A crise do Segundo Reinado e a Proclamação da República

Relembre tudo sobre a Crise do Segundo Reinado nesta aula preparatória para as questões de História do Brasil. O tema pode cair no Exame Nacional do Ensino Médio e nos Vestibulares também. Vem, revise aqui para mandar bem.

O fim da escravidão gerou grande insatisfação entre os produtores de café. Esta insatisfação simbolizou um grande golpe para o Império, uma vez que esta aristocracia cafeeira sustentava a política imperial de D. Pedro II na década de 1870 no Brasil. Veja como foi a crise do Segundo reinado, que só termina com a Proclamação da República.

As ideias sobre a República já circulavam no Brasil desde os movimentos separatistas, como exemplo podemos citar a Revolução Farroupilha. Porém, pode-se dizer que foi a partir da segunda metade do século XIX, que o movimento republicano ganhou força para entrar em choque com o modelo imperial.

Os cafeicultores do oeste paulista obtinham modernas técnicas de produção, e por representarem grande parte da produção de café nacional, requeriam mais direitos. A pressão política e as dificuldades econômicas contribuíram para a crise do Segundo Reinado.

O Manifesto Republicano, organizado pelos chamados evolucionistas, queria o fim da monarquia, porém sem violência. Em oposição, havia os revolucionários, que acreditam que apenas a violência seria capaz de derrubar o Império.

A crise do Segundo Reinado

Em 1873, um grupo de fazendeiros de café reuniu-se na cidade de Itu (SP), e criaram o Partido Republicano Paulista. Os fatos nesta linha foram se tornando mais intensos, até que em 1889 aconteceu o golpe militar que decretou o fim da Monarquia, e realizou a Proclamação da República no Brasil.

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Compreendeu como não estava nada fácil para Dom Pedro II?

Questões religiosas no Segundo Reinado

No sistema imperial, o imperador possuía uma relação próxima com a Igreja, basicamente através da relação de padroado, na qual D. Pedro II era responsável pela escolha dos cargos eclesiásticos. Além disso, o clero recebia salários fornecidos pelo estado Brasileiro.

Havia também o beneplácito, quando os documentos oficiais do clero e as bulas papais precisavam da autorização de D. Pedro II para circular no Brasil.

Com a crise entre o governo brasileiro e a maçonaria, a Igreja tomou partido. Foi emitida uma bula papal denominada Syllabus, que estipulava a proibição da expulsão de membros da Igreja ligados à maçonaria.

O governo brasileiro vetou esta bula, porém dois bispos, de Olinda e de Belém, obedeceram à bula papal. Ambos foram presos e condenados a anos de trabalho forçado. Esta decisão imperial gerou protestos clericais pelo Brasil, resultando no rompimento do apoio ao Império.

Veja agora um resumo do professor Felipe Oliveira, sobre a do Segundo Reinado:

Muito bom este resumo do professor Felipe.

A Questão militar no Segundo Reinado

A guerra do Paraguai contribuiu para a circulação de ideias republicanas entre os militares que participaram da guerra. Após este conflito, é possível dizer que estes militares passaram a se organizar enquanto uma classe: o exército.

Assim, como classe, os militares exigiam uma maior participação política no país. Além disso, ao longo do conflito do Paraguai, muitas alforrias foram prometidas aos escravos que lutaram na guerra, e que ao fim do conflito, não receberam tais promessas. Isso gerou frustração e insatisfação.

Havia um conflito, pois o exército organizava-se e constituía um grupo forte, com novas e modernizadas ideias contra um império retrógrado e escravocrata.

Em 1887, foi fundado o Clube Militar, espaço onde se reuniam aqueles que eram contra o Império. Estes militares sofreram fortes influências positivistas, e acreditam que a solução do Brasil estava em uma ditadura republicana.

A proclamação da República 

Devido ao aumento do custo de vida, muitas manifestações populares ocorriam no Brasil no fim do Império. A imprensa realizava severas críticas ao governo, além de criticar a frágil saúde de D. Pedro II.

Deodoro da Fonseca, importante figura militar, liderou um movimento armado com o Clube Militar, assim, em 15 de novembro de 1889, foi declarada o fim da monarquia e o início da República.figura_16.jpgProclamação da República, por Henrique Bernardelli. Na imagem, marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891). 

Confira agora um resumo da professora Ana Peron, do canal do Curso Enem Gratuito, um resumo sobre A Proclamação da República, que encerrra o ciclo da crise do Segundo Reinado.

Muito bom este resumo sobre A Proclamação da República. Show esta aula da professora Ana.

É importante ressaltar que não houve participação popular no processo de Proclamação da República no Brasil. Foi um movimento que se centralizou principalmente nas mãos dos militares, apoiados pela classe média e pelos cafeicultores.História Enem - A crise do Segundo ReinadoCaricatura de 1882, representando ironicamente a queda da monarquia, que aconteceria um pouco mais tarde, em 1889.

D. Pedro II estava em Petrópolis, e só foi comunicado no dia 16. No dia 17 de novembro de 1889, partiu com a família para o exílio, na Europa. O país iniciava nova fase política.

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Exercícios sobre a Crise do Segundo Reinado

Questão 01

Como era denominado o poder que o Imperador D. Pedro II possuía de nomear os cargos do clero?

a) Beneplácito

b) Padronagem

c) Padroado

d) Bulas

e) Syllabus

Questão 02

Destaca-se na questão militar, qual instituição que se designava a reunir os militares interessados no fim da monarquia?

a) Clube do Prata

b) Encontro dos Militares

c) Clube Positivista Militar

d) Clube Militar

e) Reunião Republicação do Partido Militar

Questão 03

(PUC-RJ) Sobre a religiosidade e a Igreja Católica no século XIX, no Brasil, é correto afirmar que:

a) Segundo as leis do Império, ao Imperador cabia o direito do padroado, nomeando bispos e outros titulares de cargos eclesiásticos no Brasil e, desta forma, subordinando a hierarquia da Igreja ao poder imperial.

b) A Constituição de 1824 estabelecia a “Religião Católica Apostólica Romana” como “Religião do Império”, e, assim, proibia, terminantemente, o culto de todas as outras religiões.

c) A quase totalidade da população brasileira era católica e utilizava o espaço das igrejas para praticar a religião. O episódio de Canudos, ao final do século, representando um desvio nos cânones da Igreja pelos seguidores de Conselheiro, configurou uma exceção.

d) A união entre Igreja e Estado nem sempre se realizou de forma harmônica. A “Questão religiosa”, em fins do Império, expressou a insatisfação de alguns bispos perante a proibição do Imperador ao livre funcionamento das lojas maçônicas.

e) Enquanto algumas ordens religiosas, como a dos beneditinos e a dos carmelitas, estabeleceram-se livremente, no Brasil, outras, como a dos jesuítas e a dos franciscanos foram proibidas de construir igrejas e mosteiros.

Questão 04

A crise do Império, no Brasil, foi marcada por uma série de questões que favoreceram a Proclamação da República. Sobre essas questões e suas características, analise as proposições abaixo.

1) No período colonial, a Igreja Católica no Brasil era uma instituição submetida ao Estado. Ou seja, nenhuma ordem papal poderia vigorar no Brasil sem a autorização do imperador. A desobediência a esses preceitos, por parte dos bispos de Olinda e Belém, em 1872, deu início ao que se convencionou chamar de Questão Religiosa.

2) Os militares, após a Guerra do Paraguai, passaram a gozar de mais prestígio na sociedade brasileira, o que também era reconhecido pelo Imperador, que precisava deles para manter-se no poder. Daí, a sua lealdade à monarquia quando se proclamou a República no Brasil.

3) Dentre as questões que contribuíram para a Proclamação da República no Brasil não se pode inserir a questão militar, pelas razões expostas no item anterior.

Estão corretas:

a) Apenas o número 1.

b) Apenas os números 2 e 3.

c) Todos estão corretas.

d) Apenas o número 2.

e) Todas estão incorretas.

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