Revise a estrutura interna dos caules primários e secundários, órgãos importantes das plantas, e arrase nas questões de Biologia do Enem e dos vestibulares!
Os caules são órgãos vegetativos que auxiliam a planta no transporte de substâncias e na sustentação de seus órgãos aéreos. Para realizar estas funções, os caules possuem tecidos organizados em camadas, como o córtex e a medula. Você conhece as estruturas internas dos caules primários e secundários? Não? Então fique ligado(a) neste post sobre organologia vegetal e arrebente nas questões de Biologia do Enem e dos Vestibulares!
Estrutura interna de um caule primário
Os caules primários são os caules jovens, que ainda não cresceram em espessura. O caule primário é revestido pela epiderme, um tecido uniestratificado com células justapostas que auxiliam na proteção das suas estruturas internas. Abaixo da epiderme do caule encontra-se o córtex, formado por tecido parenquimático de assimilação (também chamado de parênquima clorofiliano).
O parênquima clorofiliano é rico em cloroplastos, permitindo que o caule jovem também realize fotossíntese e produza a energia necessária para o crescimento da planta. Além do parênquima, o córtex também é formado por um tecido de sustentação – o colênquima. Internamente aos tecidos do córtex estão os tecidos de condução, organizados em feixes mistos. Nestes feixes, os vasos do xilema estão voltados para a região interna da planta e o floema para a região externa. Estes feixes são chamados de fascículos ou feixes líbero-lenhosos.
Bem no centro do caule, na região chamada de medula caulinar, há tecido parenquimático. Nas angiospermas dicotiledôneas os feixes líbero-lenhosos estão organizados de maneira concêntrica em torno da medula caulinar. Nas angiospermas dicotiledôneas, os feixes vasculares não possuem a organização concêntrica vista nas dicotiledôneas, os feixes encontram-se espalhados no parênquima. Porém, os vasos do xilema continuam voltados para dentro do caule e os do floema para fora.
Veja na imagem a seguir a estrutura de um caule primário de mobotiledônea (à esquerda, note os feixes espalhados pelo parênquima) e de uma dicotiledônea (à direita, note os feixes organizados em volta da medula):
Para completar a sua revisão sobre a estrutura primária do caule, veja esta videoaula do cana “O Kuadro” do Youtube:
Dica 1: Antes de continuar a estudar os diferentes tipos de caules, que tal revisar também a anatomia externa destes órgãos vegetais? Então veja este excelente post sobre as partes do caule com dicas da professora Juliana Evelyn dos Santos e videoaula do canal “Me salva!”.
Estrutura secundária do caule
Os caules secundários são aqueles que apresentam, além do crescimento longitudinal, um crescimento em espessura (em diâmetro). No centro do caule secundário, assim como no primário, há células parenquimáticas que formam a medula caulinar. Em volta dessa medula estão os feixes vasculares, com o xilema na região mais interna e o floema na região mais externa.
Entre as células do floema e do xilema existem células de um meristema primário (lembre-se de que meristemas são tecidos que dão origens a tecidos adultos) – o procâmbio. O procâmbio, por sua vez, dá origem a um meristema secundário – o câmbio fascicular, que também forma vasos condutores. Como estes vasos condutores são originados no caule primário, podemos classifica-los como xilema primário e floema primário.
Entre os feixes há células parenquimáticas que possuem a capacidade de desdiferenciação, ou seja, elas podem readquirir a capacidade de realizar divisões celulares e se diferenciar em outros tecidos. Uma das diferenciações desse parênquima é a formação de um câmbio chamado de interfascicular. O câmbio fascicular e o interfascicular formam juntos o câmbio vascular, responsável pelo crescimento do cilindro vascular.
O câmbio vascular, por sua vez, forma internamente mais células xilemáticas e, externamente, células do floema. Como estes vasos condutores são formados a partir de meristemas secundários, eles são classificados como floema secundário e xilema secundário. Mais externamente ao caule encontra-se outro meristema secundário: o felogênio. Ao se dividir internamente, o felogênio forma a feloderme. Quando se divide externamente o felogênio dá origem ao súber. Como estes tecidos formam a casca, o felogênio é também chamado de câmbio da casca. Ficou um pouco difícil? Muitos nomes, não é mesmo? Então, para te ajudar um pouquinho mais, veja esta outra videoaula do canal “O kuadro”, do Youtube:
Dica 2: Revise também as folhas! Veja este super post com tudo sobre as folhas e arrase em Biologia.
Anéis anuais
Você já deve ter ouvido falar que é possível contar os anos de uma árvore a partir dos anéis formados em seu tronco, certo? Pois bem, você está certo(a)! É possível sim contar os anéis de um tronco e descobrir a idade de uma árvore. Em regiões com estações bem marcadas, a espessura do xilema varia conforme ao clima em que se forma.
No inverno o câmbio vascular interrompe a atividade e na primavera, quando há abundância de água, a planta irá produzir um xilema com células de diâmetro largo e paredes finas, chamado de lenho primaveril. No verão, ou em estações mais secas, o xilema produzido possui células mais estreitas de paredes mais grosas para carregar a pouca água existente. O xilema formado neste período é chamado de lenho de verão.
Quando cortamos um tronco, percebemos que existem faixas claras e escuras. As faixas claras e mais largas correspondem ao lenho de primavera e as mais escuras e estreitas ao lenho de verão. Estes anéis, aos pares, correspondem a cada ano da planta.