Biologia – Saiba mais sobre o Filo dos Platelmintos!

Planária, tênia e esquistossomo são vermes que pertencem ao Filo dos Platelmintos. Para se dar bem no Enem e nos vestibulares, vamos revisá-los?

Planária, tênia e esquistossomo são os representantes mais conhecidos do Filo dos Platelmintos (Platyhelminthes). São animais invertebrados de corpo alongado e mole, achatados dorsoventralmente. A maioria das espécies é de vida livre, porém, alguns vermes platelmintos podem parasitar seres humanos, causando doenças chamadas de verminoses. O Enem, assim como a maior parte dos vestibulares, adora cobrar questões que relacionem a qualidade do ambiente com a saúde humana e, explorar as verminoses é um prato cheio! Portanto, querido(a) candidato(a), que tal dar uma revisadinha no Filo dos Platelmintos?

Dica 1: Antes de continuar revisando o Filo dos Platelmintos, que tal dar uma espiadinha nas características básicas do Reino dos Animais? Então veja este super post com vídeo-aula do professor Rubens Oda e dicas da professora Juliana Evelyn dos Santos: https://blogdoenem.com.br/biologia-reino-animais/

Para iniciar sua revisão e introduzir o conteúdo, veja esta videoaula do canal do Curso Enem Gratuito:

E aí, gostou do vídeo? Beleza! Agora, para tirar todas as suas dúvidas sobre o Filo dos Platelmintos, veja o resumo que preparamos para você:

platelmintos

Hábitos: A maior parte das espécies desse grupo de vermes é de vida livre, habitando ambientes aquáticos de água doce e ambientes terrestres úmidos, como as planárias. Outras espécies podem ser parasitas de animais e plantas, parasitando inclusive os seres humanos, como os vermes que causam a esquistossomose e a teníase.

Anatomia: Os platelmintos são vermes achatados dorsoventralmente com simetria bilateral. São animais triblásticos e acelomados. Externamente, o corpo dos platelmintos é revestido por uma epiderme derivada do folheto ectoderme do embrião. Nas planárias, esta epiderme é recoberta de cílios (principalmente a região ventral) que ajudam na locomoção do animal. Seu tubo digestório é revestido internamente por um epitélio originado a partir da endoderme do embrião. Entre estes dois tecidos, há um tecido de preenchimento, chamado de parênquima e permeando esse tecido há células musculares, ambos de origem mesodérmica. No parênquima também são encontradas as gônadas do animal. Na região frontal das planárias podemos encontrar duas manchas escuras – os ocelos. Os ocelos são estruturas sensoriais capazes de perceber a ausência ou presença de luz. Além disso, as planárias possuem, próximas aos ocelos, células quimiorreceptoras que auxiliam na localização do alimento.

Dica 2: Que tal revisar também o Filo dos Cnidários? Então veja este post, com vídeo-aula super divertida do professor Paulo Jubilut e dicas da Professora Juliana Evelyn dos Santos: https://blogdoenem.com.br/cnidarios-aguas-vivas-corais/

Sistema nervoso: O sistema nervoso dos platelmintos é um pouco mais sofisticado que dos animais do Filo dos Cnidários. Ao contrário da rede difusa de células nervosas encontrada nas águas-vivas, os platelmintos possuem regiões com concentração de neurônios – os gânglios. Há dois gânglios na região frontal do animal ligados a dois cordões nervosos que seguem ventralmente até a região posterior do organismo. Desses cordões partem diversas ramificações para enervar as diferentes partes do corpo do animal.

Sistema digestório: Assim como no Filo dos Cnidários, o sistema digestório dos platelmintos é incompleto, uma vez que só possuem boca e não ânus. Nas planárias, este sistema digestório se abre para o meio externo na ponta de um prolongamento , semelhante a um canudinho, que sai do ventre do animal – a faringe. A digestão nestes animais é realizada tanto dentro do tubo digestório (extracelular) quanto dentro das células (intracelular). Os platelmintos parasitas podem ter adaptações no sistema digestório: os esquistossomos possuem uma ventosa na boca para se fixarem nas veias do intestino e do fígado humano e a tênia que não possui intestinos, uma vez que se alimenta absorvendo nutrientes através da superfície corpórea.

Sistema circulatório: Os platelmintos não possuem sistema específico para a circulação de substâncias. A circulação é feita pelo próprio sistema digestório que possui muitas ramificações e distribui substâncias pelo corpo. Além disso, as células realizam difusão, transportando água, nutrientes e gases de célula a célula.

Sistema respiratório: Os platelmintos não possuem sistema respiratório. Como seus corpos são formados por poucas camadas de células, as trocas gasosas são feitas por difusão através da epiderme.

Sistema excretor: Os platelmintos possuem um sistema excretor formado por um conjunto de túbulos ramificados que apresentam em suas extremidades células especializada que variam nos diferentes platelmintos. Em algumas espécies essas células possuem vários flagelos e são chamadas de “células-flama”(como no caso das planárias). Em outros vermes a célula possui apenas um flagelo e é chamada de solenócito. O batimentos dos flagelos de ambas as células faz com que o fluído extraceular do parênquima seja filtrado e depois empurrado para os túbulos. Esse túbulos se abrem para o meio externo por poros excretores, situados na superfície dorsal do corpo do animal.

Dica 3: Estude também o Filo dos Poríferos! Para isso, veja este super post, com dicas da professora Juliana Evelyn dos Santos e vídeo-aula do professor Paulo Jubilut: https://blogdoenem.com.br/biologia-reino-animais-poriferos/

Classes de platelmintos: Para o Enem e para os vestibulares três classes são importantes: Turbelaria, Trematoda e Cestoda. Na classe Turbelaria estão animais de vida livre, como as planárias. Na classe Trematoda estão os platelmintos parasitas que possuem duas ventosas para se fixarem no hospedeiro (uma na boca e outra no ventre), como os esquistossomos que causam a esquistossomose em humanos. Já na classe Cestoda estão os vermes parasitas que não possuem sistema digestório e possuem o corpo metamerizado, como as tênias.

Reprodução: Cada classe tem um tipo de reprodução. Os indivíduos da classe Turbelaria são hermafroditas, porém raramente realizam autofecundação. Durante a cópula ambos os indivíduos introduzem um pênis no poro genital do outro e assim trocam gametas (fecundação interna). Após a fecundação se formam zigotos com cápsulas protetoras que são depositadas no ambiente. Quando essas cápsulas são rompidas, são liberadas planárias jovens, tendo, portanto, desenvolvimento direto. Veja este vídeo mostrando uma linda cena de namoro entre dois indivíduos da Classe Turbelaria:

As planárias podem também se reproduzir assexuadamente por fissão transversal, uma vez que possuem alto poder de regeneração. Veja o vídeo a seguir que demonstra a regeneração da planária:

Os indivíduos da classe Trematoda podem ser hermafroditas (como a Fasciola hepatica que pode parasitar nossos intestinos) ou dioicas (como o Schistosoma mansoni que causa a esquistossomose). Nesse grupo é comum que os vermes formem larvas que precisarão de hospedeiros intermediários para amadurecerem, portanto com desenvolvimento indireto. Já os vermes da classe Cestoda são hermafroditas e realizam autofecundação. Após a fecundação formam-se ovos que liberam larvas, tendo também desenvolvimento indireto.

Dica 4: Precisa revisar mais conteúdos de biologia? Veja os vídeos de Biologia da Khan Academy já traduzidos para o Português pela equipe da Fundação Lemann no http://www.fundacaolemann.org.br/khanportugues/#videos
Dica 5: Quer treinar seus conhecimentos em Biologia? Baixe esta apostila de biologia gratuitamente! https://blogdoenem.com.br/biologia-enem-apostila-gratuita/
Juliana Biologia Enem
Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Juliana Santos para o Blog do Enem. Juliana é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de Ciências e Biologia em escolas da Grande Florianópolis desde 2007. Facebook: https://www.facebook.com/juliana.evelyndossantos.
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