Os Pronomes Pessoais e de Tratamento: resumo de Português

Eu, Tu, Ele. Nós, Vós, Eles! você lembra da aula sobre Pronomes Pessoais? E dos Pronomes Oblíquos Me, Te, Se, Nos, e Vos? Então, é hora de ver o uso correto aqui no resumo:

Os pronomes pessoais estão em praticamente tudo o que falamos. Quando queremos falar sobre alguém, ou nos dirigir a essa pessoa, aí estão eles marcando presença. São Pronomes Pessoais aqueles que designam as três pessoas do discurso, ou seja, numa conversa, no singular e no plural, com uma ou mais pessoas. E os Pronomes de Tratamento fazem referência de maneira formal aos interlocutores.

Introdução aos Pronomes

Confira com a professora Jéssica Forini, do Canal Curso Enem Gratuito, um resumo rápido sw introdução aos Pronomes.

Gostou da aula? Agora, vamos aos conteúdo passo a passo de todos os Pronomes:

Pronomes Pessoais e de Tratamento

Os pronomes são substantivos e se dividem em dois tipos: retos, exercendo a função de sujeito; e oblíquos, exercendo a função de complemento verbal ou nominal.  Mas existe um terceiro tipo de pronomes, estes são conhecidos como pronomes de tratamento e que de vez outra se fazem necessários na produção textual ou oral.

Os Pronomes de Tratamento fazem alusão às pessoas do discurso de maneira cerimoniosa, normalmente. Nós usamos esses tipos de pronomes para nos dirigirmos às autoridades. O tratamento formal para deputados e senadores, para ministros e para o Presidente da Republica é “Vossa Excelência”.

Você pode reconhecer facilmente os Pronomes Pessoais. Eles estão divididos em classificações que ajudam você a compreender melhor. Veja abaixo os Pronomes Retos, os Pronomes Oblíquos Átonos, o uso do “lhe”, e do “nos”.  É simples!. Eles são divididos assim, dá uma olhadinha!

Pronomes Retos

1a pessoa: eu (singular), nós (plural).
2a pessoa: tu (singular), vós (plural).
3a pessoa: ele/ela (singular), eles/elas (plural).

Esses pronomes conjugam verbos, com a função de sujeito como falei antes, mas também podem exercer função de predicativo do sujeito, vocativo, aposto e, raramente, objeto direto.

Exemplos o uso de Pronomes Pessoais Retos:

– Raul Seixas já dizia: “Eu sou a mosca que pousou em tua sopa.”. (sujeito)
– Eu sou mais eu. (predicativo do sujeito)
– Luísa, ela mesma, é uma pessoa muito atarefada. (aposto)

Quando os pronomes exercem função de objeto direto são conhecidos como pronomes oblíquos e são assim classificados:

Pronomes Oblíquos Átonos

1a pessoa: me (singular), nos (plural).
2a pessoa: te (singular), vos (plural).
3a pessoa: se (singular ou plural), lhe, lhes, o, a, os, as.

Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem exercer função de sujeito, adjunto adnominal, sujeito, complemento nominal (raramente), e de objeto direto, objeto indireto (normalmente). Já lhe(s) pode exercer função de objeto indireto (normalmente) e os pronomes átonos o, a, os, as só exercem função de objeto direto (normalmente) ou sujeito (raramente).

Algumas considerações:

O pronome “te” não pode ser usado nas formas de 3a pessoa com formas de 2a pessoa na mesma frase, ou se usa tudo na 2a pessoa ou se usa tudo na 3a pessoa. Exemplo:

– Você nunca fez (3a pessoa) mal a ninguém, por isso eu te (2a pessoa) admiro. (inadequado)
– Tu nunca fizeste (2a pessoa) mal a ninguém, por isso eu te (2a pessoa) admiro. (adequado)

O Pronome “nos”

Dentro da conversa, o nos (além da 1a pessoa do plural) pode cumprir os seguintes papéis, segundo Fernando Pestana:

– Designar um sujeito coletivo que se responsabiliza pelo que foi dito: Nós já nos demos conta de nossos erros.
– Incluir enunciador e leitor, para aproximá-los: O Brasil ainda pode deixar de ser conhecido como um país corrupto se nos unirmos e usarmos bem nossa arma democrática mais preciosa: o voto.

– Marcar um sujeito “institucional” (representado por alguma instituição): Nós, o Banco do Brasil, nos colocamos à disposição daqueles que querem investir seu dinheiro.
– Indicar um enunciador coletivo (de modo vago): Não é verdade que sempre nos tacharam de descompromissados com o nosso país?

O Pronome “lhe / lhes”

O pronome oblíquo lhe pode ser substituído por “a ele(a/s), para ele(a/s), nele(a/s)”, ou por qualquer pronome de tratamento após as preposições “a, para, em”.

– Agradecemos-lhes a ajuda sincera. (Agradecemos a eles…)
– A mãe lhe comprou uma boneca? (… comprou uma boneca para você?)
– Deus criou o homem e colocou-lhe um espírito imortal. O, a, os, as

Os pronomes oblíquos átonos de 3a pessoa o(s), a(s), se estiverem ligados a verbos terminados em -r, -s e -z, viram -lo(s), -la(s). Se estiverem ligados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe…), viram -no(s), -na(s):

– Vou resolver uma questão. = Vou resolvê-la.
– Apagaram nossos arquivos. = Apagaram-nos.

Os Pronomes de tratamento:

São pronomes muito usados no tratamento cortês e cerimonioso. Usa-se Vossa quando se fala com a pessoa; Sua, quando se fala sobre a pessoa. Confira nos exemplos:

No quarto da rainha: – Vossa Majestade precisa de algo? – Sim. Um suco. Na cozinha: – Sua Majestade é cheia de mimos, não? – Ela sempre foi assim. (Fernando Pestana)

O professor Fernando Pestana, dá algumas dicas em seu livro “A Gramática para Concursos Públicos” sobre como usar os pronomes de tratamento, são elas:

a) As formas ou pronomes de tratamento, apesar de estarem na forma feminina, concordam com o sexo das pessoas a que se referem: EX.: Vossa Senhoria está convidado (homem) a assistir ao Seminário.

b) Qualquer pronome de tratamento, apesar de se referir à 2a pessoa do discurso, exige que verbos e pronomes estejam na forma de 3a pessoa.

c) O pronome você não pode ser “misturado” com verbos ou pronomes de 2a pessoa no mesmo contexto; é preciso haver uniformidade de tratamento; no entanto, o que mais ocorre é a “desuniformidade” de tratamento, note: – Entre por essa porta agora e diga que me adora, você tem meia hora pra mudar a minha vida, vem, vambora… (Adriana Calcanhoto).

Lembra da propaganda da Caixa Econômica: “Vem pra Caixa você também!”?. A forma verbal vem está na 2a pessoa do singular (vem tu); deveria ser: venha (venha você). As propagandistas também erram, vamos ficar ligados nos errinhos e não se perder na prova!

Veja os Pronomes Indefinidos

Resumo gratuito com a professora Mercedes. É um aula-show, dinâmica e bem divertida onde você aprende de verdade. Confira:

Muito boa esta aula da professora Mercedes, do time de feras do Curso Enem Gratuito. Gostou? Agora é hora de resolver exercícios.

Vamos praticar?

1 – (ENEM 2011)

VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 1997. (Foto: Reprodução/Enem)

O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma-padrão da língua, esse uso é inadequado, pois

A) contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
B) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.
C) gera inadequação na concordância com o verbo.
D) gera ambiguidade na leitura do texto.
E) apresenta dupla marcação de sujeito.

2 – (Enem 2009)

Manuel Bandeira

Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a
abandonar os estudos de arquitetura por causa da tuberculose.
Mas a iminência da morte não marcou de forma lúgubre sua
obra, embora em seu humor lírico haja sempre um toque de
funda melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo toque
de morbidez, até no erotismo.
Tradutor de autores como Marcel Proust e William
Shakespeare, esse nosso Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia
do paraíso cotidiano mal idealizado por nós, brasileiros, órfãos
de um país imaginário, nossa Cocanha perdida, Pasárgada.
Descrever seu retrato em palavras é uma tarefa impossível,
depois que ele mesmo já o fez tão bem em versos.

Revista Língua Portuguesa, n° 40, fev. 20

A coesão do texto é construída principalmente a partir do (a)

(A) repetição de palavras e expressões que entrelaçam as informações
apresentadas no texto.

(B) substituição de palavras por sinônimos como “lúgubre” e
“morbidez”, “melancolia” e “nostalgia”.

(C) emprego de pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nosso”, “ele”.

(D) emprego de diversas conjunções subordinativas que articulam
as orações e períodos que compõem o texto.

(E) emprego de expressões que indicam sequência,
progressividade, como “iminência”, “sempre”, “depois”.

3 –


Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recurso expressivo,
principalmente,

(A) as rimas entre Niciga e nicotina.

(B) o uso de metáforas como “força de vontade”.

(C) a repetição enfática de termos semelhantes como “fácil” e
“facilidade”.

(D) a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que fazem um
apelo direto ao leitor.

(E) a informação sobre as consequências do consumo do cigarro para
amedrontar o leitor.

4 – (ETF-SP) Em “O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados”, temos:

a) dois pronomes possessivos e dois pronomes pessoais
b) um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos
c) dois pronomes pessoais e dois pronomes relativos
d) um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo
e) dois pronomes possessivos e dois pronomes relativos

GABARITO:

1 – Letra B – contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto. No segundo quadrinho da tira, há o uso inadequado do pronome pessoal do caso reto eles em “Vamos arrasar eles”, uma vez que este tipo de pronome exerce a função sintática de sujeito, e esse eles em questão exerce a função sintática de objeto direto da frase (como sinaliza a alternativa B), devendo, portanto, estar representado pelo pronome pessoal do caso oblíquo los, tipo de pronome que exerce a função de objeto.

2 – Letra C – a coesão é revelada por meio de marcas linguísticas presentes
na estrutura sequencial do texto. Ela estabelece a relação semântica entre elementos do texto que são cruciais para a sua interpretação. Nesse sentido, como os pronomes pessoais são palavras que têm sua carga semântica plena apenas quando relacionadas a um substantivo, significa que nunca têm autonomia e, por referir-se a outro termo, tornam-se peça fundamental na arquitetura de um texto.

3 – Letra D – o comando da questão já faz referência ao principal objetivo
de um anúncio publicitário: convencer (persuadir) o público-alvo da eficácia do produto anunciado. Além disso, tal como na questão 4, observa-se o predomínio da linguagem apelativa, cuja essência é dirigir-se diretamente ao interlocutor e levá-lo a uma mudança de comportamento? nesse caso específico, parar de fumar.

4 – Letra B.

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Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Su, com base em manuais gramaticais. A maioria dos exemplos são do Livro “A Gramática para Concursos Públicos”, do professor Fernando Pestana. A professora é Licenciada Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
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