Relações Ecológicas entre os Seres Vivos. É Biologia no Enem e nos vestibulares.

Colônia, Mutualismo, Cooperação, Parasitismo ou Inquilismo entre os seres vivos: você lembra da aula sobre as Relações Ecológias? - Veja aqui nesta revisão de Biologia para o Enem e os vestibulares as as Relações entre os seres vivos. Confira abaixo.

Revisão Enem sobre as Relações Ecológicas entre os seres vivos. Você lembra de Mutualismo, Comensalismo, Sociedade, Cooperação e etc.? Confira aqui as relações Harmônicas e Desarmônicas.

As relações ecológicas entre os seres vivos podem ser classificadas em harmônicas ou desarmônicas, de acordo com o prejuízo de cada espécie. As desarmônicas são fatores de controle de populações. Quando uma relação é intraespecífica, os integrantes pertencem a uma mesma espécie. No caso de serem de espécies diferentes, são classificadas como enterespecíficas.
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Colônia: é uma relação entre seres vivos de mesma espécie onde há união anatômica entre os indivíduos, ou seja, estão unidos uns aos outros. Exemplos: colônias de bactérias, fungos, os corais (são cnidários – animais que “queimam”), esponjas ou poríferos.figura10.jpg

Sociedade: neste caso, a relação também é intraespecífica, mas não há união anatômica entre os indivíduos, cada um desempenhando o seu papel. Exemplos de sociedade entre os seres vivos: as abelhas, cupins e formigas são insetos sociais. imagem: carolinavozdobox.blogspot.comfigura11.jpg

 Mutualismo: é relação harmônica interespecífica em que há troca de benefícios entre duas espécies. Nesta situação, os dois são interdependentes, ou seja, se um deles desaparecer, o outro também pode morrer.

Portanto, é obrigatória a coparticipação entre os dois. Exemplos: os liquens, que são associações entre algas e fungos, onde as algas fazem fotossíntese e cedem glicose ao fungo, que mantém umidade para a alga sobreviver. figura12.jpgOutro caso é o dos protozoários que digerem a celulose na pança (rúmen) dos ruminantes, obtendo proteção e alimentos destes.

Protocooperação ou cooperação: relação interespecífica em que os dois são beneficiados, mas não é necessária a interdependência entre os seres vivos.figura13.jpgExemplos: o caranguejo “paguro”, que coloca anêmonas-do-mar em cima de conchas abandonadas, onde as anêmonas têm tentáculos urticantes e o caranguejo está protegido, além do que as anêmonas obtêm mais alimento, pois são filtradoras e se locomovendo conseguem mais comida.

No gado é comum encontrarmos pássaros retirando carrapatos da sua pele. Eis aí um exemplo de cooperação entre os seres vivos.Veja na imagem:cooperação entre seres vivos

 

Inquilinismo: é uma relação interespecífica em que um se abriga em outro, mas sem nada retirar. Exemplos: as bromélias são plantas epífitas, pois se abrigam em árvores sem nada retirar. figura15.jpg

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Comensalismo: relação na qual há um comensal, que se alimenta de sobras deixadas por outra espécie. Exemplos: os abutres, camarões, siris, hienas, são animais chamados “lixeiros” da natureza, pois comem restos. É um exemplo de comensalismo entre os seres vivos.figura16.jpg

Estudo de populações

Vimos que população é o conjunto de indivíduos pertencentes a uma mesma espécie.

Suponhamos que surja uma ilha repentinamente no meio do oceano. Ela é de origem vulcânica, pois a maioria dos vulcões está no fundo do mar. Vai acontecer uma sucessão ecológica, que é o povoamento gradual do local por seres vivos que ali vão se instalando.

Dica 1 – Biologia Enem – Sabe tudo sobre Ecologia? Confira nessa aula!   

A sucessão ecológica começa pelos organismos pioneiros, de um baixíssimo grau de organização, como gramíneas, liquens, musgos, algas cianofíceas, insetos e pequenos aracnídeos. Depois de algum tempo, há chances de instalação de espécies um pouco mais especializadas, como ervas, arbustos, aves, roedores, pequenos répteis e pequenas árvores. Os seres vivos, portanto, na sucessão ecológica.

No final de muito tempo, haverá na área um clímax, ou seja, espécies de vida longa, alto grau de especialização, muita estabilidade e muita produtividade bruta. Então, de rochas vulcânicas teremos uma sucessão que forma uma floresta.figura17.jpg

imagem: sociobiologia.com.br

Uma população qualquer, quando se instala no local, cresce lentamente no início, visto que são poucos indivíduos, há necessidade de adaptação ao local, exploração do espaço disponível e disponibilidade de alimento, havendo um processo de seleção natural, que, segundo Darwin, os mais aptos serão selecionados e os menos aptos serão extintos. Se houver adaptação e disponibilidade de alimento e água, a população passa a crescer em ritmo acelerado.

Mas com o aumento do número de indivíduos começa a haver uma competição maior pelas necessidades vitais. Há alteração no comportamento, maior disputa implica em fatores estressantes, alteração hormonal, menos fertilidade, mais brigas, abortos espontâneos, morte prematura de filhotes, emigrações, começando a retardar esse crescimento da população.figura18.jpg

Por fim, haverá a estabilização, ou seja, essa população “flutua”, não aumentando mais nem diminuindo, pois haverá o equilíbrio.

Conceitos importantes nas relações ecológicas:

Potencial biótico de uma população: é a capacidade que a população tem de crescer. Isto está associado à disponibilidade de alimento, água, espaço, resistência a doenças, capacidade de migrar, maior proteção contra predadores, adaptação aos fatores climáticos. O potencial biótico de um rato é maior que o de um elefante.

Resistência do meio: escassez de água e alimentos, doenças, predatismo, canibalismo, pouco espaço, fatores climáticos, como inundações, incêndios naturais, terremotos, furacões, vulcões, antibiose, competição. Enfim, tudo que pode dificultar o crescimento da população.figura19.jpg

  • O que faz uma população crescer? Natalidade e imigração.
  • O que faz uma população encolher? Mortalidade e emigração.
  • Se N + I é maior que M + E, esta população está crescendo, e isso pode ser normal ou um problema.
  • Se N + I é menor que M + E, esta população está encolhendo, e isso pode ser normal ou um problema.
  • Haverá equilíbrio quando N + I = M + E.

A população humana não estabilizou, pois venceu a resistência do meio e continua a crescer muito, pois com a tecnologia e a medicina evoluídos do jeito que estão, há menos resistência imposta pelo meio, pois aquilo que antigamente impunha restrições ao crescimento do contingente humano, hoje em dia pode não ser mais barreira. Onde vamos chegar?

Somos mais de 7 bilhões de seres humanos necessitando de comida, água, vestuário, energia, moradia, trabalho, consumo de bens, estudo, deslocamento, medicamentos e outros. Produzimos esgoto, poluição, lixo, devastação, ocupação de espaço e aglomeramos pessoas nos centros urbanos, gerando problemas ambientais, mentais e morais e sociais.

Resta a discussão: até onde o planeta aguenta?figura20.jpg

imagem: canalkids.com.br

Dica: Assista nossa aula sobre o tema e aprenda mais ainda com a nossa professora Juliana.

Desafios

Questão 01

(PUCCAMP) Considere o texto a seguir.

“Em experimentos com ratos verificou-se que, quando as gaiolas de criação se tornam superpovoadas, mesmo que haja alimento em abundância, a taxa de natalidade pode cair a zero: os filhotes morrem no interior do corpo da mãe.”

O fator que limita o crescimento das populações dos ratos em estudo é:

a) o suprimento alimentar.

b) o confinamento.

c) a competição interespecífica.

d) a densidade populacional.

e) a ausência de parasitas e predadores.

Questão 02

(UFRS) Leia os itens a seguir, que contêm informações sobre a dinâmica de populações.

I. Uma população humana com taxa de natalidade de 150 nascimentos/ano, taxa de mortalidade de 80 mortes/ano e iguais taxas de imigração e emigração.

II. Uma população de insetos com iguais taxas de natalidade e mortalidade, taxa de emigração de 45 indivíduos/ano e taxa de imigração de 15 indivíduos/ano.

III. Uma população de roedores com taxa de natalidade de 50 nascimentos/ano, taxa de mortalidade de 27 mortes/ano e taxas de imigração e emigração iguais a zero.

Quais das populações mencionadas estariam mais sujeitas ao desaparecimento?

a) Somente a dos humanos.

b) Somente a dos insetos.

c) Somente a dos roedores.

d) Somente a dos humanos e a dos roedores.

e) Somente a dos humanos e a dos insetos.

Questão 03

(UFF-RJ) Liquens são associações mutualísticas entre algas e fungos, capazes de colonizar ambientes áridos porque:

a) o fungo adere ao substrato e a alga retém água e sais minerais.

b) a alga adere ao substrato e o fungo efetua quimiossíntese.

c) a alga produz energia e o fungo sintetiza as proteínas.

d) a alga efetua a fotossíntese e o fungo retém água e sais minerais.

e) a síntese de proteínas e a captação de água são potencializadas em ambos os mutualistas.

Questão 04

(UCDB-DF) O cupim vive associado a protozoários capazes de digerir a celulose, tornando o alimento acessível a ambos. Esse tipo de associação é conhecido como:

a) parasitismo.

b) predatismo.

c) mutualismo.

d) canibalismo.

e) competição.

Questão 05

(UFF-RJ) Analise as proposições:

1. Entende-se como comensalismo a associação em que uma das espécies se beneficia, usando restos alimentares da outra, que não é prejudicada.

2. A relação em que uma das espécies obrigatoriamente mata a outra para dela se alimentar chama-se parasitismo.

3. O mutualismo é a associação necessária à sobrevivência de duas espécies, em que ambas se beneficiam.

Assinale a opção que avalia corretamente a veracidade dessas proposições.

a) 2 e 3 são verdadeiras.

b) Apenas a 3 é verdadeira.

c) 1 e 2 são verdadeiras.

d) 1 e 3 são verdadeiras.

e) Todas são verdadeiras.

Gabarito:

1) D

2) B

3) D

4) C

5) D

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