, a extensão de terra, a mão de obra e ao mercado consumidor.
A Economia Açucareira no Brasil
Confira agora com a professora Ana Cristina Peron, do canal do Curso Enem Gratuito, as dicas básicas para você mandar bem na prova quando as questões abordagem o Brasil Colonial, em especial o Ciclo da Cana de Açucar.
O açúcar brasileiro foi um produto muito forte economicamente no período colonial, já que não podia ser produzido na Europa por fatores climáticos.
Apesar disso, era consumido pela nobreza e pela rica burguesia em forma de doces, remédios e utilizado para conservação de alimentos. Por conta desta alta procura e baixa oferta, a economia açucareira tornou-se um setor muito lucrativo para produtores e investidores.
O Ciclo da cana de açúcar no Brasil, como é conhecido o período da economia açucareira na época do Brasil colonial, começou na metade do século XVI, e durou até à primeira metade do século XVIII.
A cana-de-açúcar foi tão explorada que se tornou responsável por movimentar outra grande economia: o tráfico de milhões de africanos através do Atlântico.
Nesta aula acima, a professora Ana Cristina te explica mais sobre o ciclo da cana de açúcar no Brasil. Bora!
Que tal ver agora como era o processo de fabricação do açúcar? Observe a imagem acima e preste atenção nas etapas de produção do chamado “ouro branco”.
Mas, você deve estar se perguntando: Quanto custava para se instalar um engenho de cana? Bem, não era nada barato montar um engenho! Como o governo português não tinha recursos necessários para financiar este empreendimento, o dinheiro aplicado nos primeiros engenhos foi emprestado por banqueiros holandeses (na época, os mais ricos da Europa) e italianos, mas, algum tempo depois, os senhores de engenho produziam açúcar com seus próprios recursos.
Os holandeses exigiram o direito de refinar o açúcar e vendê-lo no mercado europeu. Além disso, recebiam os juros cobrados pelos empréstimos ficando com a maior parte dos lucros. Era nos engenhos que se desenvolvia a produção da cana. Moendas, caldeiras, tachos, fôrmas, depósitos e outras instalações davam um caráter fabril ao espaço.
Aula Gratuita sobre o Brasil Colonial
Para você compreender bem o contexto da Economia Açucareira a dica do Blog do Enem é você assistir agora a uma aula (rápida) sobre as características do Brasil Colonial. É com o professor Felipe Oliveira, do canal Curso Enem Gratuito. Veja, e depois siga no texto para entender o que era um Engenho de Açúcar naquela época.
Gostou da aula? Show! Então, agora vamos ao Engenho de Açúcar:
Você sabia que inicialmente o engenho era o nome dado ao equipamento usado na fabricação do açúcar? E que com o tempo passou a designar toda a fazenda de cana? Não?
Então observe a imagem e fique atento à divisão de um engenho típico do Nordeste açucareiro.
– casa-grande (moradia do senhor de engenho);
– capela (onde se realizavam batizados, missas etc.);
– senzala (moradia dos escravos);
– roda d’água;
– moenda (onde a cana era moída);
– fornalha;
– cozimento do caldo;
– casa de purgar (onde o melado permanecia até cristalizar);
– roça (onde se plantavam os alimentos);
– moradia dos trabalhadores livres;
– canavial;
– transporte de lenha;
– transporte de cana.
Fonte: RODRIGUEZ, Joelza Ester Domingues. História em documento: imagem e texto, 7º. ano. Ed. renovada. São Paulo: FTD, 2009. p. 243.
A cana era produzida em grande quantidade (monocultura) e em grandes extensões de terra (latifúndios) com mão de obra escrava (inicialmente indígena e depois africana) para atender ao mercado externo.
Simulado Enem Online: A Economia Açucareira
Teste o seu nível em 10 questões online. O gabarito do Simulado sobre o Brasil Colonial da Economia Açucareira sai na hora, com aulas de reforço para os temas que você não acertar.
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(Mackenzie SP/2017)
No Brasil do século XVI, a sociedade tinha, no engenho, o centro de sua organização.
Assinale a alternativa que NÃO atesta a importância do engenho no período colonial.
Correto
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Incorreto
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(PUC RS/2017)
Sobre o processo de exploração colonial do Brasil por Portugal, é correto afirmar:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UNIFOR CE/2017)
O Complexo Econômico Nordestino estruturou-se no Nordeste do Brasil ao longo dos séculos XVI e XVII, a partir da produção de cana de açúcar para exportação. Esta produção articulou-se com a pecuária no interior da região. Sobre este período da história econômica do Brasil pode-se afirmar que:
I. O aproveitamento do escravo indígena revelou-se inviável na escala requerida, o que levou ao aprofundamento da importação de africanos.
II. A criação de gado no interior do Nordeste ocorreu, especialmente, para abastecer a região açucareira de carne e animais de tiro.
III. O crescimento destas economias se dava intensivamente incorporando as mais modernas técnicas produtivas.
IV. As “Invasões Holandesas” foram consequências do alto interesse comercial e financeiro dos holandeses no negócio do açúcar.
V. O desenvolvimento de uma economia açucareira nas Antilhas, depois da expulsão dos holandeses do Brasil, em nada prejudicou o florescimento da Região Nordeste do Brasil.
Está correto o que se afirma em:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UNCISAL AL/2017)
Quanto à economia no século XVI no Brasil, dadas as afirmativas,
I. A agromanufatura do açúcar forneceu a base econômica para a valorização colonial do Brasil.
II. Ao açúcar subordinavam-se o extrativismo do pau-brasil e a pecuária.
III. A utilização, em larga escala, de trabalhadores escravos, a disponibilidade de terras e a expansão do setor de consumo externo concorreram para o enriquecimento da classe proprietária e da burguesia comercial portuguesa e flamenga.
IV. Ainda, nesse período, persistiam os interesses metalistas.
verifica-se que está(ão) correta(s)
Correto
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Incorreto
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UNCISAL AL/2017)
No Brasil colônia, o responsável pela produção açucareira – o senhor de engenho – tinha enorme prestígio social. Era um tipo de “nobre da terra”, um membro da “açucarocracia”, que produzia a partir de um modelo centrado nos princípios capitalistas de produção da época. A agricultura assentava-se sobre o latifúndio monocultor, escravista e exportador.
VAINFAS, Ronaldo (Dir.). Dicionário do Brasil colonial.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (adaptado).
O modo de produção descrito no texto é conhecido como
Correto
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Incorreto
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UECE/2017)
Enquanto na maioria das regiões do Brasil as primeiras vilas e cidades surgiram no litoral (Igaraçu e Olinda, em Pernambuco; Vila do Pereira, Ilhéus, Santa Cruz e Porto Seguro, na Bahia, e São Vicente, Cananeia e Santos, em São Paulo), no Ceará, os povoados e as primeiras vilas surgiram tanto no litoral (Aquiraz em 1700 e Fortaleza, ocupada desde 1603 e elevada à categoria de vila em 1726) quanto no interior (Icó, colonizada desde 1683 e elevada à categoria de vila em 1738).
Com relação a esses fatos, é INCORRETO dizer que
Correto
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Incorreto
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(PUCCamp SP/2017)
TEXTO:
As colônias que se formaram na América portuguesa tiveram, desde o século XVI, o caráter de sociedades escravistas. Com o passar do tempo, consolidaram-se em todas elas algumas práticas relacionadas à escravidão que ajudaram a cimentar a unidade e a própria identidade dos colonos luso-brasileiros. Dentre essas práticas, ressalta-se a combinação entre um avultado tráfico negreiro gerido a partir dos portos brasileiros e altas taxas de alforria.
(BERBEL, Márcia; MARQUESE, Rafael e PARRON, Tâmis. Escravidão e política. Brasil e Cuba, c. 1790-1850. São Paulo: Hucitec/Fapesp. 2010. p. 178-179)
Os holandeses, durante o governo de Maurício de Nassau, lançaram mão de algumas estratégias ao se relacionarem com os colonos luso-brasileiros durante o período em que dominaram parte do Nordeste brasileiro, no século XVII. Dentre essas estratégias, incluem-se
Correto
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Incorreto
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(PUCCamp SP/2017)
TEXTO:
Mais do que resultante de acasos e similares, como aconteceu a muitos países, o Brasil é produto de uma obra. Em sua primeira parte, feita à medida e semelhança do colonizador. Depois, conduzida pela classe dominante dele herdeira, no melhor e sobretudo no pior da herança. O sistema aí nascente projetou-se na história como um processo sem interrupção, sem sequer solavancos. Escravocrata por tanto tempo, fez a abolição mais conveniente à classe dominante, não aos ex-escravizados. A República trouxe recusas superficiais ao Império, ficando a expansão republicana do poder e dos direitos reduzida, no máximo, a farsas, a começar do método fraudador das “eleições a bico de pena”.
(FREITAS, Jânio de. Folha de S. Paulo, 30/04/2017)
Sobre a obra colonizadora, a que o texto de Jânio de Freitas se refere, é correto afirmar que a
Correto
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Incorreto
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UNIC MT/2017)
O período colonial brasileiro estendeu-se do século XVI ao início do século XIX, apresentando, entre suas características,
Correto
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Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo nesta aula para acertar na hora da prova!
Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UNITAU SP/2017)
“A sede insaciável do ouro estimulou a tantos deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se poderá dar conta do número das pessoas que atualmente lá estão. Contudo, os que assistiram nela nestes últimos anos por largo tempo, e as correram todas, dizem que mais de trinta mil almas se ocupam, umas a catar, e outras a mandar catar nos ribeiros do ouro, e outras a negociar, vendendo e comprando o que se há mister não só para a vida, mas para o regalo […]”.
ANTONIL, André João, 1711, Cultura e opulência do Brasil
por suas drogas e minas. Lisboa: CNCDP, 2001, p. 242.
Sobre o impacto da descoberta das minas no Brasil colonial, é INCORRETO afirmar:
Correto
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Incorreto
Resposta incorreta. Revise o conteúdo nesta aula para acertar na hora da prova!
Que tal ficar ainda mais por dentro deste assunto assistindo a uma aula do Professor Felipe Oliveira, do canal Curso Enem Gratuito, sobre a importância do açúcar no contexto do Mercantilismo?
Exercícios sobre o Ciclo da Cana de Açúcar
Exercícios – Agora chegou a sua vez! Responda a estas duas questões de vestibular que o Blog do Enem preparou para você.
1. (FUVEST) A produção de açúcar, no Brasil colonial:
a) ( ) possibilitou o povoamento e a ocupação de todo o território nacional, enriquecendo grande parte da população.
b) ( ) praticada por grandes, médios e pequenos lavradores, permitiu a formação de uma sólida classe média rural.
c) ( ) consolidou no Nordeste uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.
d) ( ) desde o início garantiu o enriquecimento da região sul do país e foi a base econômica de sua hegemonia na República.
e) ( ) não exigindo muitos braços, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.
Resposta: A alternativa correta é a letra “c”.
2. (ENEM 2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
(CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996)
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de
a) ( ) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b) ( ) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c) ( ) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
d) ( ) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.
Resposta: A alternativa correta é a letra “a”.
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