10 questões sobre gênero e construção social do sexo
Faça um simulado de Sociologia com 10 questões sobre gênero e construção social do sexo. O gabarito sai na hora para você testar o seu nível!
Todos sabem que as vidas de homens e mulheres são diferentes em muitos aspectos: comportamento, carreira, vida pessoal e por aí vai. Muitos acreditam que essas diferenças entre homens e mulheres são inatas, ou seja, naturais: homens são de um jeito, mulheres de outro, e ponto final. A teoria de gênero busca derrubar essa concepção.
Vamos testar o seu conhecimento sobre esse tema, que pode cair tanto na prova de Sociologia, quanto na redação do Enem? Revise o conteúdo e depois responda ao simulado, com 10 questões, que preparamos.
O que significa gênero e construção social do sexo?
O sexo biológico se refere às características físicas e fisiológicas que definem se uma pessoa é macho, fêmea ou intersexo. Essas características incluem cromossomos (XY ou XX), hormônios (testosterona ou estrogênio), anatomia genital interna e externa, e outros fatores biológicos.
Base: O sexo biológico tem base em características físicas e fisiológicas, enquanto o gênero é construído socialmente e culturalmente.
Natureza: O sexo biológico é geralmente considerado inato e imutável, enquanto o gênero pode ser fluido e mudar ao longo da vida.
Diversidade: O sexo biológico é geralmente classificado em masculino, feminino ou intersexo, enquanto o gênero pode ter uma gama muito mais ampla de expressões, incluindo transexual, gênero fluido, não binário, etc.
Para a Sociologia, o conceito de gênero se refere à construção social do sexo biológico. Em outras palavras, significa que a maneira de ser homem e de ser mulher é orientada pela cultura de determinada sociedade, ou seja, que homens e mulheres são moldados de uma determinada forma desde crianças de acordo com o ambiente em que estão inseridos.
Existem diferenças de comportamento entre mulheres de diferentes países, por exemplo. Do mesmo modo, os homens de séculos atrás não se expressavam da mesma maneira que hoje. Tais diferenças seriam impossíveis se o comportamento de homens e mulheres fosse uma característica inata.
A maneira como homens e mulheres se comportam em sociedade corresponde a um intenso aprendizado sociocultural que nos ensina a agir conforme as prescrições de cada gênero. Desde cedo, as crianças aprendem que há comportamentos e brincadeiras diferentes de meninos e meninas.
Há uma grande expectativa social em relação à maneira como mulheres e homens devem agir, andar, falar, sentar, mostrar seu corpo, brincar, dançar, namorar, ter relações sexuais, cuidar do outro, amar etc.
Em decorrência do gênero, há também modos e locais específicos de trabalho e de circulação, além de expectativas sobre quais atividades devem ser desempenhadas.
Por exemplo, ainda são raros homens que trabalham como empregados domésticos, cuidadores de crianças, manicure, etc. Do mesmo modo, ainda são minoria as mulheres caminhoneiras, trabalhadoras da construção civil, pescadoras, políticas, etc.
Com a frase “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, a pensadora francesa Simone de Beauvoir não está se referindo ao sexo biológico, mas à construção social do gênero: não existe nenhum fator natural que determine os papéis sociais que a mulher deve representar.
Pelo contrário, a mulher é ensinada desde pequena que deve agir conforme as expectativas de gênero impostas pela sociedade.
Enquanto o sexo de uma pessoa está relacionado às suas características físicas e biológicas (como a genitália), a identidade de gênero tem a ver com a maneira que ela se percebe: pode ser homem, mulher ou transgênero / transexual.
Já a orientação sexual se refere a qual(is) gênero(s) uma pessoa sente atração sexual e/ou romântica. Uma pessoa homossexual sente atração por pessoas do mesmo gênero; heterossexual, por pessoas do gênero oposto; e bissexual por ambos os gêneros.
Fobia é uma palavra grega que significa aversão e ódio. Logo, homofobia significa discriminação aos homossexuais. Podemos falar também de transfobia (contra transsexuais, transgêneras ou travestis), bifobia (contra bissexuais) e lesbofobia (contra lésbicas).
O papel da mulher numa sociedade patriarcal está restrito à esfera doméstica e por isso há uma distribuição desigual de poder. Quantas mulheres que se consagraram como figuras históricas você consegue se lembrar? Pensemos na composição da Câmara Federal: 90% dos deputados são homens!
Até 1930, as mulheres brasileiras não podiam votar em seus representantes políticos. Nas últimas décadas, as mulheres têm conseguido importantes avanços. Entretanto, ainda estamos longe de alcançar a igualdade entre os gêneros.
Um obstáculo que as mulheres enfrentam – e que muitas vezes permanece invisível – é a dupla jornada de trabalho. Ou seja, além do emprego formal, a maioria das mulheres tem que realizar ainda trabalhos domésticos, como limpar a casa, fazer comida e cuidar dos filhos.
Outro problema vivenciado diariamente pelas mulheres é a violência. Além de não poderem andar tranquilas nas ruas sem serem assediadas, infelizmente é muito comum a violência doméstica, ou seja, quando as mulheres são violentadas dentro de casa, pelos seus próprios maridos ou namorados.
A proximidade do agressor, que muitas vezes exerce um domínio social, financeiro ou familiar sobre as vítimas é um obstáculo para que as mulheres façam denúncias e para que o assunto seja tratado de forma mais aberta.
Videoaula sobre LGBTQIAPN+fobia
Assista à videoaula preparada e apresentada pelo professor de Sociologia, Fábio Luís Pereira, para entender o conceito de LGBTQIAPN+fobia, a legislação, as estatísticas e formas de combate à violência.
Simulado sobre gênero e construção social do sexo
Agora que você revisou o conteúdo, vamos testar o seu aprendizado? Responda às perguntas e confira o gabarito. Caso não tenha acertado, aproveite as indicações para estudar sobre o tema.
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Este é um simulado de Biologia para o Enem.
Serão 10 perguntas, algumas de resposta única outras de múltipla escolha.
Teste os seus conhecimentos, prepara-se para os vestibulares e o Enem!
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(Unioeste PR/2020)
A partir de uma reflexão sobre a frase “menino veste azul, menina veste rosa” é INCORRETO afirmar.
Correto
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Incorreto
Resposta incorreta! Revise o conteúdo para acertar na hora da prova!
Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(UECE/2020)
O conceito de “gênero” nas Ciências Sociais é tratado não como uma característica natural biológica inerente a todos os seres humanos, mas como algo que se constrói em meio a processos psicológicos, socioculturais e históricos. Parte dos cientistas sociais demonstram que o conceito de “gênero” é cultural e pode ser diferenciado do conceito biológico de “sexo” (macho/fêmea), pois este último seria definido a partir dos diferentes caracteres genéticos e anatômicos do corpo humano. O “gênero” diferente do “sexo” seria, assim, uma categoria sociocultural e não natural já que depende de cada cultura a definição dos comportamentos e maneiras de ser que diferenciam o “masculino” do “feminino”. Contudo, Giddens e Sutton (2016) apontam que para alguns cientistas sociais tanto o “gênero” como o “sexo” são concepções construídas socialmente e culturalmente, uma vez que o corpo está sujeito a intervenções que o influenciam e o alteram.
GIDDENS, Anthony e SUTTON, Philip W. Conceitos essenciais da Sociologia. 1ª ed. São Paulo: Editora Unesp, 2016.
Considerando essa compreensão das Ciências Sociais sobre os conceitos de “gênero” e de “sexo”, assinale a afirmação verdadeira:
Correto
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Incorreto
Resposta incorreta! Revise o conteúdo para acertar na hora da prova!
Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(UECE/2020)
No Brasil atual, o chamado “Movimento Escola Sem Partido” procura erradicar, por meio de mecanismos legais (projetos de lei), temáticas referentes ao conceito de “gênero” aplicadas ao ensino de crianças e jovens. Esse movimento se pauta por valores religiosos, tradicionais e de fundo patriarcal na defesa das relações heterossexuais, entendidas como sagradas e as únicas moralmente corretas. Diferentemente, as Ciências Sociais demonstram como o “gênero” é constituído por aspectos socioculturais, históricos e psicológicos diversos. Em termos simples, “ser homem”, “ser mulher” ou “ser transgênero” depende da cultura e da subjetividade individual. Além disso, desde o início do século XXI, entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) têm aprovado resoluções diretivas para que se considere a “identidade de gênero” e a “orientação sexual” como parte dos Direitos Humanos (REIS e EGGERT, 2017).
REIS, T. e EGGERT, E., Ideologia de Gênero: uma falácia construída sobre os planos de educação brasileiros, Educação e Sociedade, vol. 38, nº 138, janeiro-março 2017.
Tomando como referência o entendimento acima, é correto concluir que:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(UECE/2019)
Chama-se “Diversidade Sexual” as infinitas formas de vivência e expressão da sexualidade humana.
Considerando o enunciado acima, é correto afirmar que:
Correto
Parabéns! Você acertou!
Incorreto
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(ENEM MEC/2019)
O feminismo teve uma relação direta com o descentramento conceitual do sujeito cartesiano e sociológico. Ele questionou a clássica distinção entre o “dentro” e o “fora”, o “privado” e o “público”. O slogan do feminismo era: “o pessoal é político”. Ele abriu, portanto, para a contestação política, arenas inteiramente novas: a família, a sexualidade, a divisão doméstica do trabalho etc.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2011 (adaptado).
O movimento descrito no texto contribui para o processo de transformação das relações humanas, na medida em que sua atuação:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(Unisc RS/2015)
“Gênero é o conceito corrente utilizado para designar os modos de classificar as pessoas como pertencentes a mundos sociais, a princípio, organizados pelas diferenças de sexo. A expressão identidade de gênero alude à forma como um indivíduo se percebe e é percebido pelos outros como masculino ou feminino, de acordo com os significados que estes termos têm na cultura a que pertence. (…). Possuir um sexo biológico, no entanto, não implica automaticamente uma identificação com as convenções sociais de um determinado contexto, no que concerne a ser homem ou mulher. ”
(ZAMBRANO, E; HEILBORN, M.L. Identidade de gênero. In: LIMA, Antonio Carlos de Souza (Coord.). Antropologia & direito: temas antropológicos para estudos jurídicos. Rio de Janeiro: ABA, 2012. p. 412)
Considerando a citação acima analise as afirmativas abaixo:
I. A identidade de gênero é definida pelo sexo biológico.
II. Os tipos de roupa que deve vestir, os comportamentos e sentimentos de pertencimento associados a um determinado gênero definem a identidade de gênero.
III. Possuir um sexo biológico não implica automaticamente uma identificação com as convenções sociais de ser homem ou mulher.
IV. A partir da citação acima podemos inferir que a identidade de gênero não é construída socialmente.
Assinale a alternativa correta:
Correto
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Incorreto
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UEL PR/2011)
Leia o texto a seguir, que remete ao debate sobre questões de gênero.
A violência contra a mulher acontece cotidianamente e nem sempre ganha destaque na imprensa, afirmou a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire […]. “Quando surgem casos, principalmente com pessoas famosas, que chegam aos jornais, é que a sociedade efetivamente se dá conta de que aquilo acontece cotidianamente e não sai nos jornais. As mulheres são violentadas, são subjugadas cotidianamente […]”, afirmou a ministra. […] “Eliza morreu porque contrariou um homem que achou que lhe deveria impor um castigo. Ela morreu como morrem tantas outras quando rompem relacionamentos violentos”, disse a ministra.
(VIOLÊNCIA contra as mulheres é diária, diz ministra, Agência Brasil, Brasília, 11 jul. 2010.)
Com base no texto e nos conhecimentos socioantropológicos sobre o tema, é correto afirmar:
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(Unesp SP/2023)
O lugar que ocupamos socialmente nos faz ter experiências distintas e outras perspectivas. A teoria do ponto de vista feminista e lugar de fala nos faz refutar uma visão universal de mulher e de negritude, e outras identidades, assim como faz com que homens brancos, que se pensam universais, se racializem, entendam o que significa ser branco como metáfora do poder.
(Djamila Ribeiro. O que é: lugar de fala?, 2017. Adaptado.)
O excerto aborda um conceito que propõe uma nova perspectiva de análise filosófica, sobretudo em relação:
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(ENEM MEC/2022)
TEXTO I
A primeira grande lei educacional do Brasil, de 1827, determinava que, nas “escolas de primeiras letras” do Império, meninos e meninas estudassem separados e tivessem currículos diferentes. No Senado, o Visconde de Cayru foi um dos defensores de que o currículo de matemática das garotas fosse o mais enxuto possível. Nas palavras dele, o “belo sexo” não tinha capacidade intelectual para ir muito longe: – Sobre as contas, são bastantes [para as meninas ] as quatros espécies, que não estão fora do seu alcance e lhes podem ser de constante uso na vida.
TEXTO II
No Senado, o único a defender publicamente que as meninas tivessem, em matemática, um currículo idêntico aos dos meninos foi o Marquês de Santo Amaro (RJ). Ele argumentou: – Não me parece conforme, às luzes do tempo em que vivemos, deixarmos de facilitar às brasileiras a aquisição desses conhecimentos [mais aprofundados de matemática]. A oposição que se manifesta não pode nascer senão do arraigado e péssimo costume em que estavam os antigos, os quais nem queriam que suas filhas aprendessem a ler.
Os discursos expressam pontos de vista divergentes respectivamente pela oposição entre:
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(ENEM MEC/2016)
A África Ocidental é conhecida pela dinâmica das suas mulheres comerciantes, caracterizadas pela perícia, autonomia e mobilidade. A sua presença, que fora atestada por viajantes e por missionários portugueses que visitaram a costa a partir do século XV, consta também na ampla documentação sobre a região. A literatura é rica em referências às grandes mulheres como as vendedoras ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a autonomia e mobilidade, é tão típico da região.
HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência feminina e representações em mudança na Guiné (séculos XIX e XX). In: PANTOJA, S. (Org.). Identidades, memórias e histórias em terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.
A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da África Ocidental pode ser relacionada a uma característica marcante das cidades no Brasil escravista nos séculos XVIII e XIX, que se observa pela:
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