Em 2004 o Sul do Brasil experimentou uma sensação de pavor. Um fenômeno ocorreu onde jamais se imaginava. Apelidado de Catarina, o furacão deixou muita destruição. Confira nesta aula de geografia.
Ocorrido entre 27 e 28 de março de 2004, esse fenômeno abalou o Sul do Brasil, pois sendo um fenômeno atípico nessa região, surpreendeu a população e a comunidade científica.
O furacão Catarina se desenvolveu a partir de um ciclone extratropical no atlântico, e evoluiu para um ciclone subtropical. sistema ganhou gradativamente ventos e se direcionou para o continente com ventos de 150 km/h.
Uma tempestade violenta atingiu o litoral do sul do Brasil, provocando morte e destruição.Os serviços de metereologia do Brasil não estavam acostumados a identificar furacões, pois os fenômenos não ocorriam no Atlântico Sul.
Uma disputa entre os técnicos em metereologia quase colocou em risco a população. O alerta de furacão somente foi dado para a população após o serviço de metereologia da EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agrícola e Extensão Rural) alertarem o então governador do estado, Luiz Henrique da Silveira sobre os riscos.
Como a comunidade científica reagiu?
Foi uma verdadeira surpresa para a comunidade meteorológica, que a princípio não deu muita importância, a partir da observação do sistema começaram a tratá-lo como um ciclone extratropical, que por sua vez iria provocar um tempo instável no sul do Brasil.
Segundo os cientistas esse sistema num determinado momento fez uma transição de ciclone para furacão, com um olho no centro. Sendo considerado então o primeiro furacão do Atlântico sul.Figura 1– Furacão Catarina se direcionando para a costa. Imagem de Satélite do CETEP. Disponível em: https://betoorcy.blogspot.com.br/2010/03/chegada-do-cicone.html
E a população?
Na época, assim como hoje, a previsão de um fenômeno como esse foi de difícil detecção. A população em geral foi comunicada, porém possuíam pouca noção de como lidar com a situação, quais seriam as destruições, a velocidade do vento, e a intensidade das chuvas do furacão catarina.
O que houve foi uma destruição, onde o furacão atingiu cerca de 200 km entre a região do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, classificado na categoria F2, espalhando medo e incertezas.
Desde então, será que algo foi feito na tentativa de minimizar os prejuízos e prevê um novo evento desse porte? Sabemos que os sistemas meteorológicos brasileiros pouco avançaram de lá para cá.
Dica 1- Você sabe o que é Balança comercial? Não? Então acompanhe essa aula de geografia, aqui no Blog! https://blogdoenem.com.br/balanca-comercial-geografia-enem/
Destruição do Furacão Catarina
Foram registradas três mortes, prejuízos de mais de um bilhão de reais, 40 municípios atingidos, no mar ondas de mais de 5 metros, casas destruídas e pessoas desabrigadas. Prejuízos econômicos na agricultura principalmente com a banana e o arroz. A rodovia BR 101 ficou interditada.
“Conforme o meteorologista da Epagri de Florianópolis, Clóvis Lavien Corrêa, a região mais afetada foi Passo de Torres em direção ao município de Araranguá. “Os 150 Km/h por hora foram registrados por volta das 3 horas em Siderópolis, sendo que a maior destruição foi na região de Araranguá, Praia Grande e Sombrio”.
De acordo com Corrêa, foi verificado através de estudos científicos, tendo como base a destruição destes locais, que o vento chegou a 180 Km/h. Desde então, em nenhum local do Brasil houve registro de vento desta magnitude”.
(Disponível em: https://www.engeplus.com.br/noticia/clima/2014/catarina-ha-uma-decada-o-furacao-passava-pelo-sul/. Acesso: 09/09/14- 08:40) Figura 2- Destruição no sul do estado. Disponível em: https://ediolocutor.blogspot.com.br/2012/03/furacao-catarina-se-desloca-em-direcao.htm
As Mudanças Climáticas estão provocando alterações
Veja um resumo gratuito com o professor Rafael Carrieri, para você mandar bem nas provas do Enem.
Muito bom o professor Carrieri. Vamos continuar.
Escala e Classificação dos Furacões:
Os furacões são classificados na escala Saffir-Simpson que vai da escala 1 a 5. Essa classificação foi feita por Robert Simpson, nos anos de 1970. Robert Simpson era diretor do Centro Nacional de Furacões e sendo assim, foi desenvolvida uma tabela classificando-os pela intensidade de sua destruição, onde o nível cinco é o mais devastador.
Veja as cinco categorias:
- Categoria 1 – Ventos de 119 km/h a 153 km/h. Árvores são derrubadas, casas destelhadas, e ocorrem inundações de áreas mais baixas. km/h.
- Categoria 2 – Ventos de 154 km/h a 177 km/h. A partir destas velocidades árvores e telhados podem arrancados, portas e janelas podem se abrir, e pequenas embarcações são avariadas.
- Categoria 3 – Ventos de 178 km/h a 209 km/h, acompanhados de tempestades. A recomendação da Defesa Civil é para evacuar as áreas na rota previstas para os Furacões desta classe.
- Categoria 4 – Ventos de 210 km/h a 249 km/h podem derrubar prédios e casas. As tempestades provocam grandes alagamentos. Evacuação das áreas habitadas para evitar mortes.
- Categoria 5 – Ventos acima de 249 km/h. A força nesta categoria é devastadora, derrubando prédios, pontes e o que estiver pelo caminho. O mar pode avançar até dez quilômetros para dentro do continente. Evacuação obrigatória.
Os dados coletados para analisar um Furacão são a pressão atmosférica, a velocidade dos ventos e também a elevação das águas do nível do mar. Figura 2 – Olho do Furacão.
Previsão e cautela com os Furacões
Cientistas meteorologistas trabalham na tentativa de prever tais fenômenos a fim de evacuar a região e avisar a população. Mas, mesmo com todo cuidado, cautela e estudos, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos afirma que não é possível prever com precisão a trajetória no solo quando da chegada de um furacão.
Monitorações são feitas constantemente, e devido ao histórico de registros climáticos, a temporada de furacões na América Central e no Golfo do México ocorre a partir do final do verão no hemisfério norte, e se concentra nos meses de agosto a novembro. Satélites meteorológicos são responsáveis pelo monitoramento dos furacões.
O que é um Furacão?
Veja uma aula gratuita completa do Blog do Enem explicando o que são os fenômenos metereológicos denominados de Furacões. Clique na imagem para entender os furacões. Os furacões são raros no Brasil, mas eles são frequentes nas regiões tropicais. No Golfo do México, e na América Central (em direção à América do Norte) há, inclusive, uma Temporada anual de Furacões.
Dica 2– Você conhece os Blocos econômicos? Acompanhe esta aula de geografia e verifique os principais blocos que comandam a economia mundial. https://blogdoenem.com.br/blocos-economicos-ii-geografia-enem/
Fonte: https://www.climatempo.com.br/noticias/2 … 004-2014/#
Vídeo sobre o Furacão Catarina, fenômeno ocorrido no Sul do Brasil em 2004. Acompanhe!
Vamos exercitar sobre esta aula de geografia? Então responda ao desafio abaixo!
UCS 2004- Geografia – CATARINA, CICLONE OU FURACÃO?
Ventos que atingiram 150 km/h causaram destruição na costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O fenômeno formou-se a partir de uma frente fria comum que cruzou o mar da Região, na direção norte. Como era intensa, a frente fria acentuou a circulação da atmosfera, formando um redemoinho que deu origem ao fato, o qual, geralmente, causa agitação em alto-mar e, quando fica mais próximo da costa, provoca temporais no continente e ressaca marítima.
O Catarina apresentou um comportamento anômalo, ganhando força e atingindo uma extensão de 800 km; em vez de se deslocar no sentido Oeste-Leste, perdendo-se no Oceano, como normalmente acontece, moveu-se em sentido contrário, avançando sobre a costa.(Jornal Pioneiro, Ano 56, nº 8.826, 29/03/04 – Adaptado.)
Associe o fenômeno climático, listado na Coluna A, às características que o definem, elencadas na Coluna B.
COLUNA A
1 Furacão 2 Tornado 3 Ciclone extratropical
COLUNA B
( ) Típico do Atlântico Sul, é uma tempestade produzida por massas de ar frio que se deslocam em movimentos circulares e em velocidades crescentes. Provoca pancadas de chuva e ventos que podem superar 100 km/h.
( ) É uma tempestade muito destrutiva, sendo freqüente nos Estados Unidos. Atinge até 400 km/h de velocidade no centro do cone. Produz fortes redemoinhos e eleva poeira. Caracteriza-se como uma coluna giratória e violenta de ar.
( ) Registram-se ocorrências desse fenômeno perto da costa da África, na região da linha do Equador, próximo à América Central e ao sul e ao oeste dos Estados Unidos causando enorme destruição. É típico de áreas tropicais, produzido por massas de ar quente, podendo atingir velocidades superiores a 250 km/h. Tem um olho, um espaço aberto de ar seco e sem nuvens no seu centro.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses da Coluna B, de cima para baixo.
a) 1 – 2 – 3
b) 2 – 1 – 3
c) 1 – 3 – 2
d) 3 – 2 – 1
e) 2 – 3 – 1
RESPOSTA CORRETA LETRA D.