Revise com a gente as consequências do uso de substâncias não-biodegradáveis e a magnificação trófica! Arrase em Biologia no Enem!
Ao longo do dia você utiliza uma série de substâncias não-biodegradáveis. Elas estão nos processos industriais, nos aparelhos eletrônicos que utilizamos, nas pilhas e até mesmo nos detergentes. Mas, o que é um substância não-biodegradável? Quais as consequências do uso dessas substâncias para a saúde do ambiente e dos seres humanos? Para saber isso e muito mais sobre a poluição gerada por substâncias não-biodegradáveis e a magnificação trófica, fique ligado(a) neste super post e arrase nas questões de Biologia do Enem e dos vestibulares!
Na natureza, o processo de decomposição realizado por bactérias e fungos recicla a matéria orgânica, degradando-a em moléculas menores e menos complexas – as substâncias inorgânicas. Porém, existem substâncias sobre as quais os microrganismos não conseguem agir e realizar sua decomposição. A estas substâncias damos o nome de não-biodegradáveis. Mas, qual é o problema dessas substâncias? Afinal, nosso planeta está cheio delas! O problema está nas substâncias não-biodegradáveis que são, em geral, produzidas e utilizadas industrialmente e nas quantidades preocupantes delas que acabam indo parar nos ambientes e lá se acumulam. Além disso, quando algum ser vivo ingere ou absorve estas substâncias, não irão conseguir eliminá-las e elas se acumularão em seu organismo, atrapalhando suas funções orgânicas. Vamos conhecer algumas dessas substâncias:
Dica 1: Antes de continuar revisando a poluição por não-biodegradáveis, que tal estudar as alterações bióticas? Veja este post com muitas dicas sobre ecologia para você gabaritar biologia no Enem!
Organoclorados
Organoclorados são substâncias de cadeias carbônicas com um átomo de cloro ligado de maneira covalente. Há uma grande variedade dessas substâncias e também um grande espectro de suas aplicações. O mais famoso e persistente dos utilizados no ambiente nos últimos anos é o DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano). O DDT foi o primeiro pesticida moderno, largamente utilizado para o combate aos agentes da malária e do tifo após a Segunda Guerra Mundial e posteriormente utilizado para exterminar pragas em lavouras. Comprovadamente cancerígeno (e assim divulgado em 1962 no famoso livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson), foi banido de vários países em 1972 na Convenção de Estocolmo. No Brasil, somente em 2009 uma lei proibiu a produção, armazenamento e venda do DDT (eita, Brasil!). Quando lançado no ambiente (além de poder causar câncer), o DDT permanece intacto por vários anos, acumulando-se nos tecidos dos seres vivos e passando inalterado por vários níveis tróficos.
Metais pesados
Os metais pesados são elementos químicos com densidade superior a 4,0 g/cm3, como por exemplo cobre, chumbo, mercúrio, níquel, selênio, telúrio, tálio e estanho. Os seres vivos precisam de certos metais pesados em pequenas quantidades para produzirem determinados tipos de moléculas orgânicas. O problema é quando quantidades consideráveis são ingeridas ou absorvidas pelos seres vivos. Um exemplo de contaminação por metal pesado é a que ocorre por ingestão de mercúrio. O mercúrio é um metal (líquido em temperatura ambiente) largamente utilizado em indústrias químicas de tinta, de pesticidas e de papel. Além disso, é utilizado para a separação do ouro de outros minerais no qual está incrustado. O mercúrio puro, na sua forma inorgânica, é praticamente inofensivo, pois é pouquíssimo absorvido pelo sistema digestório. Porém, torna-se altamente tóxico e cancerígeno quando associado a compostos orgânicos, como o metilmercúrio. Esta substância é neurotóxica e pode causar lesões que levam à morte.
Dica 2: Revise também a poluição do ar, a chuva ácida e a inversão térmica!
Plástico
É praticamente impossível imaginar o mundo moderno sem plástico, não é mesmo? Encontramos plásticos em brinquedos, embalagens, utensílios domésticos, carrocerias, em computadores… O plástico facilitou e barateou a produção de inúmeros objetos. Porém, rapidamente, o plástico passou de mocinho a vilão: objetos plásticos constituem a maior parte do lixo seco produzido no mundo todos os dias. A maior parte dos plásticos não são biodegradáveis, levando (segundo estimativas) centenas de anos para se desfazer na natureza. O Greenpeace estima que o Oceano Atlântico esteja contaminado com mais 500.000 peças de plástico flutuantes por quilômetro quadrado e pior: mais de 70% do plástico afunda, causando danos inestimáveis. Esse lixo pode diminuir a penetração de luz nos oceanos e ser engolido por vários animais, causando sua morte.
Magnificação trófica
Como estas substâncias não-biodegradáveis não são processadas pelo organismo dos seres vivos, elas acabam por ficar acumuladas em seus tecidos. Assim, ao longo das cadeias alimentares vão sendo ingeridas/absorvidas pelos consumidores indiretamente, misturadas às células dos seres vivos que estão consumindo. Vamos pensar, por exemplo, no DDT: a concentração de DDT pode ser baixa em uma planta, mas, um herbívoro que coma várias plantas contaminadas ao longo da vida terá acumulado grande quantidade de DDT proveniente das plantas que consumiu. Este acúmulo de substâncias não-biodegradáveis ao longo das cadeias alimentares é chamado de magnificação trófica (ou bioacumulação) e pode gerar sérios desequilíbrios ambientais, prejudicando, inclusive, a saúde humana.
No Japão (na baía de Minamata) por exemplo, há um famoso caso de magnificação trófica envolvendo seres humanos: pescadores foram envenenados ao consumirem peixes contaminados por metilmercúrio despejados na baía de Minamata juntamente com outros dejetos de uma indústria química da região. Durante 20 anos esta indústria liberou dejetos na baía, o que culminou com o nascimento de crianças com danos cerebrais e mortes de mais de 700 pessoas com dores severas devido ao envenenamento. Além disso, outros animais que viviam na baía morreram em decorrência do envenenamento de metilmercúrio, como peixes, moluscos e aves.
Agora que você já sabe tudo sobre estes poluentes não-biodegradáveis, que tal ver uma videoaula para finalizar sua revisão? Então veja esta aula do canal Curso Enem Gratuito, do Youtube:
Vamos testar seus conhecimentos?
01 – (UNEB BA/2011) Pesquisas baseadas em alta tecnologia e inovação têm sido capazes de criar uma nova geração de biopolímeros, com características “ambientalmente amigáveis” e que serão a base da química não poluente do futuro.
A não biodegradabilidade dos polímeros usualmente empregados na indústria do plástico tem incentivado pesquisas não só para o desenvolvimento de processos de reciclagem mais eficazes, como para a criação de produtos menos danosos ao ambiente e também à saúde humana.[…] Ao contrário de biopolímeros que não se degradam como os plásticos “verdes”, uma empresa americana de plásticos renováveis criou a primeira resina compostável dos Estados Unidos, fabricada a partir de amido de milho, de trigo e de mandioca.
Os plásticos “verdes” são aqueles obtidos a partir de matérias-primas renováveis, geralmente vegetais, cujo desenvolvimento consome gás carbônico, um gás produtor de efeito estufa. Observa-se que, nesse caso, apenas a matéria-prima é de fonte renovável, o plástico em si não é biodegradável. Um exemplo bastante interessante consiste na confecção de próteses a partir de polímeros preparados tendo como matéria-prima o óleo da mamona. (RIBEIRO, 2010, p.30-35)
A substituição de plástico derivado de matéria-prima petroquímica por materiais biodegradáveis renováveis conhecido atualmente como “plásticos verdes” tem sido a intenção de biotecnologias inovadoras capazes de criar novas gerações de biopolímeros que não agridam a saúde e não causem danos ao ambiente.
A partir dessas considerações, é correto afirmar:
01. O “polietileno verde” proveniente do bioetanol é um polímero facilmente degradável por micro-organismos decompositores que vivem no solo e nos aterros sanitários.
02. Os biopolímeros derivados de polissacarídeos, como o amido de milho, devem ser reciclados antes de descartados no ambiente.
04. As reações de polimerização do “eteno verde” são distintas das reações de polimerização do eteno proveniente de petróleo.
08. O óleo de rícino, derivado de ácidos graxos insaturados, extraído da semente da mamona, deve ser hidrogenado completamente antes de ser polimerizado.
16. O “polietileno tradicional” derivado de eteno petroquímico não reduz os níveis de CO2(g) na atmosfera durante toda a cadeia produtiva.
Gab: 05
02 – (UFOP MG/2009) Durante quatro décadas, pelo menos, o plástico petroquímico foi considerado um produto ideal, desde o seu descobrimento. Mas, a partir da década de 40, o plástico passou a ser o vilão ambiental. Seu principal problema ambiental é justamente a característica que já foi apontada como sua maior vantagem: a resistência (fonte: Ferraz, P. Jornal da Tarde, 14 maio 1993, p. 14).
Esta resistência significa que o plástico é resistente:
a) à desinfecção.
b) à ação de agrotóxicos.
c) à biodegradação.
d) aos antibióticos.
Gab: C
03 – (UFOP MG/2008) Uma das alternativas encontradas pela indústria para eliminar resíduos químicos não biodegradáveis é lançá-los em lagos ou barragens construídas em suas proximidades. Isto é preocupante porque tal procedimento afeta o ambiente, sendo preciso encontrar outras alternativas que não prejudiquem a natureza. A respeito desse problema, é correto afirmar:
a) A toxicidade dos resíduos químicos afetará primeiro os vegetais e posteriormente os animais.
b) Produtores e consumidores de todas as espécies terão o mesmo grau de tolerância aos poluentes.
c) Os resíduos químicos poderão provocar a diminuição de algumas formas de vida e o aumento de outras.
d) Dependendo do tipo de resíduo químico lançado no lago ou na represa, espera-se sua diluição e conseqüente diminuição de sua concentração.
Gab: C
04 – (UESPI/2008) A garimpagem clandestina que, sem dúvida, traz para uns muitas vantagens, danifica o meio ambiente e deve merecer muito mais atenção do poder público.
Com relação aos danos causados ao meio ambiente, podemos citar:
1) combinação de mercúrio às partículas de ouro, determinando, ao final do processo, poluição da água e do ar.
2) concentração de material de alta toxicidade no organismo humano, pela ingestão de peixes etc, contaminados com tal material.
3) destruição da vegetação e degradação do solo.
4) assoreamento de rios, com possibilidade de inundações e interferência no processo de acasalamento de peixes.
Está(ão) correta(s):
a) 2, 3 e 4 apenas.
b) 3 e 4 apenas.
c) 1, 2, 3 e 4.
d) 1, 3 e 4 apenas.
e) 1 apenas.
Gab: C
05 – (UNCISAL AL/2008) A partir de embalagens de PET, polímero da resina polietileno tereftalato, pesquisadores criaram um plástico que se decompõe no solo em apenas 45 dias. Para isso, utilizaram um outro tipo de plástico, no caso, um polímero alifático. “Ao misturar os dois, conseguimos formular um produto altamente biodegradável”. Esse estudo é de grande importância, pois o Brasil fabrica, anualmente, cerca de 374 mil toneladas de embalagens do tipo PET, e somente 47% desse total é reciclado.
O restante se acumula em aterros sanitários, lixões, rios e lagos, onde leva um século ou mais até desaparecer completamente. (Pesquisa Fapesp, 2007. Adaptado)
De acordo com as informações do texto,
a) as embalagens de PET são rapidamente consumidas por bactérias presentes no solo.
b) aterros sanitários são locais de rápida biodegradação de embalagens de PET.
c) plásticos são substâncias biodegradadas por algas microscópicas presentes no solo.
d) a reciclagem das embalagens de PET contribui para seu acúmulo em lixões.
e) o produto formulado pelos pesquisadores é atacado por microrganismos decompositores.
Gab: E
Dica 3: Revise também a poluição sonora, térmica e radioativa! Tem curiosidades sobre Chernobyl e Fukushima!