Celomados, acelomados, diblásticos, triblásticos, protostômios, deuterostômios. Sabe o que significam estes termos? Não? Então revise aqui e saiba tudo sobre as principais características do Reino dos Animais.
O Reino dos Animais, Reino Animalia ou Reino dos Metazoários é extremamente biodiverso. Os seres classificados como animais são organismos pluricelulares, eucariontes, heterótrofos por ingestão (com raras exceções adaptativas) e a maioria é aeróbia. Há nesse grupo, espécies extremamente complexas, como nós seres humanos e outras muito simples, como as esponjas. Dentro do Reino dos Animais encontramos aproximadamente 35 filos (esse número pode variar de autor para autor), onde estão classificadas mais de um milhão de espécies. Mas, quais são as características e critérios que utilizamos para classificar e organizar estes seres vivos? Você sabe? Não? Então, para se dar bem nas questões de biologia do Enem e dos vestibulares, revise aqui as principais características do Reino dos Animais!
Dica 1: Antes de continuar estudando as principais características do Reino dos Animais, que tal revisar as características básicas dos seres vivos? Veja este post, com dicas da professora Juliana Evelyn dos Santos: https://blogdoenem.com.br/biologia-caracteristicas-seres-vivos/
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E aí, curtiu o vídeo? Então, para tirar suas dúvidas sobre as principais características utilizadas para classificar os animais, veja o resumo que preparamos para você:
Os animais são seres tipicamente diploides e pluricelulares que possuem tecidos diferenciados. Possuem a capacidade de interagir e responder a estímulos do meio através do sistema nervoso e da musculatura (características exclusivas deste Reino e presentes na grande maioria dos animais). Geralmente realizam reprodução sexuada (alguns mais simples podem também realizar reprodução sexuada), onde formam espermatozoides pequenos e móveis e óvulos imóveis e grandes. Após a fecundação, todos os zigotos de animais sofrem divisões que irão fazer com que a célula-ovo se transforme e se diferencie. Essas características específicas sempre são consideradas para a classificação dos animais, levando-se em consideração principalmente o número de folhetos embrionários, o destino do blastóporo e a presença de celoma. Veja a seguir o que significam cada um desses termos:
Número de folhetos embrionários: Quando o espermatozoide se une ao óvulo, o zigoto (também chamado de célula-ovo) é formado. A partir disso, este zigoto sofre uma série de divisões mitóticas, formando várias células que ficam aderidas umas às outras. Esse conjunto de células fica parecendo um amora e, por isso, é chamada de mórula (que significa amora em latim). A mórula continua sofrendo mitoses e com o tempo transforma-se em uma esfera oca que chamamos de blástula, cuja cavidade se chama blastocele. Parte da blástula será empurrada para dentro, formando uma invaginação, como uma bola que murcha. Com isso, a blástula se transforma em gástrula, onde é possível ver duas camadas de células – os folhetos embrionários. O folheto embrionário externo é chamado de ectoderme e o folheto interno é chamado de endoderme. Quando um animal possui apenas estes dois folhetos embrionários, chamamo-lo de diblástico. Há outros animais em que a endoderme pode originar uma terceira camada de células: a mesoderme. Esses animais são chamados de triblásticos. Mas você deve estar pensando: pra que servem essas duas ou três camadas de células? Bem, é que cada uma irá se diferenciar em diferentes tecidos e órgãos de cada animal. Logo, animais mais simples, serão diblásticos e os mais complexos, triblásticos. Veja na imagem a seguir, a formação da gástrula e dos dois primeiros folhetos embrionários:
Dica 2: Antes de continuar estudando o Reino dos animais, que tal dar uma espiadinha nos conceitos e regras de taxonomia e nomenclatura científica? Então veja este super post com vídeo-aula da Khan Academy e dicas da professora Juliana Santos: https://blogdoenem.com.br/biologia-taxonomia-nomenclatura/
Destino do blastóporo: Como você pode ver na imagem anterior, durante o estágio de gástrula, o embrião possui uma cavidade chamada de arquêntero, que dará origem ao intestino do animal. O arquêntero se comunica com o meio externo através de uma abertura, chamada de blastóporo. Os animais onde o blastóporo dá origem a boca, são chamados de protostômios. Todos os animais triblásticos, com exceção dos equinodermos e dos cordados, são protostômios. Quando o blastóporo dá origem ao ânus, esses animais são chamados de deutrerostômios, que é o caso dos equinodermos e cordados.
Presença ou não de celoma: Em alguns animais, há o surgimento de uma cavidade no meio da mesoderme, chamada de celoma. Nos animais adultos o celoma corresponde à região situada entre a epiderme e o tubo digestório e que aloja vários órgãos. Os animais que possuem essa cavidade são chamados de celomados. Os animais que não possuem celoma são chamados de acelomados. Alguns animais podem ter uma cavidade dentro do corpo, mas que não foi formada a partir da mesoderme e sim da blastocele. Neste caso, são chamados de pseudocelomados.
Dica 3: Unicelular, pluricelular, eucarionte, procarionte, autótrofo, heterótrofo… Isso é “grego”? Não! São termos da biologia essenciais para se dar bem no Enem e nos vestibulares! Que tal revisar? Então veja este super post: https://blogdoenem.com.br/biologia-termos/
Tipo de formação do celoma: Nos protostômios, o celoma surge como uma cavidade no interior de massas de células mesodérmicas, sendo chamado de esquizoceloma. Já nos deuterostômios, o celoma se forma a partir de cavidades no interior de bolsas produzidas a partir de evaginações do mesoderma, que se diferencia na parte de cima do arquêntero, sendo chamado de enteroceloma. Para descomplicar, veja o esquema a seguir:
Tipos de simetria: A forma do corpo dos animais é adaptada ao tipo de movimento que realizam (ou não). Este também é um quesito bastante utilizado para classificar os animais. Consideramos que um animal possui simetria radial quando seu corpo pode ser dividido em vários planos de simetria, como os raios de uma bicicleta. Este tipo de simetria é comumente encontrado em animais que possuem pouca ou nenhuma mobilidade, tendo assim contato com o ambiente em várias direções. Já os animais com simetria bilateral são aqueles que podem ter seu corpo dividido em duas partes simétricas, garantindo o equilíbrio do animal e facilitando o deslocamento dele, pois esta simetria auxilia a diminuir a resistência da água e do ar. Veja a imagem a seguir:
Agora, veja na tabela a seguir, como podem ser agrupados os filos de animais mais cobrados no Enem e nos vestibulares a partir das características embrionárias: