Teste seus conhecimentos sobre Escola de Frankfurt com exercícios do Enem e de vestibulares! São 10 questões com gabarito e um resumo para relembrar das principais ideias!
A Escola de Frankfurt e o conceito de indústria cultural sempre aparecem em questões de Filosofia e Sociologia do Enem e vestibulares. Por isso, prepararmos um resumo e uma lista de exercícios sobre Escola de Frankfurt para você se preparar para as provas!
Na Alemanha do século XX, um grupo de pensadores se reuniu na criação do Instituto de Pesquisa Social. A instituição ficou amplamente conhecida como a Escola de Frankfurt.
Núcleo fundador da Escola de Frankfurt que cunhou o termo indústria cultural
A escola tinha como seu alicerce o pensamento Marxista, juntamente com as teorias de Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud. Ela reuniu alguns dos mais importantes pensadores da Alemanha que, por sua vez, se inspiraram em renomados autores germânicos para criar a Teoria Crítica.
A Teoria Crítica é uma análise de mundo centrada na reflexão sobre o capitalismo, o Iluminismo e a Revolução Industrial, inspirados no pensamento marxista.
Os principais nomes da Escola de Frankfurt foram Theodor Adorno, Max Horkheimer, Jürgen Habermas e Walter Benjamin.
Indústria cultural
Indústria cultural é um conceito criado pelos pesquisadores Theodor Adorno e Max Hokheimer, em 1947. Ambos fugiram da Alemanha durante a ascensão do Nazismo e foram para os EUA, onde havia um capitalismo bastante avançado.
Eles desenvolveram uma análise voltada aos meios de comunicação. Isso porque observaram como a cultura e os meios de comunicação começaram a produzir um tipo específico de conteúdo – de massas -, que extrapola o sentido da arte e que se relaciona à ideologia dominante.
Dessa forma, os bens culturais se tornam mercadorias e a cultura se massifica, sendo altamente distribuída. Esse processo é chamado de massificação da cultura que, por sua vez, gera homogeneização das pessoas, do conteúdo, da reflexão.
O conteúdo disseminado por esses meios de comunicação visam produzir no espectador a aceitação da cultura dominante em vez de gerar pensamento crítico. Assim, através da massificação dos bens culturais, o capitalismo faz com que o trabalhador, em seu momento de lazer, sofra um processo de alienação. O lazer torna-se, desse modo, prolongamento do trabalho.
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Antes de partir para os exercícios sobre Escola de Frankfurt, assista ao vídeo do professor Alan sobre indústria cultural:
Saiba como pensadores da Escola de Frankfurt caem no Enem e nos vestibulares com a lista de questões:
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(ENEM MEC/2020)
Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado e, ao escutar a música, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto.
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
A crítica ao tipo de criação mencionada no texto teve como alvo, no campo da arte, a
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(ENEM MEC/2016)
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ENEM MEC/2017)
O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a partir de uma dimensão procedimental, calcada no discurso e na deliberação. A legitimidade democrática exige que o processo de tomada de decisões políticas ocorra a partir de uma ampla discussão pública, para somente então decidir. Assim, o caráter deliberativo corresponde a um processo coletivo de ponderação e análise, permeado pelo discurso, que antecede a decisão.
VITALE. D. Jürgen Habermas, modernidade e democracia deliberativa. Cadernos do CRH (UFBA). v. 19, 2006 (adaptado).
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão social. De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a)
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(ENEM MEC/2014)
Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa norma.
HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.
Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a)
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(ENEM MEC/2017)
A crítica é uma questão de distância certa. O olhar hoje mais essencial, o olho mercantil que penetra no coração das coisas, chama-se propaganda. Esta arrasa o espaço livre da contemplação e aproxima tanto as coisas, coloca-as tão debaixo do nariz quanto o automóvel que sai da tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo em direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não oferece móveis e fachadas a uma observação crítica completa, mas dá apenas a sua espetacular, rígida e repentina proximidade, também a propaganda autêntica transporta as coisas para primeiro plano e tem um ritmo que corresponde ao de um bom filme.
BENJAMIN, W. Rua de mão única: infância berlinense – 1900. Belo Horizonte: Autêntica, 2013 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica em virtude do(a)
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(IFPR/2020)
“[…] Cada filme é apresentação do filme seguinte, que promete reunir outra vez mais a mesma dupla sob o mesmo céu exótico: quem chega atrasado fica sem saber se assiste ao “em breve neste cinema” ou ao filme propriamente dito. O caráter de montagem da indústria cultural, a fabricação sintética e guiada dos seus produtos, industrializada não só no estúdio cinematográfico, mas virtualmente, ainda na compilação das biografias baratas, nas pesquisas romanceadas e nas canções, adapta-se a priori à propaganda. Já que o momento particular tornou-se separável e fungível, descartado mesmo tecnicamente de qualquer nexo significativo, ele se pode prestar a finalidades externas à obra. O efeito, o achado, o exploit isolado e repetível, ligou-se para sempre a exposição de produtos para fins publicitários, e hoje cada primeiro plano de uma atriz é uma “propaganda” de seu nome, cada motivo de sucesso o plug da sua melodia. Técnica e economicamente, propaganda e indústria cultural mostram-se fundidas. […]”.
(Fonte: ADORNO, T. Industria cultural. Trad. Jorge Matos Brito de Almeida. São Paulo: Paz e Terra, 2002. p.40-41)
Theodor Adorno (1903-1969) é um dos nomes célebres da Escola de Frankfurt. Quanto à postura assumida por ele ao analisar o fenômeno da indústria cultural, suas práticas e efeitos como realidade social, assinale a afirmativa correta.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UECE/2020)
O trecho abaixo apresentado se refere à influência da indústria cultural e seus produtos, em relação à ordem social e política contemporânea, sob a ótica dos pensadores da Escola de Frankfurt:
“O desenvolvimento da indústria cultural ocasionou a incorporação dos indivíduos numa totalidade social racionalizada e reificada; frustrou sua imaginação e tornou-os vulneráveis à manipulação por ditadores e demagogos. A propaganda fascista necessitou apenas ativar e reproduzir a mentalidade existente das massas; ela simplesmente tomou as pessoas pelo que eram – os filhos da indústria cultural – e empregou as técnicas dessa indústria para mobilizá-las por trás dos objetivos agressivos e reacionários do fascismo”.
THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis, RJ: Vozes. Adaptado.
Considerando o trecho acima e o conceito de indústria cultural, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Os produtos da indústria cultural são, geralmente, construções simbólicas impregnadas de estereótipos que suprimem a reflexão crítica sobre a ordem social, podendo abrir espaço para uma visão autoritária.
( ) Aqueles indivíduos que foram capturados pela retórica autoritária do fascismo são os que já haviam sucumbido à influência da indústria cultural e à sua capacidade de manipulação das massas.
( ) Os produtos da indústria cultural desafiam as normas sociais e possuem um caráter antirrealista que se torna fonte de fascínio por parte das massas que aderem ao seu falso caráter revolucionário.
( ) Exemplificada na indústria de entretenimento, a indústria cultural padronizou e mercantilizou as formas culturais, o que resultou em uma arte banal e repetitiva, incapaz de provocar um olhar crítico.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
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As reações mais íntimas das pessoas estão tão completamente reificadas para elas próprias que a ideia de algo peculiar a elas só perdura na mais extrema abstração: personality significa para elas pouco mais que possuir dentes deslumbrantemente brancos e estar livres do suor nas axilas e das emoções. Eis aí o triunfo da publicidade na indústria cultural.
(ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p.138.)
A respeito da relação entre Indústria Cultural, esvaziamento do sentido da experiência e superficialização da personalidade, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UEL PR/2016)
Eduardo Kac, GFP Bunny, 2000
Leia o texto a seguir.
A intervenção genética poderia prejudicar a consciência de autonomia do indivíduo, nomeadamente aquela autocompreensão moral que se deve esperar de todo membro de uma comunidade de direito, estruturada pela igualdade e pela liberdade, quando eles têm as mesmas chances de fazer uso de direitos subjetivos igualmente distribuídos. Portanto, o prejuízo que pode surgir não se situa no nível de uma privação de direitos. Ele consiste, antes, na insegurança que um portador de direitos civis sente em relação à consciência de seu próprio status. Pessoas programadas não podem mais se considerar como autores únicos de sua própria história de vida, pois, em relação às gerações que as precederam, elas não podem mais se considerar ilimitadamente como pessoas nascidas sob iguais condições.
(Adaptado de: HABERMAS, J. O futuro da natureza humana. A caminho de uma eugenia liberal? 2.ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010, p.107-108.)
A intervenção genética possibilita uma reflexão sobre a mudança de compreensão da natureza humana tradicionalmente concebida como permanente.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre ética em Jürgen Habermas, considere as afirmativas a seguir.
I. A complexidade da decisão moral, no caso da intervenção genética, dificulta a aplicabilidade do modelo da ética discursiva, que prevê que o acordo entre os concernidos é conquistado pelo diálogo público, isto porque um dos concernidos – no caso, a potencial pessoa em que o embrião se tornaria – ficaria excluído do debate argumentativo.
II. A tendência contemporânea que defende a autonomia da pesquisa, principalmente a partir dos avanços da biotecnologia, em geral, e da intervenção genética, em particular, suscita a necessidade de recorrer a uma regulamentação jurídica que possa garantir o direito a uma herança genética isenta de manipulação.
III. As questões acerca dos benefícios ou malefícios advindos da aplicação da pesquisa genética são respondidas a partir da superioridade hierárquica do saber da ciência em relação aos valores éticos vigentes, no sentido de que o conhecimento científico está suficientemente legitimado para impor princípios materiais objetivos.
IV. Os possíveis dilemas da programação genética encontram respostas suficientemente satisfatórias ao fazer uso da igualdade existente entre o reino do discurso e o da ação, representado pela discussão política dos conselhos públicos, e o da necessidade e do trabalho, representado pela racionalidade estratégica da técnica moderna.
Assinale a alternativa correta.
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(UEL PR/2020)
Leia o texto a seguir.
À medida que as obras de arte se emancipam do seu uso cultual, aumentam as ocasiões para que elas sejam expostas. A exponibilidade de um busto […] é maior que de uma estátua divina, que tem sua sede fixa no interior do templo. […] a preponderância absoluta conferida hoje a seu valor de exposição atribui-lhe funções inteiramente novas, entre as quais a “artística”, a única de que temos consciência, talvez se revele mais tarde como rudimentar.
BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica (Primeira versão)”. In: Obras escolhidas I. Trad. Sérgio Paulo Rouanet, 8ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2012. p. 187-188.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria benjaminiana da reprodutibilidade técnica e do valor cultual e de exposição da obra de arte, assinale a alternativa correta.
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O valor de exposição da obra de arte reforça os laços sociais, na medida em que a exposição intensifica a coesão social, possibilitando, democraticamente, o acesso à obra.
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