Teste seus conhecimentos sobre Rousseau com exercícios do Enem e de vestibulares! São 10 questões com gabarito e um resumo para relembrar de suas principais ideias!
Jean-Jacques Rousseau foi um dos filósofos de maior destaque no Iluminismo. Suas ideias influenciaram vários filósofos e tem impacto até hoje. Por isso, é um assunto que você não pode deixar de estudar para o Enem. Confira nosso resumo e lista de questões sobre Rousseau!
Resumo sobre Rousseau
No decorrer do século XVIII, um movimento revolucionário chamado Iluminismo se espalhou pela Europa. Em decorrência da sua influência, diversas áreas do conhecimento passaram por grandes transformações.
A educação, a ciência, a arte, a filosofia, a política, são alguns exemplos dessas áreas. Em decorrência disso, alguns filósofos ganharam notoriedade ao refletirem as mudanças que o mundo almejava. Foi o caso do francês Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).
Entre suas obras, podemos destacar o “Discurso sobre as Ciências e as Artes”, “Discurso sobre a origem da desigualdade”, “Emílio, ou da Educação” e, a mais famosa delas, “Do Contrato Social”.
Entenda o que foi o Iluminismo
Confira com o professor de história Felipe de Oliveira, do canal do Curso Enem Gratuito, um resumo sobre O Iluminismo:
Veja “A Natureza Humana”em Rousseau:
O conceito que fundamenta as diversas obras de Rousseau é a sua concepção da natureza humana. Podemos entende-la como a forma essencial que nos portávamos antes da concepção da sociedade. Em suma, a natureza humana seria uma espécie de comportamento ancestral pré-civilizatório.
Nesse estado hipotético, as pessoas estariam livres e seriam amorais. Assim, sem sociedade, sem Estado, sem tecnologia, sem dinheiro e sem propriedade, seria possível pensar sobre a essência humana, aquilo que nós somos sem a interferência da sociedade.
Portanto, a natureza humana pressupõe que ajamos conforme nossos instintos. Assim, não existiriam limitações além daquelas impostas pela própria natureza.
O Contrato Social
A concepção acerca da natureza humana levou Rousseau a acreditar que somos naturalmente bons. No entanto, ao serem inseridas na sociedade, as pessoas são corrompidas e se tornam más. Portanto, as pessoas nascem boas e livres, mas a todo momento são corrompidas.
Além disso, Rousseau afirma que nós escravizamos outros humanos através da força, suprimindo sua liberdade natural. É aí que nascem os princípios da desigualdade entre as pessoas.
Em outras palavras, quando nós passamos do estado de natureza para uma sociedade civilizada, nos distanciamos da nossa essência e nos corrompemos de tal maneira que nos tornamos seres vis, gananciosos e fundamentalmente maus.
Para superar isso, Rousseau propõe a criação de uma nova sociedade, pautada em uma vontade comum a todas as pessoas. Tal vontade geral seria garantida através de um acordo racional, que ficou conhecido como Contrato Social.
Esse Contrato Social garantiria uma sociedade justa, pois abriríamos mão de nossos direitos naturais em função dessa sociedade. Isso promoveria a liberdade individual ao limite máximo da liberdade do outro. Em outras palavras, abrir mão da liberdade absoluta em favor da sociedade garantiria a liberdade nos limites coletivos.
Videoaula sobre Rousseau
Para completar seus estudos, confira a aula do professor Alan para o Curso Enem Gratuito:
Questões sobre Rousseau
Por fim, teste seus conhecimentos com a lista de questões sobre Rousseau! No final, confira o gabarito!
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(ENEM MEC/2020/2ª Aplicação)
Antes que a arte polisse nossas maneiras e ensinasse nossas paixões a falarem a linguagem apurada, nossos costumes eram rústicos. Não era melhor, mas os homens encontravam sua segurança na facilidade para se reconhecerem reciprocamente, e essa vantagem, de cujo valor não temos mais a noção, poupava-lhes muitos vícios.
ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).
No presente excerto, o filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) exalta uma condição que teria sido vivenciada pelo homem em qual situação?
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(ENEM MEC/2019/2ª Aplicação)
TEXTO I
Eu queria movimento e não um curso calmo da existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma superabundância de energia que não encontrava escoadouro em nossa vida.
TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J. Na natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
TEXTO II
Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro homem, a um enunciado mais exato da verdade; não sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o meu interesse e as minhas simpatias, era preciso sacrificar-lhe também minha fraqueza e minha natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força de ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões.
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário. Porto Alegre: L&PM, 2009.
Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da existência humana e defendem uma experiência
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ENEM MEC/2012/2ª Aplicação)
O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas uma unidade fracionária que se liga ao denominador, e cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo social. As boas instituições sociais são as que melhor sabem desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu para a unidade comum, de sorte que cada particular não se julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade, e só seja percebido no todo.
ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
A visão de Rousseau em relação à natureza humana, conforme expressa o texto, diz que
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(Unesp SP/2021)
Aquele que ousa empreender a instituição de um povo deve sentir-se com capacidade para, por assim dizer, mudar a natureza humana, transformar cada indivíduo, que por si mesmo é um todo perfeito e solitário, em parte de um todo maior, do qual de certo modo esse indivíduo recebe sua vida e seu ser; alterar a constituição do homem para fortificá-la; substituir a existência física e independente, que todos nós recebemos da natureza, por uma existência parcial e moral. Em uma palavra, é preciso que destitua o homem de suas próprias forças para lhe dar outras […] das quais não possa fazer uso sem socorro alheio.
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1978.)
De acordo com a teoria contratualista de Rousseau, é necessário superar a natureza humana para
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UEL PR/2020)
RIGAUD, F. J. H. Retrato de Luís XIV. 1701. Óleo sobre tela, 277x184cm. Museu do Louvre (Paris, França).
Leia o texto a seguir.
A “Querela do luxo” foi um dos mais intensos debates do século XVIII na França e consistiu em defender o luxo como sinal do progresso da humanidade, ou em atacá-lo como signo de decadência. Rousseau, partidário da segunda via, num dos seus textos, afirma:
A vaidade e a ociosidade, que engendram nossas ciências, também engendram o luxo. […] Eis como o luxo, a dissolução e a escravidão foram […] o castigo dos esforços orgulhosos que fizemos para sair da ignorância feliz na qual nos colocara a sabedoria eterna. […] Crêem embaçar-me terrivelmente perguntando-me até onde se deve limitar o luxo. Minha opinião é que absolutamente não se precisa dele. Para além da necessidade física, tudo é fonte de mal.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. Lourdes Santos Machado, 3ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.395; 341; 410.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria política e antropológica de Rousseau e a compreensão do autor acerca das ciências, das artes e do luxo, considere as afirmativas a seguir.
I. A crítica de Rousseau às ciências e às artes e, por extensão, ao luxo, resulta da sua compreensão da natureza humana, na qual a necessidade física é o critério decisivo sobre o que é bom para a humanidade.
II. Em sua teoria política, Rousseau dirige a crítica às ciências, às artes e ao luxo, por identificar neles a vigência de um princípio que sacrifica a possibilidade da criação de uma sociedade minimamente justa.
III. A vaidade e a ociosidade, que engendram o luxo, são uma constante da natureza humana, razão pela qual também as ciências e as artes são expressões necessárias da natureza humana.
IV. A defesa da feliz ignorância, na qual nasce cada ser humano, leva Rousseau a legitimar formas de governo caracterizadas pelo sacrifício da inteligência e da crítica e pela obediência a um poder soberano.
Assinale a alternativa correta.
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(UEM PR/2015)
“Suponho os homens chegados ao ponto em que os obstáculos prejudiciais à sua conservação no estado natural os arrastam, por sua resistência, sobre as forças que cada indivíduo pode empregar para se manter em tal estado. Então esse estado primitivo não pode mais subsistir, e o gênero humano pereceria se não mudasse sua maneira de ser. Ora, como é impossível aos homens engendrar novas forças, mas apenas unir e dirigir as existentes, não lhes resta outro meio para se conservarem senão formar, por agregação, uma soma de forças que possa vencer a resistência, pô-los em movimento por um único móbil e fazê-los agir em concerto. […] ‘Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja com toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado, e pela qual, cada um, unindo-se a todos, obedeça portanto apenas a si mesmo, e permaneça tão livre como anteriormente’. Tal é o problema fundamental cuja solução é dada pelo contrato social.”
(Rousseau, J-J. Do contrato social. In MARÇAL, J. Antologia de textos filosóficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 602-603).
Conforme o texto é correto afirmar.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(UFU MG/2015/Julho)
Dentre os filósofos do chamado século das luzes, que preconizavam a difusão do saber como o meio mais eficaz para se pôr fim à superstição, à ignorância, ao império da opinião e do preconceito, e que acreditavam estar dando uma contribuição enorme para o progresso do espírito humano, Rousseau, certamente, ocupa um lugar não muito cômodo.
NASCIMENTO, Milton Meira. Rousseau: da servidão à liberdade. In. WEFFORT, Francisco C. Os Clássicos da Política, Vol. 1. São Paulo: Ática, 1991, p. 189.
Sobre a filosofia política de Rousseau, é correto afirmar que
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(Barro Branco PR/2013)
“Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, enquanto se limitaram a costurar com espinhos ou com cerdas suas roupas de peles, a enfeitar-se com plumas e conchas, a pintar o corpo com várias cores, a aperfeiçoar ou embelezar seus arcos e flechas, a cortar com pedras agudas algumas canoas de pescador ou alguns instrumentos grosseiros de música – em uma palavra: enquanto só se dedicaram a obras que um único homem podia criar, e a artes que não solicitavam o concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e felizes quanto o poderiam ser por sua natureza, e continuaram a gozar entre si das doçuras de um comércio independente; mas, desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro de outro, desde que se percebeu ser útil a um só contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas transformaram-se em campos aprazíveis que se impôs regar com o suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e crescerem com as colheitas”.
(J. J. Rousseau. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo, Abril Cultural, 1978)
A partir da análise do texto, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(PUC Campinas SP/2012/Janeiro)
E, afinal, pergunta ele [Rousseau], como é esse negócio de “ricos” e “pobres”, como é que é? Esta desigualdade, para Rousseau, não é “natural”, não decorre da Natureza – pois naquela época se falava assim – do próprio Homem. Ela decorre da história dos homens e das relações múltiplas que entre eles se estabelecem e que provocam, como produtos derivados, uma porção de males como: a miséria e a opulência, o poder de um lado e, de outro, os pobres desditados; os governantes, de um lado, e, de outro, os pobres governados. Tudo isso, dizia Rousseau, tudo isso que vemos hoje em nossa frente, essas diferenças todas entre nobres, burgueses, camponeses, etc. não são nada naturais e precisam acabar. Sim, precisam acabar, pois é esta “desigualdade” a fonte absoluta e única de todos os males sociais.
(Luiz Salinas Fortes. O Iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 67)
A descrição a que o texto faz referência permite afirmar que se
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(Unicamp SP/2012)
“O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (…) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (…) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo político.”
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.)
No trecho apresentado, o autor
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