Fototropismo, geotropismo e tigmotropismo. Você conhece os diferentes crescimentos orientados das plantas? Não? Então revise Biologia aqui, e entenda o que é tropismo com o Blog do Enem!
Talvez você já tenha notado que ao mudar uma plantinha de lugar em sua casa ela acaba mudando a posição de seus ramos depois de alguns dias ou horas. Geralmente suas folhas começam a se voltar para a fonte de luz mais expressiva da casa, como a janela de sua cozinha. Outra coisa que você obviamente já notou é que todas as raízes crescem para baixo, em direção ao solo. Mas você sabe por que isso acontece? Sabe de que maneira o vegetal consegue orientar o seu crescimento e de seus órgãos? Não? Então revise os tropismos dos vegetais com este super post e arrase nas questões de Biologia do Enem e dos vestibulares!
Dica 1: Antes de continuar estudando os tropismos é importante que você saiba tudo sobre os hormônios vegetais. Então, se você não está lembrado dos diferentes hormônios vegetais, dê uma espiada neste super post, com videoaula do canal Me Salva!
As plantas crescem de maneira orientada. Estes crescimentos são chamados de tropismos. Além disso, certas plantas podem também realizar certos movimentos, chamados de nastias ou nastismos. Estes crescimentos e movimentos são todos controlados pelos hormônios vegetais e estimulados por características ambientais. Se uma planta cresce em direção a um determinado estímulo do ambiente, dizemos que ela apresentou um tropismo positivo. Se ao contrário, a planta crescer na direção oposta ao estímulo, dizemos que o tropismo é negativo. Classificamos os tropismos de acordo com os estímulos que os provocam. São eles: o fototropismo, geotropismo e o tigmotropismo.
Fototropismo: O fototropismo é o crescimento provocado pelo estímulo da luz. Os órgãos aéreos da planta, como o caule e as folhas, possuem fototropismo positivo. Já as raízes possuem fototropismo negativo. O fototropismo foi estudado por vários cientistas ao longo do tempo. Um deles foi Charles Darwin. Darwin estudou plantas de alpiste recém germinadas. Neste experimento, Darwin cortou a ponta de algumas plantas. Após alguns dias, Darwin percebeu que estas plantas haviam parado de crescer. Em um segundo momento, o cientista cobriu o topo de algumas plantas com uma capa de estanho e outras com uma capa de papel transparentes. Para controle, Darwin cobriu também outras plantas com estanho somente em sua base. Darwin percebeu que as plantas com o topo coberto por estanho continuaram crescendo em linha reta, enquanto que aquelas cobertas com papel transparente no topo ou cobertas com estanho apenas em sua base cresceram curvadas na direção da fonte de luz. Anos mais tarde, um cientista chamado Peter Boysen-Jensen aprimorou o experimento de Darwin, fazendo testes um pouco mais complexos. Em seus testes, o cientista cortou o topo de algumas plantas de alpiste e colocou entre o topo e o restante da planta uma lâmina de gelatina. Em outras, colocou uma lâmina de mica entre o topo e o restante do alpiste. E, em um terceiro grupo, Boysen-Jensen colocou a lâmina de mica inserida em apenas metade da espessura da planta, deixando uma parte do topo da planta ainda ligada ao restante. Depois de alguns dias, o cientista observou que as plantas com lâmina de gelatina que separavam a ponta do restante da planta cresceram normalmente, inclusive se inclinando em relação à luz. As plantas em que a lâmina de mica atravessava toda a planta pararam de crescer. Já nas que a lâmina de mica atravessava parcialmente a planta o resultado foi bastante interessante: naquelas que estavam com a lâmina voltada para a luz houve um crescimento inclinado em direção à luz; já as que possuíam a lâmina voltada para a parte oposta a luz cresceram reto. Boysen-Jensen concluiu que o ápice do caule produzia alguma substância que migrava para o lado que estava menos exposto à luz (lado escuro) e estimulava o crescimento maior das células nesta região, inclinando a planta em direção à luz. Esta substância é uma auxina que acaba regulando o fototropismo positivo do caule, ou seja, o faz crescer em direção à luz. Veja o resumo destes experimentos na imagem a seguir:
Dica 2: Revise também a estrutura das raízes! Veja este post com aula do canal O Kuadro.
Geotropismo: Também chamado de gravitropismo, o geotropismo é o crescimento estimulado pela ação da gravidade. As partes da planta que crescem no sentido contrário à atração da gravidade (solo), como o caule e as flores, possuem geotropismo negativo. Já a raiz, que cresce em direção ao solo, possui geotropismo positivo. O gravitropismo se deve também à concentração de auxina. Nas raízes, uma maior concentração deste hormônio na face inferior faz com que o crescimento das células de baixo seja inibido, enquanto que as células da parte de cima do órgão se multipliquem e se alonguem, fazendo com que a raiz se curve para baixo. Já no caule, as células da sua parte inferior possuem acúmulo de auxina, fazendo com sejam estimuladas a crescerem e se dividirem. Dessa maneira, o caule se curva e cresce para cima. Está difícil? Veja a imagem a seguir que simplifica o geotropismo:
Dica 3: Revise também as partes do caule! Veja este post com várias dicas para você arrasar em biologia no Enem e nos vestibulares!
Tigmotropismo: O tigmotropismo é o crescimento causado pelo efeito de contato em plantas trepadeiras que se encostam em um suporte e são estimuladas ao crescimento.
Nastias: As nastias são movimentos realizados por algumas plantas como defesa contra herbivoria ou captura de seres vivos. Um exemplo clássico de nastia é a dormideira (também chamada de mimosa ou sensitiva). Você já deve ter visto esta planta (ela é muito legalzinha!) e deve ter brincado com ela quando criança: ao tocar na dormideira suas folhas se fecham! Isto acontece porque há em seus folíolos pequenos órgãos chamados de pulvinos. Quando estão cheios de água, os pulvinos mantêm os folíolos abertos. Porém, quando encostamos nestes folíolos, acabamos empurrando a água para fora dos pulvinos, o que fecha os folíolos. Outras plantas que se movimentam ao contato através de nastias são as plantas carnívoras, cujo mecanismo de fechamento é muito semelhante ao das mimosas.
Agora, para finalizar seus estudos sobre os tropismos, que tal ver uma super videoaula? Então veja esta aula do professor Artur Ramos, do canal Kinapse, do Youtube:
E aí, curtiu o vídeo? Muito bom, não é mesmo? Agora, que tal testar seus conhecimentos?
(UEL) A figura a seguir mostra parte de um pé de maracujá.
A estrutura apontada pela seta, quando encontra um suporte, prende-se a ele. Essa resposta é um caso de
a) fototropismo.
b) geotropismo.
c) hidrotropismo.
d) reotropismo.
e) tigmotropismo.
Resposta: E.
(Fuvest) Com base na análise do esquema a seguir, assinale a opção que apresenta os fenômenos que estão ocorrendo respectivamente no caule e na raiz:
a) fototactismo positivo e fototactismo negativo
b) fototactismo negativo e fototactismo positivo
c) geotropismo positivo e geotropismo negativo
d) geotropismo negativo e geotropismo positivo
e) fototropismo negativo e fototropismo positivo.
Resposta: D
(Uel) Considere o esquema a seguir:
I. A auxina migra do lado iluminado para o não-iluminado, tanto no caule como na raiz.
II. O caule passará a apresentar fototropismo positivo porque a maior concentração de auxina no lado não-iluminado faz com que nele ocorra distensão celular.
III. A raiz passará a apresentar fototropismo negativo porque a maior concentração de auxina no lado não-iluminado inibe no mesmo a distensão celular.
É correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
Resposta: E.
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