Veja como identificar e analisar imagens, tirinhas, subtextos e figuras de linguagem na hora de fazer a Interpretação de Texto nas provas do Enem, do Encceja ou do Vestibular. Muita calma nesta hora para não cair em pegadinhas, e nem fazer com pressa sem prestar atenção. Confira abaixo.
Se você não conseguir ‘ler’ e ‘entender’ o enunciado das questões, nada feito. Sem chances nas provas. Então, vamos para uma ‘Conversa Inicial’ sobre as dificuldades que a maioria das pessoas tem para fazer a Interpretação de Texto da maneira correta no Enem e no Vestibular. Vamos juntos.
Antes de entrarmos no assunto de interpretação de texto é preciso destacar nesta aula sobre as operações do que é de fato essencial: Para compreender, analisar e interpretar um texto devemos ter clareza de que há dois tipos de texto: o literário e o não literário (técnico). Tudo isso é importante para fazer bem a interpretação correta.
Por que pensar nisso tudo? Ora, o texto literário é plurissignificativo e merece – portanto – um olhar diferenciado em sua leitura. Isso porque ele apresenta a função poética, há um compromisso com a arte.
Nesse tipo de texto (literário) encontramos a licença poética. Ou seja, a autorização que o autor possui para fugir da norma padrão. Não em razão de não conhecê-la, mas a transgressão é fruto de algo que o autor deseja dizer ao seu leitor.
Já, nos textos técnicos, a linguagem deve ser denotativa, com isso encontramos a objetividade, clareza, exatidão e norma padrão culta, constituindo elementos essenciais para a elaboração do texto. Assim, queremos deixar clara a importância do olhar diferenciado para a leitura e interpretação de texto literário,de textos técnicos, não-literários.
Veja aula gratuita de Interpretação de Texto
Todo ano caem nas provas questões com Charges ou Imagens para que os candidatos “interpretem o texto”‘ que elas carregam em si. Veja resumo gratuito para você aprender e mandar bem:
Muito bom este resumo! Agora, vamos continuar.
Desvendando Operações e Habilidades para Interpretação de Texto
Nas provas mais recentes do Enem e dos vestibulares você é convidado a enfrentar novos desafios, e esses já se iniciam pelos enunciados das questões, sejam elas das áreas Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Linguagens, Códigos e suas tecnologias.
Assim, nesta aula você aprenderá a lidar com operações e habilidades valorizadas na matriz da prova do Enem e dos vestibulares na interpretação de texto das questões.
Você vai aprender como relacionar um texto literário e não literário, analisar afirmativas, interpretar textos de diferentes épocas, compreender gráficos, dentre outras operações.
Compreender é o básico, o fundamental na Interpretação de Texto
“A compreensão de um texto abrange o entendimento, a percepção do conteúdo global, da mensagem que se pretende transmitir, das ideias principais e da opinião do autor, mesmo que essa seja contrária a nossa.” (KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. Ler e Compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.)
O foco da compreensão textual é:
- – trabalhar com a paráfrase
- – solicitar vocabulário
- – aplicar os recursos linguísticos (regência, pontuação, etimologia, emprego dos tempos verbais etc.)
- – reconhecer o sentido denotativo e conotativo das palavras
- Então, compreensão = o que está explícito no texto.
Dica 2 – Revise as Funções da Linguagem para garantir na prova de português e redação do Enem.
Resumo Gratuito: Diferença entre Charge, Cartoom, e Quadrinho
Confira nesta aula simples e rápida para você não se perder na hora das provas.
Excelentes as dicas desta aula-resumo. Bora prosseguir:
Analisar a estrutura para fazer a Interpretação de Texto
Análise de texto consiste no modo como o texto está organizado, a maneira como ele está construído, é a arquitetura do texto. Entenda para depois Interpretar. O foco da análise textual para a boa interpretação do texto é:
- – reconhecer o intertexto;
- – relacionar títulos ao texto;
- – contextualizar a obra no tempo e no espaço;
- – identificar a tipologia e o gênero textual;
- – reconhecer as figuras de linguagem;
- – levantar o problema abordado;
- – verificar a coerência e a coesão textual;
- – apreender a idéia central e as secundárias do texto;
- – buscar a intencionalidade textual.
- Logo, a análise aciona em algumas situações conhecimentos prévios.
Interpretação de Texto
Conforme Lino Macedo, um dos mentores da prova do Enem, a interpretação de texto “constitui sempre uma inferência ou conclusão autorizada por sinais, indícios presentes em um texto. Interpretar supõe acrescentar sentido, ler nas entrelinhas, preencher os vazios e, dentro dos limites de determinado material, ampliar o seu conteúdo.”
(MACEDO, Lino de. Esquemas de ação ou operações valorizadas na matriz ou prova do ENEM. In: Eixos Cognitivos do ENEM, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Ministério da Educação, Brasília, 2007.)
Para se chegar a uma boa interpretação de texto, temos que passar por outras operações mentais, como se essas fossem passos intermediários.
Por isso, as ações de compreender, analisar, comparar, levantar hipóteses são alguns operadores que levam às inferências, ou seja, às entrelinhas do texto.
Interpretação = aquilo que está implícito no texto.
Agora é hora de fazer Exercícios sobre Interpretação de Texto
Questão 1 – Interpretação de Texto – quadrinhos
(UEM – PR)
MAFALDA QUINO
Quanto ao emprego dos elementos linguísticos utilizados nos quadrinhos a seguir, assinale a(s) alternativa(s) que está(ão) correta(s):
a) Mafalda toma sopa com freqüência e a contragosto.
b) Mafalda entende que os assuntos importantes são alheios às relações familiares.
c) Mafalda vê os deveres de casa como uma obrigação inútil.
d) Mafalda, ao contrário de que escreve, não é mimada pela mãe.
e) Mafalda imagina que a professora tenha uma relação hipócrita com a própria mãe.
Questão 2 – Interpretação de Texto. Diálogo em HQ.
(UFBA – BA)
Com base na leitura dos quadrinhos, que apresentam o diálogo entre as personagens Calvin (o garoto) e Haroldo (o tigre) assinale a(s) alternativa(s) que está(ão) correta(s):
a) Os interlocutores estabelecem, no texto, uma interação conflituosa.
b) Haroldo demonstra predisposição para aceitar, sem discussão, as explicações de Calvin.
c) Os argumentos de Calvin expõem um ponto de vista inflexível sobre “o jogo”.
d) A argumentação de Calvin é acolhida por Haroldo no decorrer do “jogo”.
e) A última fala do tigre induz o leitor a uma suposição de que o seu interlocutor não age com lisura em seus negócios.
f) O humor da história é provocado pela ambiguidade das palavras na conversação.
g) A análise dos quadrinhos permite concluir que a visão de uma dada realidade pode variar, quando as pessoas, a partir de seus interesses, falam de posições distintas.
1 |
A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender. |
4 |
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7 |
A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer? |
10 |
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. |
13 |
Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a priminha. |
16 |
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O português são dois; o outro, mistério. |
(Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar, Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.)
Questão 3
(Enem) Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em:
a) situações formais e informais.
b) diferentes regiões do país.
c) escolas literárias distintas.
d) textos técnicos e poéticos.
e) diferentes épocas.
Questão 4 – Interpretação de Texto Literário
(Enem) No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho:
a) “A linguagem / na ponta da língua” (v. 1 e 2).
b) “A linguagem / na superfície estrelada de letras”
(v. 5 e 6).
c) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v. 14).
d) “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v. 15).
e) “[a língua] do namoro com a priminha” (v. 17).
Questão 5
(UFF – RJ)
Com base na análise da charge, pode-se afirmar que:
a) nos desenhos, as palavras “prostituta, pobre, paraíba”, no contexto, nomeando pessoas do mundo real, classificam-se como adjetivos.
b) a expressão “Enquanto isso” estabelece uma coesão de valor temporal entre a expressão dos fatos apresentados na charge e outros que estão ocorrendo em contextos distintos.
c) a expressão grifada em “Então montei uma miniacademia” estabelece uma relação de concessão com a frase anterior.
d) o emprego do diminutivo “ amiguinhos” ressalta a atitude crítica da mãe em relação ao comportamento das crianças.
e) as expressões do diálogo “… Do anúncio? É aqui, sim!” são exemplos de frases nominais em discurso indireto.
Você consegue resolver estes exercícios? Então resolva e coloque um comentário no post, logo abaixo, explicando o seu raciocínio e apontando a alternativa correta para cada questão. Quem compartilha a resolução de um exercício ganha em dobro: ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensinar é uma das melhores formas de aprender!