Veja o uso de pronomes relativos, indefinidos e interrogativos

Algum, Alguma; Nenhum, Nenhuma; Qualquer, Quaisquer... Vamos cessar as dúvidas sobre o emprego dos pronomes! Hoje você vai aprender sobre os pronomes relativos, pronomes indefinidos e os pronomes interrogativos. Revise português para o Enem!

Pronomes relativos são aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) na oração, projetando- numa outra oração. Sintaticamente falando, todo uso de pronomes relativos se refere a um termo de outra oração ao introduzir oração subordinada adjetiva (restritiva ou explicativa).

De forma simples falando, relembra algum termo que já foi citado na frase (escrita) ou na fala (oralmente).

O uso de Pronomes Relativos?

O pronome relativo é um elemento conector de caráter anafórico, ou seja, vai se referir a um termo antecedente explícito, substituindo-o (substantivo, pronome substantivo, numeral substantivo, advérbio, verbo no infinitivo ou oração reduzida de infinitivo).

Exemplos de Pronomes Relativos:

– O homem (apesar de certos contratempos) que veio aqui era o Presidente.
– Ninguém que esteve no Brasil desapontou-se.
– Apenas um, que compareceu à festa, estava bem trajado.
– Ali, onde você mora, não é o melhor lugar do mundo.
– Estudar que é bom ninguém acha legal.
– Procurar aprender Língua Portuguesa, que é importante, você não quer.pronomes relativos

Introdução aos Pronomes Relativos

As dicas da professora Mercedes, do canal do Curso Enem Gratuito,  sobre o uso de pronomes relativos:

  1. O que é um pronome? Todo pronome se refere à um substantivo já dito antes no texto.  Então é fundamental para a coesão dentro de uma redação, por exemplo 😉
  2. Os pronomes relativos são uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações.
  3. Na oração, eles retomam um termo anterior (antecedente), projetando esse termo numa outra oração.
  4. Os pronomes relativos estabelecem vínculos entre as orações!
  5. Ficou confusx? Calma que a prof Mercedes explica direitinho no vídeo comofazer o uso de pronomes relativos 😀 Vem!

 

Emprego dos pronomes relativos

1 – Que (substituível pelo variável o qual):
• Esse pronome é invariável e se refere a pessoas ou coisas. Também é chamado de relativo universal, pois pode ser utilizado em substituição de todos os outros relativos.

Situações de uso de Pronomes Relativos

– As mulheres, que (=as quais) são geniosas por natureza, permanecem ótimas.
– Para rimar, o Mengão, que (= o qual) sempre será meu time de coração, é pentacampeão.
– Minha sogra, a que (= à qual) tenho grande aversão, está viva ainda.
– O Flamengo é o que (= aquilo) preocupa os vascaínos.
– Os dois, que (= os quais) você ajudou, já estão recuperados.
– Há uma boa variedade de atividades de que (= das quais) o professor também é um
observador.

Quem?

2 – Pronome relativo Quem, também é invariável, refere-se a pessoas ou a algo personificado, e a preposição “a” precederá o relativo quem normalmente, exceto se o verbo ou um nome da oração subordinada adjetiva exigir outra preposição. Sempre vai vir preposicionado. Exemplos do “quem” no uso de pronomes relativos:

– A Justiça a quem devo obediência é meu guia.
– Eis o homem a quem mais admiro.
– Conheci uma musa, por quem me apaixonei.
– Deus, perante quem me ajoelho, é importantíssimo.

Cujo

3 – Pronome relativo Cujo e flexões: é um pronome adjetivo que vem, geralmente, entre dois nomes substantivos explícitos, entre o ser possuidor (antecedente) e o ser possuído (consequente). É equivalente a do qual e flexões.

Uma dica é que ele nunca vem precedido ou seguido de artigo, e por isso não há necessidade de haver crase antes dele. Exemplos do “Cujo” no uso de pronomes relativos:

– Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei. (casa da pessoa).
– Feliz o pai cujos filhos são ajuizados. (filhos do pai).
– O Flamengo, cujo passado é glorioso, continua alegrando. (O passado do Flamengo…)
– Esta é uma doença contra cujos males os médicos lutam. (… contra os males da doença)

Quanto

4 – Pronome relativo QUANTO: é variável e aparece sempre após os pronomes “tudo, todo (e variações) e tanto (e variações)” seguidos ou não de substantivo ou pronome. Exemplos:

– Falou tudo quanto queria.
– Coloque tantas quantas forem necessárias.
– Ele encontrou tudo quanto procurava.
– Bebia toda a cerveja quanta lhe ofereciam.

Onde

5 – O pronome relativo Onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual. Pode ser antecedido, principalmente, pelas preposições a, de, por e para.

O pronome também pode em algumas situações se aglutinar com a preposição a, tornando-se aonde, e com a preposição de, tornando-se donde. Exemplos do “Onde” no uso de pronomes relativos:

– Esta é a casa onde moro.
– Não conheço o lugar onde você está morando.
– A cidade onde (= em que/na qual) moro é linda.
– Meu coração, onde tu habitas, é teu e de mais ninguém.
– As praias aonde fui eram simplesmente fantásticas.
– O lugar donde retornei não era tão bom quanto aqui.

Como

6 – O uso do relativo Como: ele é invariável e vem precedido pelas palavras modo, maneira, forma e jeito. O seu sentido equivale a “pelo qual”, normalmente. Exemplos:

– Acertei o jeito como fazer as coisas.
– Encontraram o modo como resolver a questão.
– A maneira como você se comportou é elogiável.
– Gosto da forma como aqueles atores contracenam.

7 – E por último, temos o QUANDO: ele é invariável e retoma o antecedente que exprime valor temporal. Equivale a “em que”. Exemplos:

– Ele era do tempo quando se amarrava cachorro pelo rabo.
– É chegada a hora quando (= em que) todos devem se destacar.

Os pronomes indefinidos

Referem-se à 3a pessoa do discurso de forma vaga, imprecisa ou genérica.

Alguém me contou a verdade.
Algo me diz que não é este o caminho.

Um outro exemplo, mencionado na obra “A Gramática para Concursos Públicos”, relaciona essa ideia de indefinição: Na escola

Na escola de treinamento para homem-bomba, todos os alunos estão reunidos, muito
concentrados na aula, quando o professor explica:
– Olha aqui, vocês prestem muita atenção, porque eu só vou fazer uma vez!

Percebe que o pronome todos carrega uma ideia de indefinição ou quantidade indefinida?
Por isso, ele é considerado um pronome indefinido.

Aula gratuita sobre Pronomes Indefinidos

Confira com a professora Mercedes, do canal Curso Enem Gratuito, um resumo esperto sobre os Pronomes Indefinidos. É rápido e você logo aprende. Veja:

Mandou bem a professora. Vale a pena rever!

Classificação dos Pronomes Indefinidos

Tabelas expostas no livro A Gramática para Concursos Públicos, de Fernando Pestana

Aprenda como empregar esses pronomes:

1 – O indefinido algum, quando posposto ao nome, assume valor negativo, equivalendo a nenhum.

Ex.: Motivo algum me fará desistir do cargo.

2 – O pronome indefinido cada não deve ser utilizado desacompanhado de substantivo ou numeral.

Ex.: Recebemos cem reais cada um.

3 – Certo é um pronome indefinido quando anteposto ao nome a que se refere. Quando posposto, será adjetivo.

Ex.: Não entendi certos exercícios. (pronome indefinido)
Os exercícios certos valerão nota. (adjetivo, com sentido de “corretos”)

4 – Todo e toda (no singular), quando desacompanhados de artigo, significam qualquer.

Ex.: Todo homem é mortal. (qualquer homem).
Toda hora é hora. (qualquer hora).

Quando acompanhados de artigo, passam a dar a ideia de totalidade:

Ex.: Ele comeu todo o bolo. (o bolo inteiro)

No plural sempre virão seguidos de artigos, exceto quando houver uma palavra que os exclua ou numeral não seguido de substantivo.
Ex.: Todos os alunos compareceram.
Todos estes alunos compareceram. (estes: palavra que exclui artigo).
Todos cinco compareceram. (cinco: numeral não seguido de substantivo).

5 – Qualquer tem plural de quaisquer:

Ex.: Acabaram acolhendo quaisquer soluções.

Os pronomes interrogativos

Os pronomes interrogativos exprimem questionamento direto (com ponto de interrogação) ou indireto (sem ponto de interrogação) em um contexto que sugere desconhecimento ou vontade de saber.

Emprego dos pronomes interrogativos:

1) Cuidado para não confundir o pronome interrogativo (que) com conjunção integrante (que). Se der para fazer uma pergunta a partir do “que”, este será interrogativo, e não
conjunção integrante.

Exemplos:

– Não saberia jamais que horas são. (Que horas são? – Pergunta possível, pronome
interrogativo.)
– Não saberia jamais que ela é flamenguista. (Que ela é flamenguista? – Pergunta
impossível, conjunção integrante.)

2) Nas frases interrogativas indiretas, os pronomes interrogativos vão vir após os verbos “querer/desejar, saber, perguntar, indagar, ignorar, verificar, ver, responder”, etc.

Exemplos:

– Quero saber (o) que devo fazer. (Que devo fazer?)
– Ignoro quem fez isso. (Quem fez isso?)

3) “Qual” seguido da preposição de indica seleção.

Exemplo: – Qual dos dois você prefere?

Em geral ele é empregado como pronome adjetivo e exerce a função de adjunto adnominal.

Exemplo: – Qual caneta é minha? (qual adjunto adnominal).

Quer videoaula sobre os pronomes interrogativos? Tem também!

Vamos praticar?

1 – Assinalar a alternativa em que o pronome em destaque não esteja corretamente classificado.

a) “… a única prova a meu favor que encontre à mão…” (relativo)
b) “… e o capricho estranho de minha secretária.” (possessivo)
c)”…que a leva a mergulhar no fundo baú..” (pessoal)
d) “Isso é que dá encanto ao costume.. (indefinido)

2 – Assinale o item em que não aparece pronome relativo:

a) O que fazes não está correto.

b) A vida que levo não é fácil.

c) O caminho por que passei é um atalho.

d) Temos que trabalhar aos sábados.

e) O show a que assisti estava lotado.

3 -(FUVEST)

Conheci que (1) Madalena era boa em demasia… A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma agreste. Procuro recordar o que (3) dizíamos. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4) piava há dois anos? Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta casa está quase deserta.

Nas frases acima o que aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Quais?

a) 1, 2, 4

b) 2, 4, 6

c) 3, 4 , 5

d) 2, 3, 4

e) 2, 3, 5

4 – Preencha as lacunas das frases com a forma singular ou plural do pronome indefinido QUALQUER:

a) Com a fome que estou, _____________ comida é saborosa.
b) Em ____________ lugar a gente encontra criança carente.
c) Procure-me para _______________ informações complementares.
d) Não traga um doce ____________, pois seu irmão é exigente.
e) Não posso aceitar _____________ argumentos sem comprovação.
f) Por você enfrentarei ______________ obstáculos.
g) Não pesam sobre ela ______________ suspeitas ou acusações

5 – (MACK) “Este inferno de amar – como eu amo! – / Quem mo pôs aqui n’alma … quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a vida – e que a vida destrói – / Como é que se veio a atear, / Quando – ai quando se há-de apagar? (Almeida Garret)

No texto, os pronomes eu – quem – este, são, respectivamente:

a) indefinido – pessoal – indefinido
b) pessoal – interrogativo – demonstrativo
c) pessoal – indefinido – demonstrativo
d) interrogativo – pessoal – indefinido
e) indefinido – pessoal – interrogativo

Gabarito:

1 – Alternativa D
2 – Alternativa “d”. Na oração “Temos que estudar mais”, o “que” atua como conjunção integrante (introduz uma segunda oração que completa o sentido da primeira), e não como pronome relativo. Nas demais alternativas, o pronome relativo tem como função sintática evitar a repetição de um termo expresso anteriormente.
3 – Alternativa “d”. Nas demais ocorrências, o “que” desempenha função sintática de conjunção.
4 – a) qualquer b) qualquer c) quaisquer d) qualquer e) quaisquer f) quaisquer g) quaisquer
5 – Alternativa B. O pronome “eu” é pessoal do caso reto; o pronome “quem”, nessa questão, é interrogativo, pois é utilizado para formular uma pergunta: “Quem mo pôs aqui n’alma … quem foi?”; e, por fim, o pronome “este” é um demonstrativo. O que poderia deixar maiores dúvidas dentre as opções é o emprego do pronome “QUEM”, pois possui três possíveis classificações. Além de interrogativo, ele pode ser indefinido, quando se refere de maneira vaga à terceira pessoa do discurso, assim como pode ser um pronome relativo, quando vier precedido por preposição e referir-se a uma pessoa anteriormente mencionada no discurso.

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Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Su, com base em manuais gramaticais. A professora é Licenciada Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
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