Segunda fase do Modernismo no Brasil

Depois de passado o momento de rompimento provocado pelo início do Modernismo, na segunda fase a poesia brasileira amadurece não só formal como tematicamente. Esse amadurecimento é a principal marca da poesia da segunda fase modernista. Saiba tudo sobre esse momento com esta aula de Literatura e teste seus conhecimentos com nosso simulado!

Na Segunda Fase do Modernismo, houve a  consolidação dos ideais do movimento modernista nascido na Semana de Arte Moderna de 1922. Ela foi de 1930 até 1945 e, por isso, os autores dessa fase são chamados de “Geração de 30”. Alguns dos mais famosos foram Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e o autor que mais cai no Enem: Carlos Drummond de Andrade.

Então acompanhe a aula para saber mais e teste seus conhecimentos com o simulado no final!

Contexto histórico

Se você reparar no ano do início da Segunda Fase do Modernismo e estiver com os estudos de História em dia, deve se lembrar que a crise de 1929 havia acabado de estourar. Nesse momento, vários países estavam mergulhados numa crise econômica, social e política.

As tensões provocadas pela crise incentivaram o surgimento de diversos governos totalitários e ditatoriais na Europa. O Fascismo e o Nazismo se espalharam pelo continente, fatos que levariam ao início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Além disso, no Brasil ainda tivemos a Revolução de 1930. O então presidente Washington Luís foi deposto, e a posse do presidente eleito Júlio Prestes foi impedida. Em seu lugar, Getúlio Vargas assumiria a presidência. Com a sua chegada ao poder, a ditadura no país também se aproximava com o Estado Novo (1937-1945).

Quer saber mais sobre a prosa da Segunda Fase do Modernismo? Então veja a aula da prof. Camila!

A prosa na Segunda Fase do Modernismo

Já que nesse momento não existia mais a obrigação de romper com modelos e temas tradicionais, como era na primeira fase modernista, a geração de 1930 começou a escrever de forma mais madura.

O Regionalismo Neorrealista, especialmente ligado ao Nordeste,  teve muita presença nas obras dessa fase. Carregada de crítica social, o Neorrealismo trouxe, portanto, uma prosa genuinamente brasileira, com tipos humanos muito característicos.

Isso aparecia na linguagem dos livros, com marcas de oralidade nas falas das personagens, como sotaques e gírias. Os autores nordestinos também falavam de assuntos como a seca, os retirantes e os desmontes sociais.

Esses temas faziam parte o desenvolvimento do regionalismo das obras ao mesmo tempo em que as fazia serem engajadas política e socialmente. Alguns representantes desse movimento no Nordeste são Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e José Lins do Rego.

Érico Veríssimo também era um autor regionalista, a diferença é que ele escrevia sobre o Rio Grande do Sul. Assim como outros escritores da Segunda Fase do Modernismo, ele optou por escrever baseado em análises psicológicas.  Esse estilo foi fruto da influência de Freud e da psicanálise, que surgira na virada do século e influenciaria muitos escritos, mais nitidamente em nossa terceira geração.

A poesia na Segunda Fase do Modernismo

Características da prosa também foram vistas na poesia da segunda fase. Alguns autores se afastaram das experimentações e tendências da primeira fase e voltaram a utilizar formas tradicionais. Os temas também passaram a ser mais críticos e engajados, os poetas escreviam sobre a realidade que viam ao seu redor.

Para saber mais sobre o tema, veja a aula do Curso Enem Gratuito e depois confira um breve resumo sobre Carlos Crummond de Andrade:

Carlos Drummond de Andrade

O mais importante poeta do modernismo é também apontando pela crítica como um dos melhores da literatura brasileira. Carlos Drummond de Andrade nasceu em Minas Gerais (1902) e morreu no Rio de Janeiro (1987).

Drummond - segunda fase do modernismo
Carlos Drummond de Andrade

Sua obra poética revela um lento processo de investigação da realidade humana. Desde os primeiros livros, delineiam-se as características da poesia de Drummond. A primeira delas é a visão crítica da realidade social, frequentemente expressa através do humor e da ironia.

Também apresentava certo desencanto com relação à vida, recusando-se a uma participação lírica ou sentimental, revelando um pessimismo em que o homem se encontra frente à frente com o vazio e o nada. Confira essas características nos poemas a seguir:

O enterrado vivo

É sempre nos meus pulos o limite.

É sempre nos meus lábios a estampilha.

É sempre no meu não aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.

Sempre dentro de mim meu inimigo.

E sempre no meu sempre a mesma ausência.

Vejamos um fragmento de um de seus poemas mais conhecidos.

 

José

E agora, José?

A festa acabou,

a luz apagou

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José?

e agora, você?

você que é sem nome,

que zomba dos outros,

você que faz versos,

que ama, protesta?

e agora, José?

[…]

Obras

• Poesia: 

Alguma poesia (1930) – obra dedicada a Mario de Andrade; Brejo das almas (1934); Sentimento do mundo (1940); A rosa do povo (1945); Claro enigma (1951); Viola de bolso (1952); A vida passada a limpo (1959); Lição de coisas (1962); Boitempo (1968); As impurezas do branco (1973); A paixão medida (1980); Corpo (1984); Amar se aprende amando (1985); O amor natural (1992); Farewell (1996).

• Prosa (crônica e ensaios): Confissões de Minas (1944); Contos de aprendiz (1951); Passeios na ilha (1952); Fala, amendoeira (1957); A bolsa & a vida (1962); Cadeira de balanço (1970); Boca de Luar (1984).

Após relembrar os principais aspectos da Segunda Fase do Modernismo, teste seus conhecimentos com o nosso simulado de Literatura! São 10 questões sobre o tema para você treinar para o Enem e para os vestibulares!

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