Provas em um único dia, restrições para quem não comparece, e proibição de ‘treineiros’ estão na pauta das mudanças sugeridas pelo MEC. E você, os colegas, e os professores da sua escola, o que acham? Veja as propostas e vote na Enquete das Mudanças do Enem.
As mudanças previstas para o Enem têm metas para melhoria da qualidade, agilidade, e redução de custos. Veja as 10 sugestões de mudanças do Blog do Enem e os pontos que o MEC já anunciou. É hora de discutir o que você concorda e o que discorda também. Veja as propostas e vote na Enquete das Mudanças do Enem.
Na edição do Enem 2016 o Ministério da Educação fez as contas de descobriu que R$ 226 milhões foram jogados fora por conta dos 2.621.588 candidatos que se inscreveram e não compareceram. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), órgão do MEC que cuida das provas, alugou salas de aula, treinou fiscais, imprimiu e enviou as provas para todos os inscritos. Quando um falta, este dinheiro vai para o lixo. É mesmo preciso fazer mudanças no Enem. Você concorda?
Outro custo adicional foram os R$ 10 milhões que o MEC gastou para realizar novas provas para candidatos que não puderam fazer o Exame em novembro nas escolas invadidas que ainda estavam ocupadas. O prejuízo total foi de 236 milhões de reais. Quem paga esta conta somos todos nós, pois o dinheiro do governo é o mesmo dinheiro que todo mundo contribui na forma de impostos. É uma ilusão pensar que existe ‘o dinheiro do MEC’.
Mudanças no Enem 2017
O ministro da educação, a secretária-executiva do MEC e a presidente do INEP anunciaram que o processo de mudanças no Enem será realizado gradualmente, e que será feita uma consulta pública no começo de 2017 para receber sugestões. Mas, os principais temas já estão em discussão para você dar sua opinião e participar. O Blog do Enem organizou uma Enquete para você votar nas questões mais polêmicas. O seu voto é o registro da sua opinião. O resultado geral será encaminhado para o MEC. Veja abaixo os temas polêmicos das Mudanças no Enem.Entre as mudanças do Enem que já estão no forno do MEC o Blog do Enem identificou algumas pistas. Veja se você concorda com os seguintes pontos, e depois veja a pauta completa abaixo e vote na Enquete:
- Provas em um único dia;
- Reduzir a quantidade de questões;
- Focar progressivamente as questões nos conteúdos da Base Curricular Comum;
- Controlar a isenção da taxa de inscrições para reduzir as ausências nas provas;
- Proibir a participação de treineiros na prova oficial;
- Criar um sistema de provas online.
Veja as 10 sugestões de mudanças do Blog do Enem e vote na Enquete
A equipe do Blog do Enem acompanha a realização do Exame Nacional do Ensino Médio e também tem um conjunto com 10 sugestões de mudanças no Enem. Todas elas serão apresentadas oficialmente ao MEC e ao INEP como sugestões assim que o ministério oficializar a Consulta Pública.
As 10 propostas do Blog são para melhorar a qualidade, reduzir os custos do Exame, e usar os resultados para melhorar as escolas também. Veja com quais sugestões do Blog do Enem você concorda:
1 – Criar um banco público de questões do Enem. Com elas os candidatos podem ir ‘se testando’ ao longo do ano;
2 – Punir com maior rigor as quadrilhas organizadas e os candidatos que tentam se beneficiar das fraudes;
3 – Expulsar das Universidades os estudantes que de alguma forma conseguiram fraudar a nota do Enem nas edições anteriores com apoio das quadrilhas que já foram presas;
4 – Criar uma prova geral com as questões da Base Curricular Comum, e ter blocos opcionais de questões que valeriam pontos de acordo com a vocação dos candidatos.
Seriam questões focadas nas áreas de Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas,ou Linguagens. O candidato escolheria uma Área Opcional de acordo com a sua vocação e a expectativa de curso de graduação. A nota desta área seria valorizada pelas universidades na seleção do Sisu, do Prouni e do Fies.
- Por exemplo:
- Quem busca a seleção de vagas para Engenharias, foca nas questões optativas de Matemática;
- Quem busca Medicina, Química, Nutrição, etc. foca em Ciências da Natureza;
- Quem busca Filosofia, Sociologia, Antropologia, etc. foca em Humanas; e,
- Quem busca Comunicação, Licenciaturas, etc. foca em Linguagens;
- E assim sucessivamente para os demais cursos, para valorizar o perfil de cada estudante.
5 – Incluir pelo menos três títulos de literatura brasileira e dois de literatura universal como leitura obrigatória a cada ano. Estes livros seriam a base para elaborar uma parte das questões de Literatura e Gramática. Poderiam ser obras de domínio público, que todos os candidatos poderiam ler online ou baixar gratuitamente os arquivos para imprimir ou ler off-line.
Os vestibulares mais puxados do país têm leituras obrigatórias, e isto ajuda o candidato a se preparar melhor e ainda enriquece a formação geral para a vida. É uma chance perdida que o MEC joga fora todo ano para aumentar a carga de leitura dos jovens no país.
6 – Retirar a doutrinação político-ideológica que já apreceu no Enem em diversos enunciados de questões e nos temas de redação.
Os professores de cursinho e os candidatos fazem piada entre si, dizendo que ‘têm que responder como o MEC pensa’, para não perder pontos. O Blog do Enem entende que as provas devem ter conteúdo educacional de caráter científico, laico e sem vinculação partidária. Não pode ser a prova transformada em catequese de uma forma de pensar de pessoas que estiverem no governo no momento das provas.
Veja as Notas de Corte do Enem
Não tem moleza para entrar nos cursos mais puxados. Ou estuda e aprende, ou fica de fora na seleção das vagas mais desejadas. Veja aqui as Notas de Corte do Enem para todos os cursos de graduação e instituições:
7 – Criar uma taxa de inscrição no valor real do custo do exame, sem proibir os treineiros de participar.
Proibir o acesso a um exame científico para um jovem conhecer seus limites não é nada democrático, e está na contramão da sociedade do conhecimento. Nos vestibulares mais puxados não há esta proibição. Participar, todo mundo pode, é só pagar a taxa;
8 – Criar critérios de premiação e de punição para escolas públicas que têm desempenho muito acima ou muito abaixo da média, considerados parâmetros de comparação equânimes (mesmas cidades ou regiões).
9 – Escolas Públicas muito ruins podem ter um tempo de apoio e chance de melhoria. Se não melhorarem, deveriam ser fechadas para não prejudicar novas gerações de alunos.
10 – Escolas Públicas com desempenho excelente deveriam ser premiadas com bônus em dinheiro, bolsas de estudo para pós-graduação, e viagens de intercâmbio para os professores conhecerem escolas ainda melhores no Brasil e no exterior.
O prêmio para os alunos das melhores escolas públicas já seria mesmo ter alcançado uma boa nota, que abre as portas para o futuro. E, o prêmio dos alunos das escolas que melhorarem no Enem será mesmo ter mais chances no futuro. O que não dá mais no país é para tolerar escolas medíocres com desculpas pedagógicas ou discursos ideológicos que só prejudicam os estudantes.
Vote na Enquete das Mudanças no Enem:
E você, o que tem de sugestões para melhorar o Enem? Anote aí e publique no Facebook o que você pensa sobre as mudanças no Enem. Utilize os comentários do post na Rede Enem: www.facebook.com/redeenem
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Mudanças no Enem para melhorar, não para piorar
No Brasil há uma tradição de que ‘governo novo’ destrói as conquistas do ‘governo que saiu’. No caso do Enem parece que temos uma tradição virtuosa, pois a prova está quase fazendo vinte anos, e segue em aperfeiçoamento.
O Blog do Enem espera sinceramente que a nova equipe não jogue pela janela as conquistas já acumuladas. O Enem já está ganhando respeito inclusive fora do país, com o resultado dos alunos servindo de critério de seleção em universidades na Europa, por exemplo.
Que venham as mudanças no Enem. Mas, que sejam de melhoria, e não de ‘pioria’.
Acertos e erros do Enem ao longo do tempo
A primeira edição do Enem aconteceu em 1998, quando a atual secretária-executiva do MEC, professora Maria Helena Guimarães Castro era a presidente do INEP. Na época o exame tinha foco em monitorar a qualidade do Ensino Médio, e não valia como passaporte para o Ensino Superior.
Em 2009 o Ministério da Educação cria sistemas de acesso ao Ensino Superior utilizando a Nota do Enem como critério de seleção de alunos. É o começo dos tempos do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu. Depois vieram a seleção de candidatos às bolsas de estudo do Prouni, e às vagas de financiamento do Fies, e acesso a cursos técnicos do Pronatec.
Em 2011 o MEC adota a Teoria da Resposta ao Item como fator que incide no cálculo da nota das provas objetivas. Com este sistema a nota é o resultado de uma análise estatística que considera não apenas o total de acertos, mas o padrão dos acertos dos candidatos, para valorizar a maior consistência de respostas e valorizar a resolução de questões mais complexas.