O que é o Negacionismo, e como identificar atos negacionistas

O Negacionismo consiste na recusa das evidências e comprovações científicas, e na adoção de versões obscurantistas ou falsas que tentam distorcer a realidade. Negacionistas contestam que a terra seja redonda; negam o Holocausto judeu na segunda guerra; e recusam máscaras e vacinas no controle da Pandemia. Confira:

A palavra “Negacionismo” entrou para o vacabulário dos brasileiros de maneira mais intensa durante a Pandemia do Coronavírus no Brasil, em 2020, 2021 e 2022. Porém, o uso do negacionismo, a prática de atutudes negacionistas e as consequências são milenares. O negacionismo significa dar respostas negando os fatos históricos e o conhecimento científico.

Exemplos que vêm desde a origem da ciência, como “A terra é plana, ou é redonda?”, ou “É a Terra que gira ao redor do Sol, ou é o contrário?”, estão presentes desde os primeiros registros do pensamento humano. Desde as primeiras formulações em busca do conhecimento a humanidade encontra a dimensão do Negacionismo presente.

A Revolta da Vacina

No Brasil, em 1904, o Estado do Rio de Janeiro enfrentou a Revolta da Vacina. Foi uma rebelião negacionista, orquestrada politicamente contra a vacinação obrigatória para proteger a população da varíola. Passeatas, quebra-quebras, conflitos e prisões aconteceram até que a política sanitária vencesse a batalha pela vacina.

De maneira mais recente, no Século XX, um negacionismo de natureza história tente contestar que aconteceu o Holocausto judeu na Segunda Guerra Mundial. E, no Século XXI, uma corrente de negacionismo científico, trouxe à tona falsas narrativas como “Cloroquina previne ou cura Covid-19”, e de fortalecimento ao movimento antivacinas.

Negacionismo é sinônimo de utilizar argumentos sem fundamentação histórica ou científica para criar narrativas que promovam a distorção dos fatos e do conhecimento. O Negacionaismo é intencional, ele tem um propósito, e não pode ser confundido com ignorância ou desconhecimento.

Veja a estrutura do Negacionismo:

  • a) É uma estratégia, é intencional;
  • b) Nega as evidências históricas e científicas;
  • c) Promove a distorção dos fatos e do conhecimento;
  • d) Cria narrativas falsas;
  • e) E tem uma finalidade vinculada a um propósito.

Veja agora um Resumo de  Atualidades, História e de Sociologia sobre  “O que é o Negacionismo“. Esta aula interdisciplinar para você aprender sobre o tema foi preparada pelos professores dr. Jonas Bertucci, do Instituto Federal de Brasília – IFB, e dr. João Vianney, jornalista e diretor do Curso Enem Gratuito.

O que é o Negacionismo?

É bem possível que você esteja mesmo em dúvida sobre o que é o negacionismo, e o que significa ser negacionista. Muita gente está mesmo confusa. É normal. O negacionismo é bem mais antigo do que a Pandemia. O negacionismo tem quase três mil anos de história comprovada.

Confira no resumo com o professor João Vianney, jornalista e diretor do Curso Enem Gratuito.

Quem são os negacionistas?

Veja quem são as pessoas e grupos que, de acordo com o Dicionário Online de Português[1] , têm uma atitude negacionista. Confira, com exemplos, para você entender melhor:

  1. A pessoa que nega um fato demonstrado e documentado, ou analisa esse fato partindo de argumentos, ideologia ou opiniões não fundamentadas em evidências históricas;
  2. A pessoa que nega ou não aceita conceitos comprovados cientificamente.
  3. O indivíduo que nega a veracidade de alguma coisa ou coloca em perspectiva a sua veracidade.

Desde os séculos XVI com Francis Bacon, e XVII com René Descartes que a ciência se move a partir de evidências que sejam confirmadas através do Método Científico, e não mais por argumentos de autoridade eclesiástica, monárquica, republicana, ditatorial ou de qualquer natureza.

Quando uma pessoa ou grupo se manifesta ou se comporta de maneira contrária ao consenso científico, ela comete uma prática negacionista.

Negacionismo e Fake News

O negacionismo também surge simplesmente quando se inventa uma Fake News para construir uma realidade paralela. O mais grave é quando ele se estabelece como fenômeno que se torna coletivo. Neste caso quando muitas pessoas são levadas a seguir estas ideias de contestação das evidências, formando uma comunidade negacionista.   O que é o negacionismo

O negacionismo na história

A história está repleta de episódios dramáticos de negacionismo.  Ao final da Idade Média e início do Renascimento, por exemplo, o frade dominicano Giordano Bruno foi condenado à morte e queimado vivo, em 1600, no Campo dei Fiori, na cidade de Roma.

Giordano foi morto porque afirmava que a terra não era o centro do Universo. Ele estava certo. Neste caso, quem praticava o negacionismo era o alto clero da Igreja Católica, que boicotava a teoria heliocêntrica criada por Nicolau Copérnico em 1543, indicando que a terra é que girava ao redor do Sol, e não o contrário.

Poucas décadas mais tarde, o cientista e astrônomo Galileu Galilei aperfeiçoou a luneta e comprovou a tese copernicana ao observar o movimento das luas de Júpiter. Galileu, que era católico, levou a sua descoberta aos cardeais, convidando-os a observar o movimento dos astros através da luneta.Galileu Galilei e Giornado Bruno. Duas vítimas. Veja o que é o negacionismo

O negacionismo, na forma de intolerância religiosa, ainda estava de pé na Igreja, e Galileu por pouco não foi parar na fogueira. Como ele na época já era uma celebridade científica, recebeu uma pena mais leve em 1633: foi condenado a viver confinado e em silêncio para não propagar as suas ideias.

Porém, ele já tinha deixado tudo escrito e publicado. A Igreja o puniu, mas o conhecimento científico prosperou. Somente 350 anos depois, em 1992,  o Vaticano admitiu que a Igreja Católica tinha errado ao condenar Galileu em 1633.

 A Terra é redonda, ou é plana?

As evidências de que o planeta terra tem a forma arredondada foram coletadas na Antiguidade. Foi na Grécia, sete séculos antes da Era Cristã, quando o filósofo e matemático Eratóstenes descobriu a razão pela qual os navios à vela, quando se afastavam da costa, começavam a desaparecer pelo casco, restando por fim o ponto mais alto dos mastros.[8]

Eratóstenes comprovou pela comparação e medição da sombra do sol a partir de edificações verticais em diferentes pontos que o planeta era redondo. Isso faz quase 2 mil e 800 anos. Mas, já naquela época, muitos duvidavam de Eratóstenes, e continuavam acreditando que a terra era plana. Afinal, não é simples para as pessoas abandonarem tudo o que lhes foi ensinado desde criança.

Não bastasse a evidência pelos cálculos matemáticos milenares e os conhecimentos acumulados com a evolução da física moderna, no final do século XX temos incontáveis imagens da terra feitas por satélites e pelo próprio ser humano em viagens espaciais.

Tais conhecimentos são a base das tecnologias modernas de comunicação, como a internet e o GPS utilizado cotidianamente em nossos telefones celulares. Mesmo assim, ainda existem grupos terraplanistas em pleno século XXI, afirmando que a terra seria um disco plano. É um exemplo claro de negacionismo.

Não deixa de ser irônico o fato de que esses grupos negacionistas utilizam a tecnologia da internet para propagar suas ideias. Roda pelas redes sociais um suposto slogan de uma dessas organizações terraplanistas que diz algo como: “já temos membros ao redor de todo o globo!”.

O negacionismo na Revolta da Vacina

Em 1904, a cidade do Rio de Janeiro passou por uma transformação radical na gestão sanitária para combater doenças como a Febre Amarela, a Malária, a Tuberculose e a Varíola. Para reduzir a incidência da varíola foi adotada uma campanha da vacinação obrigatória em massa.

O conhecimento científico acerca de vacinas ainda era reduzido e muito pouco difundido entre a população. E a ignorância foi explorada politicamente para gerar uma rebelião popular contra o governo da época. Veja no resumo do professor Felipe de Oliveira, do Curso Enem Gratuito:

Durante séculos a medicina antes de Louis Pasteur trabalhava com a ideia de que emanações chamadas de “miasmas” levavam as pestes pelo ar, de uma pessoa a outra. Sem contar que em 1904 a vacina contra a varíola era aplicada com sucessivas micro agulhadas que injetavam no braço das pessoas uma solução purulenta obtida através de vacas infectadas. Mas, a proteção posterior acontecia.

Na Revolta da Vacina, o negacionismo aconteceu pelo desconhecimento do que seriam as vacinas e da sua efetividade protetiva, o que não se justifica atualmente.

 O negacionismo histórico

Fora do campo da matemática e das ciências da natureza (química, física e biologia), prosperam mundo afora versões negacionistas de fatos históricos muito bem estudados e documentados.

Em relação à Segunda Guerra Mundial, por exemplo, sites negacionistas tentam difundir uma versão de que não aconteceu o Holocausto de Judeus à razão de seis milhões de indivíduos mortos sob o comando dos nazistas.

Os registros históricos dos campos de concentração foram e são abundantes, mas o discurso negacionista tenta apresentar falsas narrativas para tentar encobrir a verdade. O negacionismo histórico pode ser também chamado de revisionismo histórico, quando versões parciais e distorcidas de fatos históricos são apresentadas.

Negacionismo branco na escravidão

Outro negacionismo histórico muito comum é a tentativa de difusão de uma narrativa apregoada por supremacistas brancos de que a escravidão de negros africanos foi estabelecida no continente americano por uma ação dos próprios povos africanos, uma vez que tinham por prática nos conflitos tribais capturar membros de outras tribos derrotadas com o propósito de os escravizar.

Esta narrativa tem por objetivo reduzir o registro histórico de que os colonizadores europeus que vieram para as três Américas desenvolveram o tráfico negreiro, estabelecendo um negócio lucrativo ao negociar na costa africana milhões de escravos para revenda nas colônias americanas ao longo de três séculos e meio.

No Brasil o tráfico e comercialização de escravos negros durou desde a metade do século XVI até o final do século XIX. Veja  um resumo completo sobre A Colonização Portuguesa e o Tráfico Negreiro.

O Negacionismo na pandemia do Coronavírus

Durante o início da Pandemia do Coronavírus, as atitudes negacionistas tiveram a liderança mundial do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Ele começou o ano de 2020 dizendo que o Novo Coronavírus “não pegaria” nos EUA. E, que se pegasse, seria algo leve como uma gripe.

Trump governou até janeiro de 2021. Ele divulgou práticas e remédios ineficazes contra a doença do Covid-19, como a Cloroquina. Ele boicotou o uso de máscaras, promoveu aglomerações em plena Pandemia, e discordou do lockdown como medida de controle em situações de pico de infecções.

Dnald Trump chegou mesmo a dizer que, se lavar as mãos com detergente matava o vírus, que as pessoas deveriam experimentar beber detergente. Em todas estas afirmações ele foi advertido e desmentido pelas lideranças médicas mais respeitadas dos Estados Unidos (EUA), inclusive pelo dr. Anthony Falci, Diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA.[2]

Ao final de 2020, Donald Trump perdeu a eleição para Joe Biden, que imediatamente ap[os a posse na presidência dos EUA, em janeiro de 2021, mudou o discurso oficial, passando a seguir as recomendações científicas. Tratou de acelerar a vacinação contra o Covid nos EUA, modificando as estatísticas de morte rapidamente pra o grupo de vacinados.

Seguidores de Trump no Brasil e no México

O discurso de Donald Trump durante o primeiro ano da Pandemia nas Américas ganhou como principais adeptos naquele ano os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, no espectro ideológico da direita; e do México, Lopez Obrador, liderança ideológica de esquerda. Ambos, Bolsonaro e Lopez Obrador, imitaram em 2020 e 2021 as atitudes do então presidente dos EUA em 2000, Donald Trump.

Bolsonaro imitou Trump ao dizer que o vírus daria “uma gripezinha”, boicotou o uso de máscaras, boicotou a realização de lockdowns,  promoveu aglomerações em plena pandemia, contrariando as evidências científicas e as práticas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.

Bolsonaro inclusive questionou a legitimidade das instituições de pesquisa e dos organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), promovendo teorias conspiratórias infundadas.

Mas, Bolsonaro foi além. Ultrapassou Trump ao promover o boicote sistemático às vacinas que poderiam proteger a população. Bolsonaro disse que “a melhor vacina era pegar o vírus”; disse que “brasileiro que pisa em enxurrada de água suja já estaria resistente ao vírus”; e chegou a dizer que quem tomasse a vacina da Farmacêutica Pfizer poderia “virar jacaré”.

O presidente do Brasil avançou ainda mais na atitude negacionista. Ele incluiu na cesta de medicamentos ineficazes e recomendados por ele o vermífugo Invermectina, e afirmou que as vacinas que estavam sendo aplicadas no Brasil até junho de 2021 não tinham validade científica, o que era e é uma inverdade, pois as vacinas somente chegam à população após fases de testes cientificamente acompanhadas.

A Covid-19 e o Negacionismo

Os resultados do negacionismo do ex-presidentes Donald Trump, e dos presidentes Lopez Obrador e Jair Bolsonaro abriram caminho para a rápida disseminação do vírus nos EUA, no México e no Brasil, e, consequentemente, com incidência de mortes muito acima da média mundial.

Após dois anos desde a chegada da Pandemia nas Américas, em março de 2022, estes três países cujos presidentes praticaram o discurso negacionista ficaram na faixa superior de mortes em cada grupo de um milhão de habitantes. Muito acima da média mundial, que estava em 768,17 vidas perdidas em cada milhão de habitantes.

O Brasil é o pior do grupo. Até 5 de março de 2022 o país tinha 3.081,2 mortes confirmadas em cada milhão de habitantes. Isso é quatro vezes mais mortos que a média global. Depois vêm os Estados Unidos (EUA), com 3,7 vezes a média mundial, e o México, com 3,2 vezes.

Veja na tabela (dados de 5). Fonte: Observatório Covid-19 da Johns Hopkins University[3]:

Mundo

Brasil EUA

México

Habitantes

7,8 bilhões

212 milhões  328 milhões

 127 milhões

Mortos

     5.991.766

     650.254     949.927

318.531

Mortes por milhão/hab.

           768,17

         3.081,02           2.844,01

          3,25

Múltiplo da média mundial

  4 vezes

  3,7 vezes

   3,25 vezes

                                        Mortes acima da média

 487.690

 712.445

238.898

Fontes que você pode consultar: dados do observatório mundial do Covid-19 da Johns Hopkins University  Veja aqui os dadps de hoje sobre as mortes por Covid-19 no Brasil e no mundo.

Mortes que poderiam ter sido evitadas

As mortes acima da média no Brasil, nos Estados Unidos, no México e em outros países evidenciam o que o ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 2020, dr. Charles Rice, chamou de “mortes em excesso”, ou “mortes evitáveis” caso as lideranças em cada país tivessem seguido os protocolos indicados pela Organização Mundial de Saúde.

No caso do Brasil, o dr. Rice citou expressamente o comportamento e o discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro como responsável pelas mortes em excesso.[4] O médico e presidente do hospital israelita Albert Einstein, em São Paulo, dr. Sidney Klajner, disse que no Brasil “Em nenhum momento as recomendações técnicas baseadas em evidências científicas foram seguidas por uma liderança única”.[5]

A comparação com países que seguiram as normas da Organização Mundial de Saúde na fase preventiva, e que logo adotaram a vacinação, mostra como o comportamento negacionista dos presidentes Trump, Bolsonaro, e Lopez Obrador provocou centenas de milhares de mortes a mais.

Países abaixo da média mundial de mortes

Apenas como exemplo, na mesma data em que foram coletados os dados da tabela acima, listamos as mortes por milhão de habitantes em 10 países que realizaram os controles recomendados, e que estavam abaixo da média mundial na quantidade de 508 mortos por milhão de habitantes em 3 de julho de 2021:[6]

País

População Mortos

Mortos por milhão

   Nova Zelândia

4,9 milhões

56 11
   Singapura

5,7 milhões

1.040

182

   Camboja

16,4 milhões

3.032

183

   Coréia do Sul

51,7 milhões

8.394

158

   Japão

126,2 milhões

24.140

191

   Noruega

5,3 milhões

1.664

311

   Arábia Saudita

34,27

9.002

262

   El Salvador

6,45 4.077

631

   Dinamarca

5,82

4.640

797

   Azerbaijão

10,2

9.454

943

Fonte que você pode consultar: Painel Statista.com 

Confira agora um comparativo de Brasil, Estados Unidos e México, com outros três grandes países apenas no continente americano. Veja os números da Bolívia, do Canadá, e da Costa Rica, para manter um exemplo na América do Sul, outro na América Hispânica e próximo ao México, e outro na América do Norte.

Nestes três países os governos não embarcaram no discurso negacionista liderado por Donald Trump, Bolsonaro, e André Obrador. O número registrado de mortes por milhão de habitantes é bem menor do que no Brasil, nos EUA e no México. No Brasil a media de mortes é 4 (quatro) vezes a taxa global.  Veja o Canadá, a Costa Rica, e a Bolívia, com taxas bem menores.

Veja na tabela (dados de 5 de março de 2022). Fonte: Dados coletados pela Johns Hopkins University:

Mundo Canadá Costa Rica Bolívia
Habitantes 7.800 milhões 37,5 milhões 5 milhões 11,5 milhões
Mortos   5.991.766     36.726 8.057 21.443
Mortes por milhão/hab.              768        977  1.596   1.862
Múltiplo da média mundial   1,27 vezes   2.07 vezes   2,42 vezes
                                         

Fonte: dados em 3/7/2021 no observatório mundial do Covid-19 da Johns Hopkins University

Na América do Sul, o Peru enfrentou uma situação de tragédia durante a Pandemia em função da precariedade do sistema de saúde do país. Dispunha de apenas 1.600 leitos para lidar com os casos de Covid, e com insuficiências em todos os setores de saúde e insumos de suporte à vida relacionados.

Além disso, cerca de 70% da população peruana vive na economia informal e em moradias densamente habitadas. A soma destes critérios levou à maior taxa de mortes por milhão entre todos os países. Em março de 2022 os dados apontavam 6.482 óbitos em cada um milhão de habitantes no Peru.[7]

 O movimento antivacinas no século XXI

Sem nenhuma relação com os episódios de 1904 no Rio de Janeiro, existe no Brasil e em diversos países um movimento denominado “antivacinas”, que desenvolveu um discurso anticientífico de contestação à efetividade (já comprovada) das vacinas, muitas vezes acompanhado de teorias conspiratórias absurdas.

As teses ou ideologias dos adeptos da antivacinação não têm base científica, nem qualquer tipo de comprovação. Ora buscam amparo em interpretações religiosas, ora em ideias vagas pouco fundamentadas como a argumentação de que os organismos se tornariam mais resistentes justamente por “enfrentar as doenças”.

Os resultados obtidos pelos adeptos dos movimentos antivacinas são o contrário do que eles propagam. As pessoas não vacinadas são naturalmente mais vulneráveis, e por isso são mais facilmente infectáveis, e tornam-se vetores da disseminação de doenças. As chances de morte entre elas são, portanto, maiores, e ainda provocam aumento na probabilidade de mortes de outras pessoas ao tornarem-se vetores.

Durante a Pandemia do Novo Coronavírus no Brasil, as atitudes e o discurso do presidente Jair Bolsonaro estiveram inúmeras vezes alinhados com o discurso dos movimentos antivacinas. Períodos de crise econômica, social ou sanitária, quando há grande incerteza em relação ao futuro, são momentos férteis para os discursos negacionistas, que se aproveitam do medo e da insegurança da população para apresentar pretensas curas milagrosas, que se revelam sem eficácia.

Confira um resumo do Curso Enem Gratuito sobre A Crise da Vacina no Brasil.

[1] https://www.dicio.com.br/negacionista/

[2] https://veja.abril.com.br/mundo/anthony-fauci-o-medico-a-frente-da-luta-contra-a-covid-19-nos-eua/

[3] https://coronavirus.jhu.edu/map.html

[4] https://www.bbc.com/portuguese/internacional-56889822

[5] Entrevista ao Jornal Folha de São Paulo. 4/07/2021, página A-18

[6] https://www.statista.com/statistics/1104709/coronavirus-deaths-worldwide-per-million-inhabitants/

[7] https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57534094

[8] http://cfp.ufcg.edu.br/portal/index.php/textos-de-divulgacao/529-experimento-de-eratostenes

Parabéns. Você chegou ao final do resumo de Filosofia, Sociologia e de Atualidades para o Enem sobre o tema O que é o Negacionismo.

O que é o Negacionismo

João Vianney dos Valles Santos

Psicólogo e jornalista, Vianney é diretor do Blog do Enem. Tem doutorado em Ciências Humanas, coordenou o Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, e Dirigiu o Campus Unisul Virtual. É consultor de EaD da Hoper Educação.
Categorias: Apostilas Encceja, Apostilas Enem Gratuitas, Cai no Enem, Ciências humanas, Enem, Filosofia
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